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12 de abril de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

Câncer de Testículo – Sintomas e Tratamento

Olá, sou José Altino, médico oncologista do Corp, Centro de Oncologia de Rio Preto.

Hoje vamos conversar sobre tumor de testículo. Quais são os sintomas?

Pode ser:

O aparecimento de um nódulo pequeno, duro e indolor no testículo, que fica alojado na bolsa escrotal, logo abaixo do pênis;

Mudança da consistência dos testículos, ou seja um testículo mais inchado, duro e indolor;

Sensação de peso na bolsa escrotal;

Dor incômoda no baixo-ventre ou ainda na região da virilha;

Dor ou desconforto no próprio testículo ou na bolsa escrotal;

Crescimento de mama ou perda do desejo sexual, ou seja uma disfunção hormonal, acarretando um aumento das mamas ou perda do desejo sexual;

Crescimento de pelos faciais e corporais em meninos muito jovens, ou seja uma desproporção do crescimento de pelos relacionado com a idade;

Dor lombar, uma dor na altura dos rins, na parte posterior das costas.

Esses são os principais sintomas do tumor testicular.

Qual é a evolução natural do tumor de testículo?

Uma vez surgindo o tumor, dentro do testículo, ele pode apresentar um crescimento progressivo, dentro do órgão, que, posteriormente, vai acabar migrando para circulação linfática – os linfonodos -,  ocasionarão uma massa ganglionar na região do retroperitônio, que é na altura dos rins, próximo da coluna vertebral. E se não for diagnosticado nesta fase, poderá atingir a circulação sanguínea, causando nódulos em outros órgãos como pulmão, fígado, ossos, ou cérebro.

O tratamento principal do tumor testicular é a orquiectomia, a extração do testículo com lesão e, após avaliação dos exames, poderá ser necessário o tratamento de quimio ou radioterapia.

Uma pergunta que geralmente é nos feita: O indivíduo que precisa passar pela orquiectomia, ou seja a extração de um testículo, pode continuar tendo vida normal, ou seja tônus muscular, parte óssea, cardiovascular, ereção?

Sim, é possível ter uma vida praticamente normal.

Geralmente, os tumores de testículos apresentam uma ótima evolução com o tratamento, com uma alta taxa de cura.

Para maiores informações, visite o nosso site Clínica Corp.

9 de abril de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

TUMOR TESTICULAR – O QUE É?

Olá, sou José Altino, médico oncologista do Corp, Centro de Oncologia Rio Preto.

Hoje vamos conversar sobre tumor testicular.

Primeiramente, vamos definir o que são os testículos. Os testículos são um par de glândulas sexuais masculinas que estão dentro do saco escrotal, logo abaixo do pênis. São responsáveis pela produção e armazenamento dos espermatozoides e também são fonte principal do hormônio masculino, a testosterona, que controla o desenvolvimento dos órgãos reprodutivos como produção do espermatozoide, capacidade de ereção e ainda atua na parte muscular, óssea e cardiovascular dos homens.

O tumor de testículo, apesar de raro, representa 5% dos casos de câncer em homens. Ocorre, com maior frequência, em jovens entre 20 e 40 anos. Existem dois grupos de tumores testiculares: os tumores germinativos, que são subdivididos em seminoma e não seminoma, e os tumores estromais, células de Leydig e Sertoli. Os tumores germinativos ocorrem nas células que produzem os espermatozoides e podem ser seminomas, geralmente, em idades maiores de 30 anos – é o tipo mais comum –, com uma melhor evolução e uma melhor resposta ao tratamento oncológico. Esse subtipo seminoma ainda pode ser subdividido em clássico, anaplásico e espermatocítico.

Já os tumores germinativos do tipo não seminomatoso ocorre em 60% dos casos e a grande maioria é até os 30 anos de idade. Tendem a ter um comportamento um pouco mais agressivo do que os seminomas e podem ser do subtipo coriocarcinoma, saco vitelino, teratoma imaturo, carcinoma embrionário e ainda o teratoma maduro, que é considerado um tumor benigno.

Já os tumores estromais ocorrem no testículo, na parte que ocorre a produção de hormônios e inclui os tumores de células de Leydig, geralmente benignos, que produzem hormônios sexuais masculinos, e os tumores de células de Sertoli, que ocorre nas células que nutrem as células germinativas e, geralmente, são tumores benignos.

Para maiores informações, visite o nosso site Clínica Corp.

8 de abril de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

CÂNCER DE TESTÍCULO – FATORES DE RISCO

Olá, sou José Altino, médico oncologista do Corp, Centro de Oncologia Rio Preto.

Hoje vamos falar de tumores testiculares.

Quais são os fatores de risco?

Idade: a grande maioria dos tumores de testículos ocorrem entre a idade de 20 a 40 anos.

Raça: os homens brancos têm de 5 a 10 vezes mais chances de desenvolverem o câncer testicular do que homens de outras raças.

História familiar ou pessoal de câncer testicular: a dieta rica em gordura, particularmente de origem animal com alto teor de cálcio, pode aumentar o risco de câncer nesses indivíduos que têm uma história familiar ou um antecedente de ter já desenvolvido um câncer testicular.

Testículo que não desce da bolsa escrotal, chamado de criptorquidia – o que é isso? São homens que, ao nascer o testículo, esse fica alojado dentro da cavidade abdominal, não ocorre a migração do testículo da cavidade abdominal para a bolsa escrotal. Isso chama-se criptorquidia e, às vezes, é necessário fazer uma correção cirúrgica para que o testículo desça para a bolsa escrotal e venha se desenvolver. Portanto a criptorquidia é um fator de risco.

Uma síndrome chamada de Klinefelter, um transtorno genético que a gente chama de cromossomo sexual, tem baixos níveis de hormônio masculino e, portanto, gera esterilidade, aumento das mamas e testículos pequenos. Então é uma disfunção hormonal masculina. Essa síndrome de Klinefelter é um fator de risco.

E por fim há o HIV, o vírus da imunodeficiência humana, que pode ser um fator de risco para o desenvolvimento dos tumores testiculares.

Para maiores informações, visite o nosso site Clínica Corp.

6 de abril de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

SAÚDE MENTAL NO TRATAMENTO DO CÂNCER

Olá, meu nome é Vanessa Lourenção, sou psicóloga do Centro de Oncologia Rio Preto, e hoje vamos conversar um pouquinho sobre a Saúde Mental no Tratamento do Câncer.

O impacto do diagnóstico da doença crônica, muitas vezes, provoca uma sobrecarga emocional – gerando estressores para o indivíduo –, que afeta diretamente na qualidade de vida e decorrente das modificações do tratamento: um afastamento dos papéis sociais, os efeitos adversos da medicação, as incertezas e inseguranças do novo, do desconhecido, de como que vai ser todo esse processo.

Então, aquele paciente que busca apoio emocional, desde o início, ele vai estar trabalhando, ativamente, essa reconstrução de todo esse processo, dando um novo significado para a sua vida, buscando recursos que vai ajudá-lo a criar estratégias de enfrentamento positivo para passar por esse processo todo, decorrente de efeitos adversos da medicação, impacto na autoimagem, um isolamento que, muitas vezes, o indivíduo se coloca por vergonha ou por medo de que algo pior aconteça, levando-o a deixar de participar da vida em família ou de estar em contato com os amigos, que são coisas super importantes para que ele se mantenha ativo, fisicamente e emocionalmente, mesmo com tratamento em andamento.

Alguns estudos também têm mostrado a importância da busca pelo sentido da vida. O sentido da vida vai ajudar o indivíduo a reduzir os fatores estressores, a olhar mais para o ambiente, buscando recursos de apoio, de suporte como visualizar e entender a ajuda da família, aceitar a presença e o suporte social dos amigos, dos colegas de trabalho. Também nessa questão: ter um bom ajustamento com equipe multiprofissional e com os próprios médicos auxilia muito no engajamento de um bom enfrentamento desse paciente.

Então é importante que esse indivíduo esteja bem atento em como ele interpreta tudo isso. Os próprios recursos pessoais vão direcionar como vai ser o enfrentamento dele. Aquele indivíduo que tem um perfil mais positivo, que consegue ser otimista, que consegue encontrar o lado positivo em todo esse processo que está passando, automaticamente, terá um enfrentamento mais positivo e uma recuperação melhor, por conta desses recursos próprios positivos, emocionais.

Então fique atento. Se você está passando por um tratamento oncológico, fique atento em como você está interpretando tudo isso e como você tem se usado perante os seus próprios recursos de enfrentamento, para que você passe, da melhor forma possível, por todo o processo, seja ele medicamentoso ou cirúrgico. Aceite o suporte da família, dos amigos e aprenda a olhar mais para dentro de si e entender quais são seus recursos emocionais. Se você tem recursos positivos ou se não estão tão positivos assim, é o momento de buscar ajuda para aprender a fazer uma reinterpretação desses recursos e suas crenças, de como você se vê, de como você tem se adaptado à essa situação, identificar o que está sendo mais difícil e buscar a superação disso tudo.

Fique atento à questão emocional e busque ajuda o quanto antes

Se tiverem alguma dúvida, se quiserem perguntar alguma coisa, é só comentar no link abaixo.

Obrigada!

1 de abril de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

Câncer de Esôfago – Tipos, Prevenção, Diagnóstico e Tratamento

Olá, pessoal? Tudo bem?

Eu sou a Dra. Valeska do Carmo, sou oncologista clínica do Centro de Oncologia de Rio Preto e hoje eu venho falar um pouquinho sobre câncer de esôfago.

Primeiro vou explicar o que que seria esôfago. Esôfago é um tubo que leva o alimento da boca até o estômago. Ele é dividido em três partes. As duas partes superiores costumam ser acometidas por um determinado tipo de câncer. Já a parte distal, que é a mais próxima do estômago, tem um outro tipo de acometimento de câncer e um outro nome.

Então vamos lá: nos primeiros dois terços, temos o carcinoma espinocelular. Ele está altamente associado ao tabagismo, à alta ingesta de bebida alcoólica e a ingesta de bebidas quentes. São mais ou menos os mesmos fatores de risco dos tumores de cabeça e pescoço, muito parecido. Já o terço distal é mais parecido com o estômago e está muito relacionado à obesidade, à má alimentação (alimentação gordurosa) e ao refluxo, a doença do refluxo gastroesofágico – aquela queimação que fica no estômago, que dá tosse, como um dos sintomas.

Então, o que fica aqui de alerta para a gente tentar evitar o câncer de esôfago?

O câncer de esôfago já não é tão comum, mas a gente pode diminuir ainda mais a incidência dele. Basta a gente cessar o tabagismo, a gente ter equilíbrio na ingestão de bebida alcoólica e, quanto às bebidas quentes como cafés, chás, chimarrão (na região do Sul), sempre tentar deixar a uma temperatura mais morna, nada muito quente. Eu conheço pessoas que pegam o café que acaba de sair da máquina e engolem. Tomam aquele café que imagino que deve sair queimando tudo: queima língua, queima o esôfago. As pessoas acabam se acostumando e não percebem, mas isso é altamente maléfico. E tentar manter o peso, alimentar-se de uma forma saudável, fazer atividade física. Não é tão difícil.

As pessoas que têm a doença do refluxo gastroesofágico, que independe da obesidade, do tipo de alimento que você está ingerindo, devem procurar o seu médico, o seu gastro, para poderem fazer o tratamento de prevenção e evitar essa agressão do ácido, ali no epitélio do esôfago e, assim, diminuir o risco da incidência do câncer de esôfago, nessa região.

Com relação ao tratamento, a gente sempre vem falando aqui que, quanto mais precoce, maiores as chances de cura e para o esôfago é a mesma coisa. E quanto mais precoce, menor é a agressividade do tratamento.

Então para fazer o diagnóstico é necessário a endoscopia. A endoscopia digestiva alta, aquele tubo que vai da boca até o estômago para poder fazer um diagnóstico. Ali, ele faz uma biópsia e a gente consegue identificar qual o terço do esôfago que está comprometido, qual o tipo do tumor, se é o adenocarcinoma do terço distal ou se é o carcinoma espinocelular dos dois terços superiores e, assim, a gente poder traçar o tratamento. Mas muitas vezes, você consegue fazer um tratamento que a chamamos de minimamente invasivo, nem precisa fazer cirurgia. Conseguimos fazer um procedimento através da própria endoscopia. Então: quanto mais cedo o diagnóstico, melhor.

Melhor do que fazer um diagnóstico precoce é não ter. A gente comentou aqui sobre os fatores de risco: vamos evitá-los! Com relação aos sintomas, que eu estava esquecendo de comentar, infelizmente, os sintomas quando você chega a sentir algo, você já vai ter uma lesão mais avançada, que é principalmente a dor ou a dificuldade para engolir, para deglutir, emagrecimento, fraqueza por anemia, fezes escuras – o sangramento no esôfago acaba provocando essas fezes escurecidas.

Mas, normalmente, quando isso acontece, o tumor já está mais avançado e o tratamento não vai conseguir ser tão simples como só uma ressecção pela endoscopia. Vai precisar ser feito, às vezes, uma cirurgia, uma quimio, uma rádio.

Então é isso! Eu queria alertar sobre o câncer de esôfago e vamos fazer nossa parte para reduzir a incidência dos cânceres no geral.