Médica do CORP participa de evento sobre atualização em Melanoma
Evento de atualização em Melanoma no Estados Unidos
A Caminhada Março Azul, evento realizado pelo CORP e pela AORP (Associação dos Ostomizados de Rio Preto e Região), aconteceu dia 25 de Março, às 9 horas, na Represa Municipal de São José do Rio Preto. Com a participação de pacientes, parentes, amigos e estudantes de medicina, o evento foi um sucesso.
Veja algumas fotos:
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Até pouco tempo, as pessoas enxergavam o tratamento como uma situação sofrida. Hoje, esse quadro já se encontra em outro patamar, muito graças a disseminação do conhecimento sobre o dia a dia do paciente, do tratamento e até mesmo do que esperar durante o tratamento.
Os sinais e sintomas do câncer de vesícula biliar geralmente só se manifestam quando a doença já está em estágio avançado, mas em alguns casos podem aparecer em um estágio mais precoce, quando o tratamento pode ser mais eficaz. Alguns dos sintomas mais comuns do câncer de vesícula biliar são:
Outros sintomas menos comuns incluem:
Todos esses sinais e sintomas também podem ser causados por outras patologias diferentes do câncer de vesícula biliar. Portanto, a qualquer sintoma consulte seu médico imediatamente para que a causa possa ser diagnosticada e tratada, se necessário.
Fonte: Oncoguia, 19/06/2013
Para comprar medicamentos, realizar exames, declarar de imposto de renda e até para comprar um carro há direitos garantidos a pacientes de câncer que podem e devem ser usados. Você sabe quais são eles? A seguir, conheça alguns dos principais direitos que as redes pública e privada garantem a quem tem ou teve a doença.
Os medicamentes ligados direta ou indiretamente ao tratamento de câncer devem ser assegurados aos pacientes. Se necessário, recorra ao Poder Judiciário para fazer valer esse direito. No entanto, tanto na rede do SUS quanto nas operadoras de saúde particulares, alguns remédios importados estão excluídos.
Trata-se de um direito de todo o paciente de câncer ser diagnosticado em tempo de ser tratado. Mamografias para prevenção do câncer de mama devem ser realizadas no SUS a partir dos 40 anos. A mulher que teve uma ou ambas as mamas retiradas em cirurgia para tratar a doença pode fazer cirurgia plástica reparadora pelo SUS ou pelo plano de saúde, sem nenhum custo extra.
Com a indicação de um profissional credenciado pelo SUS e com a aceitação dos familiares, o paciente pode solicitar ao SUS atendimento de internação domiciliar com médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais. Planos de saúde também devem oferecer esse serviço, quando indicado pelo médico que está acompanhando o caso.
Aqueles que têm carteira profissional assinada a partir 05/10/1998 têm direito a sacar o saldo do FGTS. Se o diagnóstico permanecer, o saldo poderá ser levantado quantas vezes forem necessárias. Para isso, é preciso mostrar o laudo e o relatório médico que atestam a doença.
Em grandes cidades, como São Paulo, que adotam o rodízio de veículos para conter a circulação intensa de carros em determinados horários, os pacientes podem circular livremente.
Não são apenas os deficientes físicos que têm prioridade no atendimento de estabelecimentos comerciais. Pacientes de câncer com doença maligna e com dificuldades para esperar em locais públicos por conta da imunidade baixa encaixam-se no perfil dos cidadãos que devem ser atendidos antes.
Aqueles que ficaram com algum tipo de invalidez resultante da doença poderão adquirir veículo adaptado com desconto de impostos. É necessário tirar a Carteira Nacional de Habilitação Especial, que irá trazer a adaptação necessária para que o deficiente dirija com segurança. Caso não tenha condições de dirigir, a pessoa poderá apresentar até três motoristas autorizados.
É possível deduzir as despesas com médicos, exames laboratoriais, hospitais, planos de saúde e com a compra de próteses e órteses.
O portador de câncer tem direito ao auxílio-doença, desde que seja inscrito no Regime Geral de Previdência Social (INSS) e que a incapacidade para o trabalho seja temporária e comprovada. Não é possível conceder auxílio-doença para os casos em que o paciente já era portador de câncer ao ingressar no INSS, mas, se houver agravamento da doença ou lesão, o doente poderá solicitar o auxílio.
Fonte: Instituto Vencer o Câncer, 07/07/2014
Náuseas e Vômitos
São relatados pelos pacientes como o efeito colateral mais desagradável do tratamento. Aproximadamente 30% das drogas quimioterápicas provocam náuseas e vômitos. Alguns pacientes acabam desenvolvendo estímulos condicionados, ou seja, associam o tratamento com os efeitos e então eles aparecem. Seu médico pode orientar o uso de antieméticos sempre que necessário.
Experimente
Evite
Sugestões
Vômitos
O vômito pode seguir à náusea e ser provocado pelo tratamento, por odores de alimentos, pela presença de gases no estômago. Se o vômito for intenso ou durar alguns dias entre em contato com seu médico. Após o vômito:
Evite
Perda de Apetite (Anorexia)
A perda ou a falta de apetite é um dos problemas mais comuns do tratamento. Muitas coisas afetam o apetite, inclusive o mal-estar e a depressão. As sugestões a seguir podem auxiliá-los a tornar mais agradável a hora das refeições para que você tenha mais vontade de comer:
Experimente
Evite
Diarreia
É um dos efeitos indesejados que pode surgir com o uso da Quimioterapia, mas também pode estar relacionado à ansiedade, nervosismo, alimentação e outras medicações.
O primeiro cuidado é com a alimentação, que passa a ter uma finalidade obstipante.
A diarréia pode ocasionar desconforto abdominal acompanhada de distúrbios hidroeletrolíticos e de absorção, podendo causar outros problemas, como desidratação e aumentar o risco de infecção. Entre em contato com seu médico se a diarréia for intensa ou durar mais de dois dias.
Experimente
Evite
Dicas
Constipação
Outro efeito da Quimioterapia que também pode ter diferentes etiologias como: uso de outras medicações, alimentação incorreta e a ausência de exercício por parte do paciente. As medidas de controle iniciam-se com a alimentação que passa a ser rica em fibras. Em casos extremos utiliza-se medicação, após consulta com o seu médico.
Experimente
Evite
Preparações à base de maisena, molhos brancos e gratinados, bolos, farinha, pão branco, arroz branco, macarrão, tortas.
Dica
Utilize 8 a 10 copos de líquidos por dia. Faça 6 refeições ao dia mastigando bem os alimentos e mantendo regularidade nos horários (3/3horas).
Ganho de Peso
Às vezes, os pacientes engordam durante o tratamento mesmo sem ingerirem calorias em excesso. Certos medicamentos contra o câncer podem causar retenção de líquidos pelo organismo, o que induz ao ganho de peso, a isso se dá o nome de edema. O peso extra é constituído por água, e não significa que você está comendo exageradamente.
Em alguns casos, o excesso de calorias na alimentação proveniente de uma dieta desbalanceada rica em gorduras, doces e frituras pode levar ao ganho de peso. Consulte sua nutricionista para uma alimentação adequada. Não faça dietas sem orientações, isso pode ser prejudicial a sua saúde e ao seu tratamento.
Intolerância à Lactose
Intolerância à lactose significa que o organismo não consegue digerir ou absorver o açúcar existente no leite, chamado lactose. A intolerância a lactose pode ocorrer após tratamento com antibióticos, com a radiação no estômago ou com qualquer tratamento que afete o tubo digestivo. Em algumas pessoas, os sintomas como gases, cólicas e diarréia desaparecem algumas semanas depois do término do tratamento. Para outras, poderá ser necessária uma mudança permanente nos hábitos alimentares.
Experimente
Evite
Plenitude Gástrica
Plenitude gástrica pode se manifestar com a sensação de estômago cheio muito rapidamente.
Experimente
Fazer pequenas refeições várias vezes ao dia utilizando alimentos mais leves.
Alimentar-se devagar.
Evite
Dores na Boca ou Garganta
A radioterapia, os medicamentos contra o câncer e as infecções frequentemente produzem sensibilidade na boca ou nas gengivas e dor na garganta ou no esôfago. Certos alimentos irritam ainda mais a boca que já esteja sensível, dificultando a mastigação e a deglutição.
A escolha correta do alimento e a adoção de cuidados especiais com a boca podem facilitar o ato de comer. Experimente alimentos fáceis de mastigar e engolir como:
Evite
Dicas
Alterações no Paladar e Olfato
As sensações de alteração no olfato e paladar podem mudar durante o período de tratamento devido a uma condição de perda ou enfraquecimento da sensação gustativa, os alimentos podem parecer “ter gosto amargo ou metálico”, especialmente a carne ou outros alimentos ricos em proteínas. Outros parecerão “ter menos sabor”. A Quimioterapia e a Radioterapia podem causar esses problemas.
Experimente
Evite
Dica
Melhore o aroma da carne de vaca, frango ou peixe deixando-o de molho em sucos doces de frutas, vinho doce, molhos agridoce.
Mucosite
Também chamada de estomatite. É caracterizada pelo surgimento de úlceras na boca e língua.
Algumas vezes provoca apenas sensibilidade a alimentos ácidos e quentes, mas na maioria dos casos compromete seriamente a ingestão dos alimentos. A higiene adequada é fundamental e deve ser observada cuidadosamente.
Experimente
Evite
Xerostomia (Boca Seca)
A quimioterapia e a radioterapia na cabeça ou na região do pescoço podem reduzir o fluxo de saliva, causando “boca seca”. Essa sensação causa desconforto, dificultando a mastigação e deglutição, podendo inclusive alterar o sabor dos alimentos favorecendo a inapetência. As sugestões abaixo podem ajudar a enfrentar esse problema.
Experimente
Evite
Fonte: Oncoguia, 22/03/2013
Já sabemos quais os alimentos irão ajudar a controlar os episódios de diarreia e como minimizar os desconfortos causados pelos medicamentos administrados durante o tratamento, mas nem sempre é possível driblar os sintomas, e infelizmente, diarreias podem ocorrer. Nesses casos, é fundamental repor os líquidos e eletrólitos perdidos.
A opção mais indicada são as fórmulas comerciais de soro de reidratação, disponíveis em farmácias e em unidades básicas de saúde. O preparo é simples: basta misturar o conteúdo do envelope em um litro de água filtrada, sem colocar açúcar ou sal. Depois de pronto, o soro deve ser colocado na geladeira e consumido ao longo de um período de 24 horas.
Se o paciente não tiver acesso às formulações orais comerciais, pode preparar seu soro caseiro com um copo de água (200 ml), uma colher de sopa rasa de açúcar e uma colher de café rasa de sal. Ainda assim, não é a opção mais indicada para a reidratação efetiva do organismo, uma vez que a formulação caseira não dispõe da quantidade recomendada de sais minerais.
Água de coco, sucos de frutas, chás, gelatina, sopas e caldos, além de água mineral, também são alternativas indicadas para a reposição de líquidos e eletrólitos, e ainda funcionam como calmante para o intestino. A recomendação é que a ingestão seja feita de forma fragmentada, entre as refeições, e mais ou menos proporcional à quantidade de líquidos que foi perdida.
Fonte: Instituto Vencer o Câncer, 03/10/2017
Todo paciente oncológico passa por diversas etapas durante seu tratamento, do diagnóstico à reabilitação. Independentemente da sua fase nessa jornada, certos cuidados específicos são necessários para curtir a folia do carnaval. Confira as dicas da nossa equipe multidisciplinar:
“A principal dica é evitar locais muito cheios, com aglomeração de pessoas. Também é importante enfatizar: consumo de bebidas alcoólicas está proibido. Lembre-se de se proteger do sol e manter-se bem hidratado”, comenta Dra. Solange Sanches, Diretora de Oncologia Clínica.
“Bebidas alcoólicas e medicamentos não dão samba. Quando combinados, podem inibir ou aumentar os efeitos, interferindo no sucesso do seu tratamento. Depois da folia, não assuma o risco da automedicação. Procure sempre um médico ou farmacêutico”, equipe de Farmácia.
“O ponto de atenção para esses pacientes está relacionado à pele: adesivos e pinturas – típicas do carnaval – não devem ser aplicadas nas áreas irradiadas, que também devem estar bem protegidas do sol. Evite ainda o consumo de bebida alcoólica e jejuns prolongados”, diz Dr. Antonio Cassio Pellizzon, Diretor de Radioterapia.
“Cada cirurgia exige cuidados específicos. Siga rigorosamente as orientações de seu cirurgião sobre movimentos, alimentação, ingestão de bebidas e uso de medicamentos”, recomenda Dr. Ademar Lopes, Vice-Presidente da Fundação Antônio Prudente e Diretor do Núcleo de Sarcomas.
A alimentação de todo paciente durante o tratamento deve ser saudável e equilibrada. Os cuidados são principalmente em relação à higienização dos alimentos e utensílios, além da hidratação. Confira as dicas da equipe de Nutrição:
“Pacientes que possuem cateteres externos, drenos e sondas precisam ter cuidado especial para evitar traumas, perdas ou outras complicações. A dica também é válida para aqueles estomizados há um tempo. Caso esteja com receio de descolamento da bolsa e da base, utilize o cinto de estoma para maior fixação. A criatividade também conta: entre no clima e elabore uma fantasia que ajude na segurança do dispositivo. E lembre-se de esvaziar a bolsinha periodicamente, sempre que atingir 1/3 da capacidade”, comenta Patrícia Pereira dos Anjos, enfermeira.
“De modo geral, evite sair ou viajar para locais com aglomeração de pessoas, como praias, por exemplo. Escolha lugares frescos e monte seu próprio kit, com água, medicações, etc. Por mais desbravador que você seja, organize-se. É importante planejar seu trajeto e destino final. Jornadas maiores ou não programadas podem gerar mal estar. Por fim, tenha sempre alguém com quem contar, caso precise de ajuda”, lembra Simone Navarro, enfermeira.
Fonte: A. C. Camargo Cancer Center
Quando uma pessoa é diagnosticada com câncer, a prioridade é o tratamento da doença e durante esse período o paciente pode ter dúvidas sobre o que pode e o que não pode fazer. Tomar ou não uma vacina é uma delas.
As chamadas vacinas atenuadas (contra sarampo, rubéola, varicela, febre amarela, herpes zoster, poliomielite, rotavírus e BCG) devem ser evitadas. “Como o paciente com câncer é um paciente no qual o sistema imunológico está “fraco”, devido a presença do câncer que debilita as energias do organismo, o uso de vacinas atenuadas pode implicar em risco de desenvolvimento de doença. Assim, toda vacina atenuada não deve ser aplicada em pacientes com câncer”, explica o oncologista Fernando Maluf, fundador do Instituto Vencer o Câncer.
Já as vacinas feitas de micorganismos mortos, toxinas de microrganismos ou proteínas (hepatite A, hepatite B, HPV, alguns subtipos de influenza, pneumonia) podem ser tomadas desde que o paciente não esteja fazendo quimioterapia. Se ele estiver em tratamento quimioterápico, não poderá toma-las. “É preciso lembrar que pacientes em quimioterapia a imunidade pode ficar muito baixa, suscetíveis a infecções fatais por microrganismos que vivem em nosso próprio corpo, incapazes de formar uma reposta ou memória imunológicas. Por isso, em pacientes fazendo quimioterapia, não devemos aplicar qualquer vacina”, enfatiza o oncologista.
Quando há aumento de casos de doenças como a febre amarela, o paciente oncológico deve se proteger não indo às áreas de risco e usando repelente. É extremamente importante que ele sempre esclareça suas dúvidas com o médico responsável pelo seu tratamento.
A seguir, você lê a entrevista completa do oncologista Fernando Maluf.
Quais vacinas o paciente em tratamento de câncer pode tomar?
As vacinas são preparados biológicos que tem por função estimular no hospedeiro imunidade adquirida contra certo agente causador de alguma doença específica. O princípio por trás da vacina é o de expor o indivíduo a uma substância que se assemelha a um microrganismo causador de certa doença.
Essa exposição é feita com inoculação de formas enfraquecidas ou mortas do micróbio, das suas toxinas ou de uma das suas proteínas de superfície. O contato do sistema imunológico com essas substâncias estimula a formação de resposta imunológica de longo prazo, protegendo o indivíduo da enfermidade real caso entre em contato com o agente causador de uma doença específica.
As vacinas fabricadas com formas enfraquecidas ou atenuadas do agente etiológico de certa patologia têm o potencial de causar a doença a qual foram designadas a proteger, se o organismo no qual forem inoculadas também estiver enfraquecido. Ou seja, se o sistema imunológico do receptor da vacina não estiver forte o suficiente para formar uma resposta e memória imunológicas há o risco de desenvolver a doença a qual deveriam proteger. Dessa forma, como o paciente com câncer é um paciente no qual o sistema imunológico está “fraco”, devido a presença do câncer que debilita as energias do organismo, o uso de vacinas atenuadas pode implicar em risco de desenvolvimento de doença. Assim, toda vacina atenuada não deve ser aplicada em pacientes com câncer.
As vacinas atenuadas são: sarampo, caxumba, rubéola, varicela, febre amarela, herpes zoster, poliomielite oral (Sabin), rotavírus e BCG. Essas vacinas não devem ser usadas em pacientes com câncer. É preciso lembrar que pacientes em quimioterapia a imunidade pode ficar muito baixa, suscetíveis a infecções fatais por microrganismos que vivem em nosso próprio corpo, incapazes de formar uma reposta ou memória imunológicas. Por isso, em pacientes fazendo quimioterapia, não devemos aplicar qualquer vacina. Tanto o risco de desenvolvimento de doença quanto o fato da vacina não provocar resposta e memoria imunológicas são argumentos para a proscrição de vacinas durante quimioterapia.
As vacinas que podem ser usadas em pacientes com câncer, mas que não estejam em quimioterapia ou qualquer terapia imunossupressora, são as feitas com microrganismos mortos ou toxinas de microrganismos ou proteínas de sua composição: vacinas pertussis de células inteiras ou a acelular; vacinas inativada poliomielite; tétano; difteria; alguns subtipos de influenza; hepatite A; hepatite B; HPV; pneumococo e meningococo.
Por que ele não pode tomar a vacina contra a febre amarela? Se o paciente morar em área de risco, ele não pode tomar mesmo assim?
A vacina de febre amarela é feita a partir de vírus vivo atenuado. Em pessoas com imunidade comprometida, como é o caso de pacientes com câncer, o uso dessas vacinas pode acarretar no aparecimento de febre amarela vacinal, ou seja, causada pela cepa de vírus que constitui a vacina. Assim, seu uso é proscrito nesses pacientes mesmo em áreas de risco. A chance de se desenvolver a doença por meio do vírus da própria vacina acaba sendo maior do que o risco do contágio ambiental.
Se o paciente oncológico sofrer um ferimento e necessitar tomar, por exemplo, a vacina antitetânica, ele pode?
A vacina antitetânica é feita a partir de da toxina liberada pela bactéria que causa o tétano. Assim, o paciente com câncer que se acidentou e necessita de aplicação da vacina antitetânica poderá fazê-lo. Não devemos usar a vacina contra o tétano em casos de reação alérgica grave (por exemplo, anafilaxia) após uma dose anterior ou a um componente de vacina; ou se o paciente apresentar uma condição chamada encefalopatia (por exemplo, coma, diminuição do nível de consciência ou convulsões prolongadas) não atribuível a outra causa identificável dentro de sete dias após a administração de uma dose anterior da vacina. Se o paciente com câncer estiver muito debilitado em consequência da doença, também não é recomendável a aplicação da vacina contra o tétano nesses pacientes.
E a vacina contra o H1N1, é recomendada?
A vacina contra a infecção do H1N1 é feita a partir de vírus mortos e pode ser usada em pessoas com câncer. Inclusive, estudos da literatura médica mostram que pacientes com câncer hematológico boa capacidade de gerar resposta imunológica satisfatória contra o vírus do H1N1 quando comparados aos que não receberam vacina.
É importante que os parentes do paciente oncológico estejam com a carteira de vacinação em dia?
Sim. Existe um conceito chamado de imunização de rebanho que nos mostra que em uma dada população, se alcançarmos um número certo de pessoas imunes a certa doença, toda a população estará protegida. Nesse conceito, o número de pessoas vacinadas é inferior ao número total de indivíduos da população. Portanto, se conseguirmos vacinar o maior número possível de pessoas em uma certa população, maiores nossas chances de tornar toda aquela população imune, mesmo que nem todos os indivíduos tenham recebido a vacina. Assim, se as pessoas próximas a um paciente com câncer estiverem vacinadas e imunes a certa doença, a chance dessa mesma doença acometer o paciente é muito pequena.
Devemos lembrar que os parentes de pacientes em quimioterapia, ao tomarem vacinas de microrganismos atenuados, podem transmitir esse agente etiológico atenuado para outras pessoas. Devem, dessa forma, evitar contato com a pessoa em quimioterapia pelo risco de a contaminarem com o microrganismo atenuado da vacina. O contato pode representar um risco de doença real para quem faz quimioterapia.
Fonte: Instituto Vencer o Câncer, 19/01/2018