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12 de novembro de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

Dia Mundial do Diabetes

Dia 14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes e qual é a relação do diabetes com o câncer?


Meu nome é Natália Kodama, sou nutricionista do Centro de Oncologia Rio Preto, e hoje vou falar um pouquinho sobre esse assunto.

 
Nas últimas décadas, a prevalência de diabetes tipo 2 aumentou significativamente em países de todos os níveis de renda. Segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF), o Brasil é o 5º país com maior incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de adultos (20 a 79 anos). A estimativa da incidência da doença, em 2030, chegue a 21,5 milhões. Esse aumento está associado a fatores modificáveis ​​como obesidade e sobrepeso, sedentarismo e altas calorias, dietas com baixo valor nutricional.

Junto com outras complicações graves, ter diabetes tipo 2 aumenta o risco de muitos tipos de câncer. Segundo o Instituto Americano para Pesquisa em Câncer, adultos com diabetes têm cerca de duas vezes mais chances de desenvolver câncer de fígado, pâncreas e endométrio. Há um aumento claro, porém menor, do risco de câncer de cólon e mama.


As duas doenças – diabetes e câncer – compartilham vários fatores de risco importantes, incluindo obesidade e falta de atividade física.

 
Por isso que sempre reforçamos a importância de ter um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada, baseada em alimentos naturais, prática de atividade física, sono de qualidade e saúde emocional.


Na parte de alimentação, sempre reforço a importância de basear a alimentação em frutas, verduras, legumes, cereais integrais, carnes magras e evitar os alimentos industrializados, que além de serem ricos em química, acabam contribuindo também para o aumento do açúcar e da gordura da sua dieta. Já olharam a lista de ingredientes dos alimentos que consomem? Há muito açúcar e gordura não saudável presentes nesses alimentos e, assim, contribuem para que a sua alimentação tenha excessos.

Muitas vezes o açúcar pode estar no produto com outros nomes como sacarose, glicose, xarope, açúcar invertido, dextrose, melaço e claro, açúcar mascavo, açúcar cristal, mel – esses últimos, apesar de serem menos processados, ainda são açúcares.

ALém de olhar os ingredientes dos alimentos que está consumindo, algumas pequenas atitudes podem contribuir para controlar o excesso de açúcar na sua rotina, como não adicionar açúcar no café ou chá, trocar a sobremesa de todo dia por uma fruta seca ou mesmo por uma fruta in natura, trocar o chocolate ao leite por chocolate 70% cacau. O nosso paladar está sempre se adaptando e, hoje, o que pode lhe parecer amargo, daqui um tempo, não será mais.


Para terminar, reduzir o açúcar da alimentação não quer dizer que o consumo de adoçante seja mais saudável. Por isso a importância de procurar um profissional capacitado para lhe orientar o melhor uso no seu caso.

 
Espero ter contribuído com um pouco mais de informação e até a próxima.

24 de setembro de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

Câncer Colorretal – Setembro Verde

Olá, pessoal? Tudo bem?

Eu sou a Dra. Valeska do Carmo, sou oncologista clínica do Centro de Oncologia de Rio Preto e, no vídeo de hoje, a gente vai conversar um pouquinho sobre câncer colorretal.

Quem já me conhece sabe que eu tenho muita afinidade pelo trato gastrointestinal e algo que me chama muita atenção é que, apesar de termos ferramentas para fazer diagnóstico precoce do câncer colorretal, muitas vezes para tirar lesões pré-neoplásicas, esse tipo de procedimento não é tão divulgado, não é tão conhecido, não é tão abraçado pelas pessoas. Tanto pelos médicos como pela população geral.

Então vamos falar um pouquinho sobre a importância do câncer colorretal. Ele é o terceiro tipo de câncer mais incidente no país. Ele perde apenas para o câncer de mama e o câncer de próstata. É o quarto em mortalidade. Então é um tumor que tem extrema importância.

Ele está muito relacionado aos fatores ambientais e aos hábitos de vida. Apenas 20% dos cânceres colorretais são decorrentes de alterações genéticas hereditárias, as síndromes genéticas.

80% depende muito de alguns fatores e o principal deles é o envelhecimento. A gente não tem muito o que fazer em relação a isso, mas a gente pode fazer exames para tentar fazer o diagnóstico precoce.

Dependendo das recomendações da linha ou da escola que você vai seguir, a orientação seria realizar a sua primeira colonoscopia entre 45 e 50 anos, caso você não tenha nenhuma indicação por fatores familiares, síndromes hereditárias que possam aumentar suas chances de desenvolver o câncer colorretal. Então, para a população geral, o ideal é fazer a primeira colonoscopia entre 45 e 50 anos.

Claro que existem outros exames como a pesquisa de sangue oculto nas fezes, que é menos invasivo. Só que a colonoscopia é chamada de exame Gold Standard porque consegue visualizar aquelas verrugas, que são os pólipos dentro do intestino, e retirar essas lesões que, algumas vezes, podem se transformar em um câncer. Então a gente consegue retirar lesões pré-malignas e evitar que o câncer se instale.

Em relação aos hábitos de vida, eu sempre falo que a gente precisa tentar “usar a balança a nosso favor”. Realizar atividade física com uma certa regularidade, fazer uma boa alimentação, evitar excessos de fritura, de gordura e o tabagismo. Ingerir bastante água. Comer bastante legumes, frutas e verduras. Esse é o caminho.

Então queria deixar esse recado de alerta: existe exame preventivo e exame para fazer detecção precoce, que é a colonoscopia. Devemos também estar sempre prestando atenção nos nossos hábitos de vida e tentar diminuir a incidência desse câncer, que é potencialmente evitável.

Muito obrigada!

26 de agosto de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

Agosto Branco

Olá, sou José Altino, médico oncologista do Corp, Centro de Oncologia de Rio Preto.

Hoje vamos conversar sobre o Agosto Branco, mês de prevenção e alerta contra o tabagismo.

O cigarro apresenta, aproximadamente, 4.800 substâncias químicas e, dentre essas, as mais importantes são: a nicotina e o monóxido de carbono. A nicotina atinge o parênquima cerebral, aproximadamente em 10 segundos após o ato de fumar, e correlaciona-se com a dependência química, bem como com os quadros de ansiedade pela abstinência do fumo.

A grande maioria dos tabagistas torna-se dependente ao redor dos 19 anos. Existem duas modalidades de tabagismo. O tabagista ativo, aquele que fuma com as suas próprias mãos, inala essas substâncias químicas, tornando-se dependente. O tabagista passivo, que por uma questão de contingência fica próximo do tabagista ativo, mas também desenvolve as mesmas doenças do tabagista ativo. A população mais frequentemente afetada pelo tabagismo passivo são as mulheres e as crianças.

No mundo, aproximadamente um terço da população são fumantes e a grande maioria desses fumantes está na China. Portanto, a incidência de doenças correlacionadas nos chineses é extremamente frequente. Já no Brasil, aproximadamente 11% da população é fumante e esse número caiu, desde 2006, quando era ao redor de 40% da população e foi progressivamente caindo para 15 e, atualmente, 11%. Essa redução do número de tabagistas no Brasil se deve às leis que proibiram o ato de fumar em ambientes fechados e à restrição de propagandas que estimulem o tabagismo.

Aproximadamente, 90% dos cânceres estão correlacionados com o tabagismo. Entre eles: os tumores de cabeça e pescoço, esôfago, pulmão, bexiga entre outros. Atualmente, 7 milhões de pessoas morrem pelo mundo por doenças correlacionadas com o tabagismo. Entre elas, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, dpoc – a doença pulmonar obstrutiva crônica, trombose entre outras.

Existem tratamentos para vencer a dependência química do cigarro, ou seja o “tratamento antitabaco”, que é pautado na psicoterapia, mudança de comportamento e o uso de medicamentos para vencer a dependência química. Esse tratamento antitabagismo está disponível no sistema público de saúde no SUS, bem como no sistema privado de saúde.

Para maiores informações, visite o site da Clínica Corp.

23 de agosto de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

Acompanhamento nutricional e o tratamento do câncer

Olá, pessoal? Tudo bem?

Eu sou a Dra. Valeska do Carmo, sou oncologista clínica do Centro de Oncologia de Rio Preto.

Como é já um hábito nosso, estamos sempre gravando vídeos, falando sobre rastreamento e detecção precoce de tumores. Mas hoje o vídeo vem para reforçar uma área que muitos não valorizam tanto, que é a nutrição.

Sempre que um paciente chega no consultório, a gente explica que o tratamento oncológico não é baseado apenas no médico. Existe uma equipe multidisciplinar que seriam as enfermeiras, os farmacêuticos, a nutricionista, os psicólogos, os dentistas, a terapia ocupacional. Tem vários profissionais que são super necessários para que o tratamento flua bem.

Hoje nós vamos falar sobre o nutricionista e a importância da nutrição.

Como a gente acaba, muitas vezes, tendo que prescrever quimioterapia, é necessário que o paciente esteja bem nutrido. Nossos pacientes, muitas vezes, são idosos. Precisamos que não tenham uma perda muscular importante. Essa perda muscular já vem com o próprio avançar da idade e, com a quimioterapia, se não tiver uma boa alimentação, o paciente vai ter uma perda maior ainda. O paciente vai ficando debilitado e não vai conseguir fazer o tratamento. Então a nutrição é de extrema importância.

Sabemos que a quimioterapia altera paladar e altera olfato, mas um nutricionista vai conseguir driblar essas alterações, auxiliando nos temperos, em como manusear a comida, quais os tipos de alimentos mais importantes para que você esteja ingerindo uma quantidade ideal de alimentos para que o organismo fique realmente tanto forte para receber a quimioterapia como também para se recuperar o mais rápido da quimioterapia.

Sabemos que existem algumas situações em que o paciente não consegue se alimentar porque está fazendo alguma terapia associada à quimioterapia que pode machucar muito a boca, o alimento não desce ou por outras razões. Tumores de cabeça e pescoço impedem que o paciente consiga deglutir o alimento. Temos as sondas: sonda nasoenteral, a sonda pelo estômago que a gente faz um furinho na barriga e coloca a sonda. Para tudo isso um nutricionista, novamente, vai nos auxiliar na dieta adequada para que o paciente fique bem.

Então, hoje o vídeo é para enaltecer esse profissional que é extremamente necessário para que o tratamento oncológico flua de forma adequada.

Era esse o tema do vídeo de hoje. Qualquer questionamento ou qualquer necessidade, teremos prazer em ajudar. É só entrar em contato conosco e nos seguir nas redes sociais.

Obrigada!

28 de julho de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

Novidades sobre o Câncer de Mama e do Trato Gastrointestinal apresentadas na ASCO

Olá, pessoal? Tudo bem?

Eu sou a Dra. Valeska do Carmo, sou oncologista clínica do Centro de Oncologia de Rio Preto.

O vídeo de hoje é um resumo sobre algumas novidades em relação ao câncer de mama e câncer do trato gastrointestinal que foram apresentadas na ASCO neste ano.

Vamos começar! O que seria a ASCO? É um congresso americano que acontece anualmente, no final de maio ou início de junho, em Chicago. Lá, são apresentados os principais trabalhos que fortalecem algumas condutas ou propõem mudanças de conduta, quando aparece algum novo tratamento.

Estamos na Pandemia e esse ano, assim como ano passado, nós participamos desse congresso de forma virtual.

Durante o evento, eu gravei alguns vídeos falando sobre alguns trabalhos com um pouco mais de detalhes. Então o vídeo de hoje é só para dar uma ideia da principal informação.

Com relação ao câncer de mama, fica aquela frase “menos é mais”. Principalmente nas mulheres com câncer de mama com receptores hormonais positivos. Foram apresentados alguns trabalhos que nós já conhecíamos, mas que reforçam e mostram que o benefício existe e ele vem aumentando, onde nós deixamos a quimioterapia sempre para depois. A quimioterapia é utilizada em último caso. Temos um bloqueio hormonal hoje disponível de uma forma muito eficaz e muitas mulheres se beneficiam desse tipo de tratamento, onde a qualidade de vida não se compara a que se tem com a realização da quimioterapia, que tem diversos efeitos colaterais. Alguns deles são, muitas vezes, a queda de cabelo e a queda da imunidade. Com bloqueio hormonal, a gente não tem esse tipo de alteração. Alguns outros trabalhos em relação a outros perfis de tumores de mama também foram apresentados com relação a molécula Her2 ao Triplo-Negativo, mas eu acho que o que ficou de mais forte, pelo menos para mim, foi essa questão de que “o menos para essas mulheres com receptores hormonais positivos é mais”. Então sempre pensar nessa possibilidade antes de começar a fazer uma quimioterapia.

Com relação ao trato gastrointestinal, já tínhamos alguns trabalhos e a gente já estava começando a utilizar a imunoterapia, mas esse congresso trouxe realmente a imunoterapia, de uma forma mais forte, como indicação para os pacientes com tumores de intestino que tem instabilidade microssatélite. Assim como a utilização da imunoterapia naqueles tumores que são da transição gastroesofágico. É claro que tem que tem vários detalhes com relação ao perfil do tumor, ao perfil do paciente, mas são dados que nos encorajam e nos deixam muito felizes por poder estar oferecendo para os pacientes um tratamento eficaz e com baixa toxicidade.

Então foram boas notícias nessas duas patologias: mama e trato gastrointestinal. Na realidade, mais do que duas porque quando a gente fala em trato gastrointestinal, a gente está falando de esôfago, estômago, intestino, pâncreas, vesícula biliar e fígado. E é a ciência: a medicina vem evoluindo na área de Oncologia. Graças a Deus, estamos conseguindo tratar os pacientes e dar mais qualidade de vida.

Então, para o trato gastrintestinal: imunoterapia para muitos pacientes. Para o câncer de mama: bloqueio hormonal naquelas pacientes que tem indicação. Sendo assim, a gente pode oferecer uma qualidade de vida muito boa. Para mais detalhes, tem os outros vídeos que eu gravei à medida que eu ia assistindo o congresso. Então o apanhado é esse: a informação principal.

Se precisar de mais alguma informação, acesse os outros vídeos ou entre em contato pelas redes sociais, que tentaremos responder.

Abraço!

27 de julho de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

Câncer de Ovário

Olá, pessoal? Tudo bem?

Eu sou a Dra. Valeska do Carmo, sou oncologista clínica do Centro de Oncologia de Rio Preto, e o vídeo de hoje é sobre câncer de ovário.

O câncer de ovário não é uma patologia muito comentada, não é tão divulgada, mas é o segundo tumor ginecológico mais comum, perdendo apenas para o câncer de colo de útero.

Nos nossos vídeos, estamos sempre focando um rastreamento, detecção precoce do tumor, mas infelizmente, para o câncer de ovário, as notícias não são muito boas.

É um desafio fazer um diagnóstico precoce nesse tipo de patologia. No câncer de ovário, os sinais e sintomas de alerta nas pacientes são muito inespecíficos e muito mais comuns em outras patologias do que no câncer de ovário. Não temos nenhum exame muito preciso para que consigamos fazer essa detecção.

Vou passar aqui as principais informações que possam servir de alerta para que a pessoa vá procurar um médico para tentar fazer um diagnóstico sobre o que que está acontecendo e, às vezes, acabar se deparando com o diagnóstico de um câncer de ovário.

Mulheres com mais de 50 anos é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de ovário. Obesidade é outro fator de risco. Mulheres que tenham familiares com câncer de mama câncer ou de ovário também têm um risco aumentado para o desenvolvimento do câncer de ovário. E, caso algum dos familiares tenha sido testado geneticamente e apresente a mutação do brca 1 e do brca 2, existe um risco muito mais aumentado do desenvolvimento do câncer de ovário. Para essas mulheres, vale a pena passar essa informação e discutir as possibilidades de ser testada, com o seu ginecologista. Se na cidade tiver um oncogeneticista, vale a pena uma consulta para avaliar se há a necessidade de ser testada para a mutação do brca 1 e brca 2.

O que isso mudaria? As pessoas que têm essa alteração, um risco muito maior do que a população em geral em desenvolver o câncer de mama e o câncer de ovário, têm indicação de fazer uma cirurgia preventiva, para tentar evitar a instalação do câncer de ovário do câncer e de mama.

Com relação aos sinais e sintomas, como mencionei no início do vídeo, é tudo muito inespecífico: o aumento do volume abdominal (aquela barriga inchada conhecida como barriga da água), alteração do ritmo intestinal (aquele intestino preso que precisa estar tomando remédio o tempo inteiro), dores abdominais de forma difusa (no abdômen inteiro), uma digestão lenta, uma falta de apetite, dor na relação sexual. Porém como eu falei é muito mais comum apresentar outras doenças que estão ocasionando esses sinais de alerta do que o câncer de ovário, mas se isso acontece e persiste, vale a pena investigar um pouco melhor porque pode ser que tenha ali um câncer de ovário provocando essas alterações.

As informações que nós temos com relação ao câncer de ovário são essas. Com relação ao tratamento: é baseado principalmente em cirurgia e quimioterapia, onde a cirurgia é o tratamento realmente curativo para essas pacientes. Mas se a pessoa apresenta uma doença muito avançada, muitas vezes, esse procedimento não é possível e aí temos apenas a quimioterapia para recorrer.

Infelizmente, não são tão boas notícias, mas essas são as informações que nós temos em relação ao câncer de ovário.

Espero ter ajudado e caso queira mais alguma informação, relacionada ao câncer de ovário ou a qualquer outra patologia, pode nos seguir nas redes sociais ou entrar em contato conosco que tentaremos responder o quanto antes.

Obrigada!

26 de julho de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

Vitamina D

Olá, sou José Altino, médico oncologista do Corp, Centro de Oncologia de Rio Preto.

Hoje vamos falar sobre vitamina D.

Na verdade, a vitamina D é um pró-hormônio e está envolvida nas atividades do nosso sistema imunológico, cardiovascular, músculos, ossos e metabolismo.

A vitamina D é lipossolúvel, ou seja: absorvida no intestino na presença de alimentos gordurosos.

Os alimentos ricos em vitamina D são: peixes gordurosos, óleo de fígado de bacalhau, cogumelo seco, leite, ovos e fígado bovino. Porém, para suprir as necessidades, teríamos que consumir grandes quantidades desses alimentos.

Ainda a principal forma de ativar a vitamina D, no nosso organismo, é a exposição ao sol durante 20 minutos, preferencialmente no período de início da manhã ou no final da tarde.

A vitamina D regula o equilíbrio do cálcio e fósforo do nosso organismo, que são importantes nos seguintes pontos:

No músculo e ossos, o cálcio e o fósforo participam da contratura muscular, tanto do músculo dos braços e pernas como do músculo cardíaco. Portanto a deficiência dessa vitamina pode ocasionar uma fraqueza muscular generalizada e diminuir a força de bombeamento do coração.

Na parte óssea, a vitamina D participa do equilíbrio do cálcio no esqueleto e a sua deficiência aumenta o risco de osteoporose e osteotomia. Com isso, aumentando o risco de fraturas.

No sistema imunológico, as células de defesas conhecidas como linfócitos são ativadas pela vitamina D.

Existem estudos que comprovam que a reposição dessa vitamina pode auxiliar no controle de doenças autoimunes como esclerose múltipla, doença inflamatória intestinal entre outras.

No controle do diabetes, a reposição de vitamina D em crianças parece ter um efeito preventivo no desenvolvimento do diabetes infanto juvenil.

No tangente ao câncer, a vitamina D pode promover a diferenciação celular, portanto evita o surgimento de câncer de cólon e de mama. Sendo assim, a vitamina D é extremamente importante no nosso sistema orgânico.

Para maiores informações, visite o nosso site – Clínica Corp.

21 de junho de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

Novidades sobre o tratamento do câncer de mama – ASCO

Olá, pessoal? Tudo bem?

Eu sou a Dra. Valeska do Carmo, sou oncologista clínica do Centro de Oncologia de Rio Preto.

Venho trazer para vocês, através deste vídeo, algumas notícias sobre a ASCO.

Vou fazer uma breve introdução para que vocês consigam entender um pouco:

Do câncer de mama, nós temos 23 tipos de tumores que a gente classifica. Temos os luminais, temos os triplo negativos e temos os Her2.

Hoje, foram apresentados alguns trabalhos, alguns já conhecidos e outros mais novos, que ainda precisam de algum tempo para a gente poder avaliar realmente a eficácia dessas novas drogas. Mas o que eu acho que foi muito importante foi a tendência que já vem, há algum tempo, existindo na oncologia, que é deixar a quimioterapia sempre para depois. Sempre que possível tentar algum outro tipo de tratamento. Nós temos a imunoterapia e temos também os bloqueios hormonais.

Com relação aos luminais, recentemente, tivemos a aprovação no rol da ANS dos inibidores de ciclina, onde a gente consegue potencializar a resposta com um bloqueio hormonal. Foram apresentados três trabalhos, dois já conhecidos apenas com algumas atualizações e um outro mais novo, um estudo chinês, mas também com uma molécula inibidor de ciclina. Todos mostrando realmente o grande benefício e a grande tendência a deixar para os pacientes, com tumor de mama luminal, a quimioterapia o mais tardiamente possível. E algumas outras moléculas vêm sendo estudadas, já planejando a utilização após esses inibidores de ciclina. Então, cada vez mais, a quimioterapia, que tem grande toxicidade, está ficando para depois.

Com relação aos triplo-negativos, não tivemos muitas novidades. Está se estudando muito a imunoterapia, mas a gente ainda precisa de dados para poder selecionar melhor o paciente que vai ter realmente benefício com essa imunoterapia.

Com relação aos pacientes Her2, nós temos os bloqueios anti-Her2, que já estão na nossa rotina há alguns anos e isso permanece. Mas o que vem aí de novidade é que a gente sempre associava esses bloqueios anti-Her2 com quimioterapia e a tendência aos pacientes que têm a molécula Her2, que são classificados como Her2, mas que têm também receptores hormonais positivos, esses pacientes também podem se beneficiar de um bloqueio hormonal associado ao bloqueio do Her2. Foi algo positivo para o cenário do Câncer de mama metastático.

Vamos torcer para que venham aí mais novidades e que a gente consiga, cada vez mais, trazer mais qualidade de vida para os nossos pacientes. Por hoje é só e voltaremos a gravar outros vídeos com mais alguns assuntos relacionados à ASCO.

Um abraço!

18 de junho de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

Estudos apresentados na Sessão Plenária do ASCO

Olá, pessoal? Tudo bem?

Eu sou a Dra. Valeska do Carmo, sou oncologista clínica do Centro de Oncologia de Rio Preto.

Desde sexta-feira, está acontecendo um evento chamado ASCO, que é o maior evento de atualização em Oncologia Clínica, um evento americano mundial. Pelo segundo ano consecutivo, estamos fazendo apenas a distância, sem ter nada presencial devido à pandemia. E hoje é o dia que tem as maiores novidades, chamado de Sessão Plenária.

Nessa sessão plenária são apresentados alguns trabalhos com potenciais de mudança de conduta.  Então eu separei alguns para estar comentando com vocês. É claro que, em alguns, vamos ter algumas dificuldades para estar aplicando, por falta de acesso. Para outros, a gente vai precisar ainda de é autorização da Anvisa. E alguns outros são apenas promessas, mas boas promessas, são trabalhos com potenciais positivos mas que precisam ainda de um tempo mais longo para realmente observar o benefício.

Então vou comentar aqui, rapidamente, sobre alguns estudos.

O primeiro é o OLÍMPIA. Esse estudo avaliou o nicho bem pequeno de pacientes, mas são aquelas pacientes de alto risco, alto risco de câncer de mama, her2 negativo, podendo ser receptor hormonal positivo ou triplo negativo, com mutação do brca1 e brca2. Então o que foi avaliado é que essas pacientes, quando têm alguns critérios e tendo realizado quimioterapia pré-operatória ou tendo realizado quimioterapia pós-operatória – mas com alguns critérios: não são todas as pacientes –, e tendo a mutação do brca1 e brca2, elas teriam um benefício do uso de um inibidor de PARP. O que seria esse inibidor de PARP? Quando a gente tem a mutação do brca1 e brca2, a gente tem uma falha. A gente tem um material genético que está sempre sendo multiplicado nas nossas células e, nessas multiplicações, existem algumas falhas. O gene brca1 e brca2 são corretores, vamos falar assim: eles conseguem corrigir algumas alterações no material genético e, quando as pacientes têm essa mutação, elas perdem essa função. Então o material genético fica defeituoso, onde existe uma replicação anormal e a formação de um tumor, o câncer. Então o inibidor de PARP vai provocar a morte dessas células que têm essa alteração do material genético. Então esse medicamento já vem sendo estudado e já está sendo aprovado em algumas situações e, agora, a gente vem com ele no cenário adjuvante para o câncer de mama de alto risco. Então eu achei positivo. É claro que vamos precisar ainda de aprovações, pois é um medicamento oral, mas é algo bem promissor.

Um outro trabalho foi o trabalho JÚPITER-02. Nesse trabalho, foram analisados os pacientes com carcinoma de nasofaringe, que não é tão comum, mas existe, no cenário recorrente ou metastático. A gente utilizava sempre quimioterapia, seis ciclos de quimioterapia, e observava. Na prática clínica, alguns centros e alguns médicos faziam uma quimioterapia de manutenção, mas a gente não sabe até onde essa quimioterapia de manutenção realmente trazia algum benefício. Agora, a gente tem esse trabalho onde a gente ainda tem o dado de sobrevida global ainda imaturo, mas veio com a promessa boa. Pacientes vão estar utilizando quimioterapia associada a uma droga que é o Anti PD-L1, seguido de manutenção com Anti PD-L1, que tem baixa toxicidade. Nesse trabalho foi mostrado que tem 40% de redução de risco de morte específica pelo câncer de nasofaringe. Então é algo promissor, algo que a gente ainda não consegue utilizar na prática clínica, mas eu acredito que em algum momento, em breve, a gente vai ter dados bem positivos aqui, que a gente vai conseguir estar utilizando.

Teve um outro estudo OUTBACK, que é sobre câncer de colo de útero – que foi negativo – para um tratamento pós quimio com radioterapia para você estar utilizando quimioterapia. Infelizmente, foi negativo.

Um outro estudo para câncer de próstata, onde a gente tem limitações aqui na nossa região. O paciente precisa – o nome do estudo é VISION – estar se submetendo ao PET PSMA, aqueles pacientes que apresentam positividade no exame e tendo já realizado uma linha de quimioterapia e uma linha de um bloqueio hormonal dessas novas linhas de bloqueios hormonais, são elegíveis para estar usando uma terapia convencional, que aí ficava a critério de cada médico, junto com lutécio, que é o medicamento em que é utilizado a molécula da Medicina Nuclear. Então um estudo que teve um baixo impacto, um ganho muito pequeno, mas que foi positivo, mas que a gente vai ter dificuldades aqui na nossa região, devido a esse cenário de ausência do PET PSMA e dificuldade para utilização também do lutécio para medicina nuclear.

Um outro estudo foi o KEYNOTE-564 que me deixou muito animada. A gente não tinha nenhum trabalho mostrando o benefício na “adjuvância” (terapia adjuvante) para o carcinoma renal, após operado e, nesse trabalho, mostrou que o uso da imunoterapia, durante um ano, pode trazer benefício para esses pacientes. Uma baixa toxicidade, então eu acredito que isso aqui deva estar caminhando para aprovação pela Anvisa, mas a gente vai precisar esperar essa aprovação para poder estar utilizando. Mas os dados ainda são recentes, ainda é necessário um longo estudo, um longo tempo de avaliação, mas como a gente não tem nada e é algo que traz baixa toxicidade para o paciente, eu acho que é algo a ser pensado. Então hoje as novidades foram essas. Em breve, estaremos publicando, aqui, em novos vídeos com mais novidades do ASCO e qualquer dúvida que tenham podem nos questionar nas redes sociais. Era só isso. Obrigada!

18 de junho de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

Trato Grastrointestinal Alto – ASCO

Olá, pessoal? Tudo bem?

Eu sou a Dra. Valeska do Carmo, sou oncologista clínica do Centro de Oncologia de Rio Preto.

Aqueles que estão sempre nos acompanhando sabem que estamos sempre publicando alguns vídeos a respeito de rastreamento, diagnóstico precoce, mudanças de hábitos de vida, tudo para impactar positivamente na qualidade de vida e na menor intensidade do tratamento oncológico.

Mas como, desde sexta-feira, está acontecendo um evento chamado ASCO, que é um congresso americano, o principal congresso de oncologia clínica onde a gente se depara com as principais novidades e, às vezes, condutas que vão mudar o nosso posicionamento com relação ao tratamento, estamos trazendo esses vídeos sobre algumas novidades desse evento.

Hoje, eu trouxe algumas coisas a respeito do Trato Gastrointestinal. Todos sabem que a área de atuação que mais gosto (não é o Trato Gastrointestinal Baixo, não é o colo retal), então o que eu venho trazer para vocês é sobre o Trato Gastrointestinal Alto.

Neste ano, a vedete da vez foi o esôfago. Fazia tempo que a gente não tinha novidades em relação ao tratamento desse órgão e esse ano ficamos muito felizes com os novos resultados. Temos um trabalho onde mostra que o tratamento é com quimioterapia que começa antes da cirurgia, ou seja um tratamento perioperatório, a gente faz alguns ciclos de quimioterapia antes da cirurgia, depois da cirurgia e, depois, mais alguns ciclos pós a cirurgia, versus o tratamento que sempre foi o padrão, durante muitos anos, de quimio com radioterapia. Eles são equivalentes. Então vai depender do quadro clínico do paciente, da escolha do paciente, da escolha do seu médico, mas eles são equivalentes. No entanto, surgiu agora um novo tratamento. A gente sabe que existe a imunoterapia e ela apareceu para o câncer de esôfago. Então a gente traz a imunoterapia no cenário adjuvante, ou seja preventivo, com intenção de cura. Para poder o paciente ser elegível para imunoterapia, ele tem que ter realizado quimio com radioterapia anteriormente.

Então, provavelmente, o tratamento de melhor escolha, nos dias de hoje, vai ser o tratamento com quimio e radioterapia, seguido de cirurgia, seguido então de imunoterapia, na intenção de cura para esses pacientes. Esse tratamento ele teve uma redução de 26% do risco de morte relacionado ao câncer específico. Então foi super positivo e espero que, em breve, a gente consiga está colocando em prática. Também veio um estudo sobre quimioterapia associada à imunoterapia, ou apenas imunoterapia, uma combinação de duas drogas onde a gente vai utilizar no cenário agora metastático, um cenário onde a gente não tem cura, mas que trouxe dados bem empolgantes pra gente. Então, para pacientes muito sintomáticos, que estão na primeira linha de tratamento, que têm uma doença de câncer de esôfago recorrente, tratamento com quimio e imunoterapia. Para aqueles que não são tão sintomáticos, não têm tanto volume de doença, imunoterapia com duas drogas.

Vamos esperar agora as aprovações dos nossos órgãos reguladores, aqui no Brasil, para que a gente possa colocar em prática, o quanto antes, e trazer esses benefícios para os nossos pacientes.

Um abraço!