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30 de outubro de 2018 by Blog do Corp 0 Comments

Entenda o que é a imunoterapia e como ela ajuda no combate ao câncer

“Entre os maiores avanços da ciência no combate ao câncer está a imunoterapia que tem sido noticiada pela imprensa como um tratamento inovador e às vezes até milagroso.

Em parte, isso é verdade, pois o conhecimento médico avançou muito nessa área, principalmente em relação a maiores detalhes sobre o funcionamento da cascata celular, ativação celular e até mesmo novos remédios para doenças oncológicas, reumatológicas, intestinais e várias outras.

Mas antes de falarmos sobre o que é e como funciona a imunoterapia, é preciso entender a diferença entre um antígeno e imunógeno.

Um antígeno é uma substância que ativa o sistema de defesa do corpo. Um bom exemplo é quando um germe (parasita), como por exemplo o toxoplasma gondii (que causa a Toxoplasmose) penetra no nosso organismo.

Quando isso acontece, o corpo desenvolve resistência imunológica inicialmente da imunoglobulina IgM e posteriormente uma cicatriz sorológica com surgimento da imunoglobulina do tipo IgG.

Isso significa que nosso organismo já teve contato com este germe e já desenvolveu resistência da imunidade contra ele.

Já um imunógeno desencadeia uma cascata de resposta celular a partir da diferenciação de células-tronco hematopoética na medula óssea (sangue) que darão origem as células mieloides e linfoides, que são células do sangue com função de defesa no nosso corpo.

Aqui, um bom exemplo, é ativação dos linfócitos T que são células do sangue com função de defesa do nosso organismo.

Uma célula tumoral pode apresentar vários tipos de antígenos ao mesmo tempo ou até mesmo a função imunógena, por isto o entendimento da imunoterapia para o combate ao câncer é complexo.

A imunoterapia pode ter pelo menos cinco mecanismos de atuação:

  1. Diretamente no antígeno;
  2. Na morte da célula doente;
  3. Neutralizando a cascata de resposta celular;
  4. Estimulando a cascata de resposta celular;
  5. Aumentando a ação dos linfócitos T.

Existem vários tipos de imunoterapia. Alguns já são conhecidos há vários anos como: interferon, interleucina, vacina BCG, anticorpos como herceptin, mabthera e vários outros.

Vou comentar apenas sobre as doenças oncológicas.  Veja alguns exemplos disponíveis para uso em ser humano:

  • Herceptin – indicado para câncer de mama especificamente com resultado imuno-histoquímica com HER-2 positivo;
  • Mabthera – indicado para alguns linfomas não Hodgkin;
  • Ipilimumab – indicado para melanoma com metástase;
  • Nivolumab – indicado para melanoma e câncer de pulmão;
  • Pembrolizumab – indicado para câncer de pulmão preferencialmente com expressão do PDL-1, e ainda para alguns tumores gástricos e melanoma

Existem vários outros medicamentos já sendo utilizados no Brasil. O importante é entender que a imunoterapia não é para todos os tipos de câncer.

Às vezes é necessária a presença de um receptor (conector) presente na célula tumoral para que o medicamento consiga fazer efeito.

Geralmente o tratamento de imunoterapia é realizado através de soroterapia aplicada nas veias do paciente.

Outro tipo de imunoterapia é um tratamento personalizado para cada paciente no qual é colhido material do próprio tumor do paciente e produzido em laboratório uma vacina específica para o ele. Esta modalidade de tratamento ainda é experimental e não realizada no Brasil.

Em resumo, o tratamento de imunoterapia tem como objetivo ativar nosso sistema imunológico para combater as células cancerosas.

Para isso existem critérios muito bem estabelecidos para alguns tipos de tumores.

Ficamos felizes em saber que a biotecnologia tem avançado no conhecimento do funcionamento do nosso organismo permitindo a descoberta de novas armas contra o câncer”.

Referências bibliográficas:

1 – Manual de Oncology Harrisons – second edition – 2014

2 – Oncologia Molecular – Carlos Gil Ferreira – 2004

José Altino

Oncologia – CRM 73227

Possui graduação em Medicina pela Fundação Educacional Severino Sombra (1991) e mestrado em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (2012). Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Cancerologia, atuando principalmente nos seguintes temas: câncer de mama, pulmão, e outros tumores, sempre com atuação na Oncologia Clínica.

 

 

24 de outubro de 2018 by Blog do Corp 0 Comments

Lançamento do Livro “Histórias de Superação”

A noite do dia 23 de Outubro de 2018 foi marcada pelo lançamento do Livro “Histórias de Superação”, o original que retrata períodos intensos de descoberta, mudanças e transformações na vida de 11 pacientes que passaram pelo tratamento de quimioterapia no Corp.

As histórias, relatadas pelo olhar da Psicóloga do Corp, Vanessa Lourenção, foram delicadamente extraídas da sua vivência com as pacientes e servem, além de singela homenagem às pacientes, de apoio para as que virão, tendo como base a premissa de que câncer não é sentença de morte. E sim de vida.

Reforçando a mensagem da Missão do Corp que é de aplicar o atendimento humanizado em todas as fases do tratamento, Dr. José Altino e Dra. Valeska do Carmo, sócios-diretores da Clínica, destacaram a história do Câncer de Mama, a importância do acolhimento por profissionais e familiares, além da responsabilidade em conscientizar e informar a população, anualmente.

O evento teve uma atmosfera de muito amor com o registro de abraços e discursos com palavras de gratidão, acolhimento e humanização. Confira as fotos:

 

10 de outubro de 2018 by Blog do Corp 0 Comments

O Câncer de mama e a alimentação

O Câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no Mundo, depois do de pele não melanoma. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, tais como: idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários.

Dos fatores relacionados a comportamentos ou ao ambiente que aumentam o risco de câncer, citamos a ingestão de bebida alcoólica, sobrepeso e obesidade. A manutenção de peso é muito importante para a prevenção de todos os tipos de cânceres e a alimentação inadequada é classificada como a segunda causa de câncer que pode ser prevenida.

Estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama.

A Organização Mundial da Saúde orienta para manter uma alimentação saudável:

Comer pelo menos 400g. ou cinco porções de frutas e vegetais por dia:

  • Sempre incluindo legumes e verduras variadas nas refeições;
  • Comer frutas frescas e vegetais crus como lanches dos intervalos;
  • Comer frutas e legumes frescos que estão na estação.

Reduzir o consumo de gordura trans e gorduras saturadas, substituindo por gorduras poliinsaturadas como as do azeite, castanhas e sementes:

  • Evitar fritar alimentos, preferindo cozinhar ou assar;
  • Consumir azeite em saladas, castanhas e sementes nos intervalos;
  • Limitar o consumo de alimentos assados e fritos, lanches e alimentos pré-embalados (por exemplo: donuts, bolos, tortas, biscoitos e bolachas) que contenham gorduras trans produzidos industrialmente.

Reduzir a ingestão de sal:

  • Limitar a quantidade de sal e condimentos com alto teor de sódio (por exemplo: molho de soja, molho de peixe e caldo de carne) ao cozinhar e preparar alimentos;
  • Não ter sal ou molhos com alto teor de sódio na mesa;
  • Limitar o consumo de alimentos processados.

Reduzir consumo de açúcar:

  • Limitar o consumo de alimentos e bebidas que contenham quantidades elevadas de açúcares, tais como snacks açucarados, doces e bebidas adoçadas com açúcar (refrigerante, sucos artificiais e sucos em pó), concentrados líquidos e em pó, água aromatizada, bebidas energéticas e esportivas, chá pronto para beber, café pronto para beber e bebidas lácteas aromatizadas);
  • Comer frutas frescas e vegetais crus como lanches em vez de lanches açucarados.

Por Natália Yano Kodama, nutricionista do Corp – Centro de Oncologia de Rio Preto.

Fonte: Instituto Nacional de Câncer (INCA); Organização Mundial da Saúde (WHO).

8 de outubro de 2018 by Blog do Corp 0 Comments

Agência ligada à OMS divulgou números alarmantes sobre o câncer

Uma agência ligada à organização mundial de saúde divulgou números alarmantes: um em cada cinco homens e uma em cada seis mulheres terão câncer em algum momento da vida.

Veja aqui a reportagem na íntegra, que contou com a participação da Dra. Amanda Cury.

 

1 de outubro de 2018 by Blog do Corp 0 Comments

A evolução de cicatrizes

Em decorrência do tratamento do câncer, algumas vezes, é necessário o planejamento cirúrgico com finalidade curativa ou paliativa.

O tratamento cirúrgico é considerado curativo quando indicado nos casos iniciais da maioria dos tumores sólidos. É um tratamento radical, que compreende a remoção do tumor primário com margem de segurança e, se indicada, a retirada dos linfonodos das cadeias de drenagem linfática do órgão-sede do tumor primário.

A margem de segurança, na cirurgia oncológica, varia de acordo com a localização e o tipo histológico do tumor. Ao contrário do tumor benigno, cuja margem de segurança é o seu limite macroscópico, o câncer, pelo seu caráter de invasão microscópica, exige ressecção mais ampla.

O tratamento cirúrgico paliativo, por sua vez, tem a finalidade de reduzir a população de células tumorais ou de controlar sintomas que põem em risco a vida do paciente ou comprometem a qualidade da sua sobrevivência.

No entanto, deve-se ter a consciência que o tratamento da cicatriz é tão importante quanto o tratamento da parte do corpo afetada. Algumas cicatrizes podem se transformar em fibroses e aderências. São características frequentemente presentes em pós-operatórios de diversas cirurgias. Elas são “normais” durante o período de reparo, fazem parte da cicatrização, porém, não devem ser consideradas parte do resultado final da cirurgia. São alterações funcionais sendo, portanto, cabíveis de tratamento fisioterápico.

Aparecem devido ao processo de cicatrização e levam frequentemente à formação de contraturas que poderão limitar a função e impedir movimentos mecânicos dos membros.  Para o tratamento efetivo, é preciso respeitar as características do tecido cicatricial.

A terapia manual atuará modificando a estrutura do colágeno cicatricial, ganhando movimentos do tecido fibroso.

Os benefícios das terapias manuais para o tratamento e prevenção de dores e disfunções são muitos. São diversas técnicas que focam, na maioria das vezes, na eliminação de pontos de tensão e aderências.

Com a evolução do processo de reparo, a cicatriz se encurtará como resultado da tração do tecido cicatricial tendo melhora da amplitude de movimento e a sua função.

A atuação de um fisioterapeuta orientará quais as melhores técnicas para a evolução da cicatriz na aplicação da terapia manual.