Conscientização sobre o câncer de pulmão
Olá, eu sou a Dra. Amanda Laguna Cury (CRM-SP145433), oncologista no Corp | Oncoclínicas de São José do Rio Preto. Venho aqui hoje falar para vocês sobre um tema muito importante: o câncer de pulmão.
Câncer de pulmão é a neoplasia mais incidente no mundo em homens e a terceira mais incidente em mulheres.
Fatores de risco
O tabagismo é a maior causa evitável de câncer no mundo, e o cigarro eletrônico tem se tornado cada vez mais comum, principalmente entre os jovens. De acordo com o INCA, o cigarro eletrônico aumenta em mais de três vezes a chance de experimentação do cigarro convencional e em mais de quatro vezes a chance de consumo. Além disso, o cigarro eletrônico também aumenta a chance de câncer de pulmão.
Outros fatores de risco para esse tipo de câncer incluem doenças pulmonares crônicas, como enfisema, tuberculose, histórico familiar de câncer de pulmão, e exposição a algumas substâncias químicas e físicas.
Sinais e Sintomas
Nas fases iniciais desse tipo de câncer, muitas vezes não há sinais nem sintomas; geralmente o paciente é assintomático. Porém, nas fases mais avançadas, os sintomas mais frequentes são tosse persistente, escarro com sangue, falta de ar, dor no peito, perda de apetite e até mesmo emagrecimento.
Rastreamento
Em relação ao rastreamento, ele é indicado para pessoas de 50 a 74 anos de idade, além de tabagistas e ex-tabagistas que pararam com o hábito de fumar há menos de 15 anos. O rastreamento se trata de uma tomografia com baixa dosagem de radiação, realizada anualmente.
Diagnóstico
Quanto ao diagnóstico, ele é realizado através da biópsia de um nódulo ou massa pulmonar. Quando há metástase, pode-se também biopsiar as metástases.
Tratamento
O tratamento desse tipo de câncer depende do estágio da doença. Quando a doença está no estágio inicial, o tratamento sempre envolve a cirurgia. No caso da doença localmente avançada, ou seja, quando ela ainda não se espalhou pelo corpo, mas no local já está bastante avançada, geralmente fazemos quimioterapia juntamente com a radioterapia, seguida de manutenção com imunoterapia ou com drogas-alvo.
Quando a doença já se espalhou pelo corpo, ou seja, quando há metástase, utilizamos a quimioterapia, a imunoterapia ou então drogas-alvo, que são comprimidos que agem diretamente em determinada mutação do tumor, quando essa mutação existe. Tanto as drogas-alvo quanto a imunoterapia aumentaram a sobrevida do paciente, com maior qualidade de vida.
Ao parar de fumar, em poucas semanas a circulação sanguínea melhora e a função pulmonar aumenta. É importante ter bastante disciplina nesse período para conseguir parar de fumar. Por isso, a Oncoclínicas lançou o desafio “21 Dias Sem o Cigarro”. A ideia é mostrar como o nosso organismo reage positivamente sem o cigarro, dia a dia. Acesse nossas redes sociais e participe desse desafio.
Até a próxima!