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29 de janeiro de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

Cuidados contra o câncer de pele

Nos vídeos a seguir, que fazem parte da “Trilogia de Verão”, a Dra. Valeska do Carmo (CRM 110459), oncologista clínica do Corp, fala sobre o câncer de pele, apresentando os tipos mais comuns, prevenção e tratamento. Confira:

Olá, pessoal! Tudo bem? Eu sou a doutora Valeska, oncologista clínica do Centro de Oncologia de Rio Preto e eu venho, hoje, gravar um vídeo sobre câncer de pele.

Estamos na estação que eu considero a mais linda do ano. É uma estação muito alegre: o verão. O verão proporciona que as pessoas façam atividades ao ar livre. Tem aquelas pessoas que gostam de se bronzear, usar a piscina – o que é muito bom –, mas existem seus riscos. Então, eu vou gravar alguns vídeos sobre câncer de pele.

Vou começar falando sobre os tipos de câncer de pele. Existem alguns tipos de câncer de pele, mas os principais, os mais conhecidos, são três: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. Falei em ordem de agressividade.

O carcinoma basocelular é o menos agressivo. Ele tende a crescer apenas localmente e não costuma dar metástase. Então, é bem tranquilo. Mas sempre que a gente visualizar uma lesão nova, no rosto ou no corpo, em qualquer parte, principalmente nas partes que têm exposição solar, sempre ficar atento.

O próximo é o carcinoma espinocelular. Esse já é um pouco mais agressivo. Ele gosta muito de dar metástase para os linfonodos. Os linfonodos o pessoal conhece muito com a denominação de íngua. Eu costumo até falar para os pacientes que quando a gente tem alguma dor de garganta, que fica aqueles carocinhos no pescoço. Então, são as famosas ínguas, são os linfonodos, que são nossos órgãos de defesa. Esses linfonodos são acometidos, primeiramente, pelo carcinoma espinocelular. Então, ele começa a crescer, ele se infiltra, ele ganha a corrente linfática e vai para esses linfonodos, para depois, ir para outros órgãos.

O melanoma é o mais agressivo de todos. É aquela pintinha preta. Algumas pessoas nascem com a pinta preta, que são as pintas de nascença, elas podem se transformar, principalmente com a exposição solar. Então, tenha bastante cuidado com isso! Mas qualquer pinta nova que aparecer é sinal de alerta. Ele é muito agressivo. Mesmo muito pequeno, ele consegue fazer um estrago grande.  Ele vai para qualquer lugar do corpo, ele não tem nenhum tipo de predileção por algum órgão. Então, todo cuidado realmente é pouco. Quanto mais precocemente for diagnosticado melhor para o paciente.

Bem, existem outros tipos de câncer de pele, mas esses são os principais.

No verão, fazemos muita atividade ao ar livre, o que é muito bom, mas tem a exposição solar e temos o câncer de pele. Para fazer proteção e para evitar o câncer de pele, que é bem passível é de ser evitado, a gente tem que se proteger. Se a gente vai se expor ao sol, primeiro se atentar ao período de exposição solar, evitar o sol após às 10 da manhã até às 14 horas. Então, exposição solar após as 14horas e, de manhã, até às 10. Mesmo nesse período, às vezes, as pessoas acham que não precisam usar nenhum tipo de proteção, mas a gente precisa usar proteção sim, que seriam os filtros.

Não sou a pessoa mais indicada para estar falando sobre tipos de filtro solar. Então, eu recomendo estar passando com um bom dermatologista para ver a sua cor de pele, a cor dos olhos, a cor do cabelo. Quanto mais claros (os olhos claros, os cabelos claros) maior o risco de desenvolver câncer de pele com a exposição solar. Temos também as roupas com filtro, que são bem interessantes, principalmente, para as crianças que, às vezes, é difícil passar filtro solar. Hoje em dia, também já existe o filtro solar oral, que é algo que se soma ao filtro tópico. Ele não elimina o filtro tópico, mas ele potencializa, ele ajuda. Então procurar um bom dermatologista para estar fazendo essas orientações com relação ao tipo de filtro e até com relação ao fator de proteção. Algumas pessoas precisam só do fator de proteção 30, outras vão precisar de fator de proteção 50 ou 60. Então, realmente é preciso procurar um dermato.

A dica é:  um bom dermatologista, as roupas com filtro e filtro solar, sempre! Além de se atentar ao horário.

O melhor tratamento para o câncer de pele é evitar o câncer de pele, mas se aparecer, a dica fica: atentar para uma feridinha que não cicatriza, uma nova pinta no corpo. Então, estar sempre se observando e sempre se olhando. Feridinha que fica sangrando, quando você passa uma toalha ou quando você coça, e não cicatriza direito, cria aquela casquinha, mas não desaparece, ou está aumentando de tamanho, são sinais de alerta de que alguma coisa possa estar acontecendo ali.

Que médico a gente deve procurar?

Um bom dermatologista. Eles têm lupa. Eles conseguem fazer uma avaliação muito precisa. Eles conseguem, muitas vezes, fazer um diagnóstico apenas com o olhar deles. É claro que vai precisar de uma biópsia muitas vezes, mas um bom dermatologista consegue lhe dar uma ideia se aquela lesão merece apenas acompanhamento ou se precisa de algum tipo de tratamento.

Se ela é muito inicial, existem alguns tratamentos tópicos, hoje em dia, que conseguem fazer uma regressão da lesão. Em outras situações, você vai precisar fazer um procedimento cirúrgico, que normalmente é suficiente, principalmente no basocelular, que é o tumor mais tranquilo no caso dos cânceres de pele. Em outras situações, nós vamos precisa utilizar imunoterapia ou radioterapia, que é o banho de luz, ou até mesmo a quimioterapia. Para não chegar a esses pontos, onde é necessário utilizar essas terapias mais invasivas, precisamos ficar sempre atentos ao nosso corpo e, a qualquer sinal de alteração na nossa pele, procurar um dermatologista para fazer diagnóstico precoce e, muitas vezes, fazer apenas uma pequena cirurgia, retirar e ficar curado. Quanto mais inicial maiores as chances de cura, cura praticamente 100%.

Qualquer dúvida que tenham, por favor, nos sigam nas redes sociais.

Um abraço.

Valeska C. do Carmo – CRM 110459

18 de janeiro de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

Vacinação contra a Covid-19

Olá! Sou José Altino, médico oncologista do Corp – Centro de Oncologia de Rio Preto.

Hoje, vamos conversar a respeito de vacina.

A primeira vacina descoberta no mundo foi em 1749, na Inglaterra: a vacina contra varíola. A partir de então, várias outras vacinas foram descobertas e são utilizadas até a presente data.

Na população adulta, atualmente, cinco são as doenças mais preocupantes. Entre elas: Sarampo, Febre Amarela, Hepatite B, Influenza (a vacina da gripe) e, mais recentemente, o Covid-19, Coronavírus.

Muito se fala de eficácia das vacinas. As vacinas da Hepatite B, Sarampo e Febre Amarela apresentam uma eficácia ao redor de 80 a 90%. Já a vacina da Influenza apresenta uma eficácia que pode variar de 40 a 90%. E a do Covid-19? Fica ao redor de 50 a 94, 95%.

A eficácia é a capacidade da vacina de evitar o desenvolvimento da doença, após a sua aplicação, ou então, quando a doença se manifeste, seja com quadro mais brando, com menor complicações. Então a eficácia significa: ausência total do desenvolvimento da doença ou a doença com complicações e manifestações mais suaves.

Foi aprovado para uso emergencial no Brasil, dia 17 de Janeiro de 2021, a vacina Coronavac. Ela foi investigada, no Brasil, com 12.607 voluntários, sendo que 6129 fizeram uso da vacina Coronavac e 6129, fizeram uso do placebo. Cabe ressaltar que nenhum paciente sabia se estava no grupo do placebo ou no grupo da vacina. Portanto, um estudo chamado de duplo-cego. Nem o paciente nem investigador, que no caso é o médico, tinha consciência do que estava sendo aplicado naquele voluntário.

Os voluntários foram os profissionais da área de saúde, pois existia uma urgência para análise dos dados. Os profissionais de saúde têm contato, mais frequentemente, com o vírus Covid-19 e, por isso, eram as pessoas ideais para participar do estudo. População adulta: de 18 a 60 anos (incluindo acima de 60 anos). Esse estudo começou em julho de 2020 e foi finalizado – a inclusão de pacientes – dia 18 de dezembro de 2020. Foi analisado e trabalhado em 16 centros (16 hospitais) dentro do Brasil.

De acordo com os dados desse estudo, foi permitida a liberação para a utilização emergencial da Coronavac no Brasil, pois apresentou uma eficácia global de 50,4% e, dentro desses 6129 pacientes que utilizaram a vacina, não ocorreu nenhum caso de covid-19 com necessidade de internação em UTI, ou seja, de ventilação mecânica. 78% dos casos de Covid-19 (Coronavírus) que se manifestaram no grupo dos pacientes que havia utilizado a vacina apresentaram quadros leves. Muitas das vezes, nem necessitando de internação, apenas de cuidados em casa. Portanto a vacina cumpriu a sua missão, ou seja, diminuiu o risco de complicações do covid-19 de maneira brilhante. Nenhum caso com manifestação grave e 78% com manifestações brandas.

A Coronavac não apresenta licença definitiva em nenhum país, mas já está sendo usada na China, na Turquia e na Indonésia, em uso emergencial.

Por que existe diferenças de eficácia entre as vacinas do Covid-19? Provavelmente por conta que uma trabalha com vírus atenuado (inativado), enquanto outras duas com RNA vírus e as duas outras – que é a de Oxford e a russa –, trabalham com vetor viral. Provavelmente a diferença de eficácia se deva a esse fator.

O que devemos levar em consideração ainda é a condição de armazenamento dessas vacinas, pois a vacina Coronavac –  a chinesa –  pode ser armazenada em temperaturas ao redor de 5 graus bem como a de Oxford. Isso facilita o transporte e o acondicionamento dessas vacinas nos postos de saúde, sem influenciar na qualidade e na viabilidade da vacina. Já a vacina da Moderna e a Sputnik necessitam de armazenamento com temperaturas a menos de 18 e 25 graus. A vacina da Pfizer necessita de uma temperatura a menos de 70 graus para o seu armazenamento. Isso é importante por que? Porque se a vacina não for armazenada na temperatura ideal, ela perde a sua eficácia. Então, a gente estaria recebendo uma medicação (uma vacina) já sem eficácia alguma, pela falta de condição adequada de armazenamento.

E os efeitos colaterais?

Os efeitos colaterais do Trabalho em voluntários do a Coronavac foram extremamente baixos. Complicações graves? Nenhuma: zero! Complicações de grau 1 ou grau 2, ou seja, complicações de baixa complexidade? Ao redor de 10%. A principal complicação da vacina? Dor no local da aplicação. É sabido que todas as vacinas apresentam como efeito colateral febre, dor no local da aplicação, indisposição e fadiga – são sintomas extremamente comuns em qualquer tipo de vacinação. E isso aconteceu ao redor de 50,8% dos pacientes dessa pesquisa. Portanto é uma vacina extremamente segura. E aí existem alguns grupos que advogam que a vacina tem risco de morte e isso é infrequente.

Contra indicação para o uso da vacina Coronavac:

Pacientes que já tenham apresentado reação anafilática com outras vacinas previamente, ou paciente que seja alérgico ao polietileno glicol (que é um componente químico presente em alguns laxantes) e o polissorbato (que é um componente químico emoliente utilizado em alguns produtos cosméticos).  Portanto a contra indicação para aplicação da Coronavac é muito baixa! Apenas essas três situações, em que pacientes já apresentaram reação anafilática a outras vacinas ou que têm alergia a um desses componentes (o polietileno glicol e polissorbato). De uma maneira geral, os efeitos colaterais são ao redor de 5 a 10%, enquanto os sintomas de febre, dor no local da aplicação, indisposição e fadiga (cansaço) podem ocorrer ao redor de 50% dos pacientes, podendo perdurar até sete dias. Mas são efeitos totalmente pertinentes e comuns para qualquer tipo de vacinação.

Os pacientes oncológicos vão poder fazer o uso da vacina Coronavac? Sim.

Os pacientes oncológicos, mesmo em tratamento quimioterápico, podem utilizar a vacina Coronavac. Esse conhecimento se faz a partir do fato de que outras vacinas já são utilizadas, entre elas, a influenza, e sem risco algum para o paciente em quimioterapia. Porém, é sabido que existe uma diminuição da eficácia, uma diminuição da produção de anticorpos, nos pacientes em quimioterapia porque a imunidade costuma estar mais baixa. Sendo assim, os pacientes oncológicos, em quimio ou que não estejam em quimioterapia, estão liberados para fazer a aplicação da Coronavac.

Para maiores informações visite o nosso site.