Atendimento: Seg-Sex, 7h às 19h | (17) 3211-1919

Category: Câncer de Bexiga

31 de agosto de 2022 by Blog do Corp 0 Comments

Presença da Dra. Flávia do Nascimento no lançamento de nova droga para tratamento do câncer de bexiga

Neste final de semana, foi lançada uma nova droga para ser usada no tratamento do câncer de bexiga e a Dra. Flávia Lidiane A. do Nascimento (CRM 116533), oncologista clínica do CORP (Centro de Oncologia Rio Preto), esteve presente no evento de lançamento.

A neoplasia maligna de bexiga é o sétimo tumor mais comum em homens no Brasil e, segundo estimativas do INCA (Instituto Nacional de Câncer), espera-se cerca de 7.590 novos casos em homens e 3.050 novos casos em mulheres, entre os anos de 2020 e 2022.

Porém, chegou no Brasil o Enfortumabe Vedotina, que é um anticorpo conjugado à droga (ADC).

Em maio deste ano, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o anticorpo Enfortumabe Vedotina, conjugado à droga (ADC), para o tratamento de pacientes com carcinoma urotelial localmente avançado ou metastático, previamente tratados com quimioterapia baseada em platina e inibidor de checkpoint (Imunoterapia), além de pacientes inelegíveis a cisplatina que receberam ao menos uma linha de tratamento sistêmico (administrado via oral ou injetado sob a pele, no músculo ou nas veias) prévia.

O mecanismo de ação desse medicamento é semelhante a um Cavalo de Troia. O anticorpo se liga à uma proteína da superfície da célula tumoral, a nectina-4, e internaliza o complexo que contém o quimioterápico propriamente dito para impedir que a célula se multiplique, bloqueando o ciclo celular e provocando a sua morte, via um fenômeno conhecido como apoptose.

Essa classe de medicamentos é ainda nova na área da oncologia, mas tem um mecanismo promissor e vem apresentando respostas consistentes em pacientes previamente tratados e que progrediram com as terapias já aprovadas para o tratamento desse tumor.

O câncer de bexiga apresenta os seguintes fatores de risco:

– É 3 vezes mais comum em homens;
– Está associado, principalmente, ao tabagismo;
– Acomete mais pacientes idosos (com mais de 65 anos);
– Exposição ocupacional ao arsênio;
– Irradiação prévia da bexiga.

Existem três tipos de câncer de bexiga:

. Carcinoma de células de transição (também conhecido como carcinoma urotelial): representa a maioria dos casos e começa nas células do tecido mais interno da bexiga. Origina-se nas células uroteliais que limitam o interior da bexiga e outras partes do trato urinário, como parte do rim, ureteres e uretra.

. Carcinoma de células escamosas: afeta as células delgadas e planas que podem surgir na bexiga depois de infecção ou irritação prolongadas.

. Adenocarcinoma: se inicia nas células glandulares (de secreção) que podem se formar na bexiga depois de um longo tempo de irritação ou inflamação.

Quando o câncer se limita ao tecido de revestimento da bexiga, é chamado de superficial. O câncer que começa nas células de transição pode se disseminar através do revestimento da bexiga, invadir a parede muscular e se disseminar até os órgãos próximos ou gânglios linfáticos, transformando-se num câncer invasivo.

“Esse lançamento vem para ser uma importante opção de tratamento no combate a essa neoplasia e provavelmente, em breve, deverá ter indicação para casos mais iniciais do câncer de bexiga.”

Há décadas, o tratamento dessa neoplasia é baseado em quimioterapia convencional e era carente em novas drogas”, menciona Dra. Flávia do Nascimento, médica oncologista do Corp.

O diagnóstico precoce do câncer de bexiga possibilita melhores resultados em seu tratamento e pode ser investigado a partir de sintomas como: dor ao urinar e sangue na urina. Na maioria das vezes, esses sintomas não são causados por câncer, mas, mesmo assim é importante que sejam logo investigados.

Já conhece o Blog do Corp? Nele, sempre postamos assuntos relevantes com dicas para melhorar a sua saúde e qualidade de vida.