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Category: Câncer

18 de junho de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

Trato Grastrointestinal Alto – ASCO

Olá, pessoal? Tudo bem?

Eu sou a Dra. Valeska do Carmo, sou oncologista clínica do Centro de Oncologia de Rio Preto.

Aqueles que estão sempre nos acompanhando sabem que estamos sempre publicando alguns vídeos a respeito de rastreamento, diagnóstico precoce, mudanças de hábitos de vida, tudo para impactar positivamente na qualidade de vida e na menor intensidade do tratamento oncológico.

Mas como, desde sexta-feira, está acontecendo um evento chamado ASCO, que é um congresso americano, o principal congresso de oncologia clínica onde a gente se depara com as principais novidades e, às vezes, condutas que vão mudar o nosso posicionamento com relação ao tratamento, estamos trazendo esses vídeos sobre algumas novidades desse evento.

Hoje, eu trouxe algumas coisas a respeito do Trato Gastrointestinal. Todos sabem que a área de atuação que mais gosto (não é o Trato Gastrointestinal Baixo, não é o colo retal), então o que eu venho trazer para vocês é sobre o Trato Gastrointestinal Alto.

Neste ano, a vedete da vez foi o esôfago. Fazia tempo que a gente não tinha novidades em relação ao tratamento desse órgão e esse ano ficamos muito felizes com os novos resultados. Temos um trabalho onde mostra que o tratamento é com quimioterapia que começa antes da cirurgia, ou seja um tratamento perioperatório, a gente faz alguns ciclos de quimioterapia antes da cirurgia, depois da cirurgia e, depois, mais alguns ciclos pós a cirurgia, versus o tratamento que sempre foi o padrão, durante muitos anos, de quimio com radioterapia. Eles são equivalentes. Então vai depender do quadro clínico do paciente, da escolha do paciente, da escolha do seu médico, mas eles são equivalentes. No entanto, surgiu agora um novo tratamento. A gente sabe que existe a imunoterapia e ela apareceu para o câncer de esôfago. Então a gente traz a imunoterapia no cenário adjuvante, ou seja preventivo, com intenção de cura. Para poder o paciente ser elegível para imunoterapia, ele tem que ter realizado quimio com radioterapia anteriormente.

Então, provavelmente, o tratamento de melhor escolha, nos dias de hoje, vai ser o tratamento com quimio e radioterapia, seguido de cirurgia, seguido então de imunoterapia, na intenção de cura para esses pacientes. Esse tratamento ele teve uma redução de 26% do risco de morte relacionado ao câncer específico. Então foi super positivo e espero que, em breve, a gente consiga está colocando em prática. Também veio um estudo sobre quimioterapia associada à imunoterapia, ou apenas imunoterapia, uma combinação de duas drogas onde a gente vai utilizar no cenário agora metastático, um cenário onde a gente não tem cura, mas que trouxe dados bem empolgantes pra gente. Então, para pacientes muito sintomáticos, que estão na primeira linha de tratamento, que têm uma doença de câncer de esôfago recorrente, tratamento com quimio e imunoterapia. Para aqueles que não são tão sintomáticos, não têm tanto volume de doença, imunoterapia com duas drogas.

Vamos esperar agora as aprovações dos nossos órgãos reguladores, aqui no Brasil, para que a gente possa colocar em prática, o quanto antes, e trazer esses benefícios para os nossos pacientes.

Um abraço!

21 de maio de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

Tumores Cerebrais – Sintomas

Olá, sou José Altino, médico oncologista do Corp – Centro de Oncologia de Rio Preto.

Hoje vamos conversar a respeito dos sintomas e sinais dos tumores cerebrais.

Cefaléia ou dor de cabeça, quando recorrente, frequente, persistente e de difícil alívio. Síncope ou desmaio. Náuseas e vômito, ou seja aquele indivíduo que começa a apresentar náuseas e vômitos, sem uma relação digestória importante, sem nenhuma causa relevante. Tudo isso deve ser pensado em tumor cerebral.

Ainda: alteração visual, que pode ser desde uma diplopia, que é uma visão dupla, ou ainda perda da visão em campos visuais. O que é isso? A pessoa não enxerga um objeto que está à sua direita, ou à sua esquerda, ou que tem falhas da visão em determinados campos da sua visualização.

Continuando: o desequilíbrio, alteração motora, seja para caminhar, seja para subir escadas, perdendo parte dos seus movimentos, ou ainda total perda dos movimentos.

Alteração da fala, conhecida como disartria, que a dificuldade em articular, ou seja se expressar com palavras, esquecimento de palavras do uso rotineiro, então sintomas permeando pela dificuldade da verbalização.

Formigamento em parte do corpo, que é chamado de parestesia. Formigamento de parte de um braço, de uma perna ou de uma porção do corpo, deve ser investigado.

E, por fim, a convulsão, a epilepsia, que é quando o indivíduo perde a consciência, cai e apresenta movimentos involuntários, fica se batendo com excesso de saliva, mordedura da língua e sangramento, ou ainda eliminação de urina durante a crise. Então isso é uma convulsão. Essa pode ser uma convulsão total, generalizada ou parcial, quando apenas parte do corpo tem esse abalo muscular.

Para maiores informações, visite o nosso site Clínica Corp.

20 de maio de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

Tumores Cerebrais – Diagnóstico

Olá, sou José Altino, médico oncologista do Corp – Centro de Oncologia de Rio Preto.

Hoje vamos falar sobre tumor cerebral.

Medidas preventivas e exames para o diagnóstico precoce do tumor cerebral, infelizmente, não existem. Nenhuma medida preventiva e nenhum exame de rastreamento.

Os exames para o diagnóstico do tumor cerebral são tomografia computadorizada de crânio ou ressonância nuclear magnética. Para o diagnóstico, além desses exames, é necessário a realização de biópsia para diferenciar os tumores benignos dos tumores malignos.

Entre os tumores benignos, o mais conhecido, o mais frequente é o meningioma.

Já os tumores malignos são tumores que nascem dentro do parênquima cerebral, ou seja a partir de células gliais, e o mais comum é o astrocitoma e o glioblastoma multiforme, e ainda os meduloblastomas, que são muito mais frequentes em crianças.

Para maiores informações, visite o nosso site Clínica Corp.

19 de maio de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

Tumores Cerebrais – Fatores de risco

Olá, sou José Altino, médico oncologista do Corp.

Hoje vamos conversar a respeito dos tumores cerebrais.

Representam de 1.4 a 1.8 % de todos os tumores malignos que ocorrem nos homens.

Acometem crianças, jovens, adultos e idosos. Portanto todas as faixas etárias e essa informação é importante, pois raramente temos tumores que acometem todas as faixas etárias.

E os fatores de risco, as causas do tumor cerebral?

Hereditária, ou seja, famílias com uma predisposição genética a desenvolvimento deste tipo de tumor.

Síndromes familiares como, por exemplo, a neurofibromatose. Essa síndrome – famílias com nódulos e manchas café-com-leite pela pele, conhecida como neurofibromatose –   é um fator de risco para tumor cerebral.

Exposição à irradiação, deficiência imunológica como HIV, ou ainda o uso prolongado de imunossupressor, exposição excessiva à arsênico, chumbo e mercúrio, trabalhadores de fábricas de borracha, agrotóxicos e refinaria – são todos fatores de risco.

Existem mitos em relação aos fatores de risco. Trauma na cabeça não é um fator de risco. Nem várias substâncias químicas, como o petróleo, não são fator de risco. O uso de aspartamo não é um fator de risco.

E o mais questionável que é o uso do aparelho de celular, o uso excessivo. O que é o uso excessivo? É a utilização do aparelho celular por mais de 120 minutos, ao longo do dia. Qual é o fundamento para essa especulação? É que o aparelho de celular emite uma radiofrequência que aquece as células e este aquecimento celular predispõe a mutações celulares e, portanto, o aparecimento de câncer. Um estudo francês, com indivíduos saudáveis, ou seja voluntários, que envolveu 900 indivíduos, começou em 2005 e terminou em 2015. Ao longo de dez anos, esses voluntários informavam se estavam usando o aparelho de celular e por quanto tempo. Vários questionamentos são feitos nesse tipo de estudo, pois os aparelhos de celular vão se modernizando, mudando a tecnologia. Portanto, isso pode provocar diferenças nas avaliações. E ainda como ter a confiabilidade da informação da utilização ou não do aparelho celular em indivíduos voluntários? Portanto, até o presente momento, é especulativo que o uso do aparelho celular é um fator de risco para o câncer.

Para maiores informações, visite o nosso site Clínica Corp.

5 de maio de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

O Câncer de Ovário e a Oncogenética

Olá, pessoal? Tudo bem?

Eu sou a Dra. Valeska do Carmo, sou oncologista clínica do Centro de Oncologia de Rio Preto e hoje o vídeo é sobre câncer de ovário.

Dia 8 de maio é o Dia Internacional do Combate ao Câncer de Ovário e hoje falaremos um pouquinho sobre essa doença.

Normalmente, os nossos vídeos são focados em exames de prevenção, rastreamento, detecção precoce do tumor. Mas, infelizmente, para o câncer de ovário, eu não tenho essa boa notícia, eu não tenho exames de rastreamento, idade para estar começando a fazer algum exame para fazer a detecção precoce.

Normalmente, nessa patologia, as pacientes são diagnosticadas no estágio realmente mais avançado, quando já se tem algum sintoma, ou quando o tumor já se torna bem visível ao ultrassom transvaginal.

Então o melhor exame é o ultrassom transvaginal, o melhor exame para se ver os ovários, mas infelizmente ele não consegue visualizar lesões muito iniciais. Por isso que não é um exame de rastreamento que a gente possa estar indicando, mas que deve ser realizado e, normalmente, é solicitado pelo ginecologista que acompanha a mulher.

O que eu tenho de boa notícia é que a medicina evoluiu e, hoje em dia, nós temos a oncogenética. Algumas famílias têm síndromes hereditárias, como por exemplo a mutação do BRCA 1 e BRCA 2. Como que a gente identifica isso? São aquelas famílias onde existe um acometimento por mulheres com diagnóstico de câncer de ovário e/ou câncer de mama.

Ficou muito conhecido esse tipo de síndrome, esse tipo de mutação BRCA1 e BRCA2, quando a atriz internacional Angelina Jolie resolveu fazer o exame e veio que ela tinha alteração porque a mãe dela teve tumor e ela fez a cirurgia preventiva. Então para essas pacientes, que têm esse tipo de alteração, elas têm indicação de fazer a cirurgia preventiva e retirar os ovários para evitar que o tumor se instale. Recomendamos então para essas famílias que têm pacientes, que têm mulheres com diagnóstico de câncer de ovário ou câncer de mama, que procurem um geneticista, um bom geneticista para estar fazendo esse aconselhamento genético.

Bem, por hoje o vídeo é isso, é o que eu tenho sobre câncer de ovário. Espero ter esclarecido alguma coisa. Qualquer dúvida podem entrar em contato conosco, que estaremos dispostos a responder o mais rápido possível.

Obrigada!

12 de abril de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

Câncer de Testículo – Sintomas e Tratamento

Olá, sou José Altino, médico oncologista do Corp, Centro de Oncologia de Rio Preto.

Hoje vamos conversar sobre tumor de testículo. Quais são os sintomas?

Pode ser:

O aparecimento de um nódulo pequeno, duro e indolor no testículo, que fica alojado na bolsa escrotal, logo abaixo do pênis;

Mudança da consistência dos testículos, ou seja um testículo mais inchado, duro e indolor;

Sensação de peso na bolsa escrotal;

Dor incômoda no baixo-ventre ou ainda na região da virilha;

Dor ou desconforto no próprio testículo ou na bolsa escrotal;

Crescimento de mama ou perda do desejo sexual, ou seja uma disfunção hormonal, acarretando um aumento das mamas ou perda do desejo sexual;

Crescimento de pelos faciais e corporais em meninos muito jovens, ou seja uma desproporção do crescimento de pelos relacionado com a idade;

Dor lombar, uma dor na altura dos rins, na parte posterior das costas.

Esses são os principais sintomas do tumor testicular.

Qual é a evolução natural do tumor de testículo?

Uma vez surgindo o tumor, dentro do testículo, ele pode apresentar um crescimento progressivo, dentro do órgão, que, posteriormente, vai acabar migrando para circulação linfática – os linfonodos -,  ocasionarão uma massa ganglionar na região do retroperitônio, que é na altura dos rins, próximo da coluna vertebral. E se não for diagnosticado nesta fase, poderá atingir a circulação sanguínea, causando nódulos em outros órgãos como pulmão, fígado, ossos, ou cérebro.

O tratamento principal do tumor testicular é a orquiectomia, a extração do testículo com lesão e, após avaliação dos exames, poderá ser necessário o tratamento de quimio ou radioterapia.

Uma pergunta que geralmente é nos feita: O indivíduo que precisa passar pela orquiectomia, ou seja a extração de um testículo, pode continuar tendo vida normal, ou seja tônus muscular, parte óssea, cardiovascular, ereção?

Sim, é possível ter uma vida praticamente normal.

Geralmente, os tumores de testículos apresentam uma ótima evolução com o tratamento, com uma alta taxa de cura.

Para maiores informações, visite o nosso site Clínica Corp.

9 de abril de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

TUMOR TESTICULAR – O QUE É?

Olá, sou José Altino, médico oncologista do Corp, Centro de Oncologia Rio Preto.

Hoje vamos conversar sobre tumor testicular.

Primeiramente, vamos definir o que são os testículos. Os testículos são um par de glândulas sexuais masculinas que estão dentro do saco escrotal, logo abaixo do pênis. São responsáveis pela produção e armazenamento dos espermatozoides e também são fonte principal do hormônio masculino, a testosterona, que controla o desenvolvimento dos órgãos reprodutivos como produção do espermatozoide, capacidade de ereção e ainda atua na parte muscular, óssea e cardiovascular dos homens.

O tumor de testículo, apesar de raro, representa 5% dos casos de câncer em homens. Ocorre, com maior frequência, em jovens entre 20 e 40 anos. Existem dois grupos de tumores testiculares: os tumores germinativos, que são subdivididos em seminoma e não seminoma, e os tumores estromais, células de Leydig e Sertoli. Os tumores germinativos ocorrem nas células que produzem os espermatozoides e podem ser seminomas, geralmente, em idades maiores de 30 anos – é o tipo mais comum –, com uma melhor evolução e uma melhor resposta ao tratamento oncológico. Esse subtipo seminoma ainda pode ser subdividido em clássico, anaplásico e espermatocítico.

Já os tumores germinativos do tipo não seminomatoso ocorre em 60% dos casos e a grande maioria é até os 30 anos de idade. Tendem a ter um comportamento um pouco mais agressivo do que os seminomas e podem ser do subtipo coriocarcinoma, saco vitelino, teratoma imaturo, carcinoma embrionário e ainda o teratoma maduro, que é considerado um tumor benigno.

Já os tumores estromais ocorrem no testículo, na parte que ocorre a produção de hormônios e inclui os tumores de células de Leydig, geralmente benignos, que produzem hormônios sexuais masculinos, e os tumores de células de Sertoli, que ocorre nas células que nutrem as células germinativas e, geralmente, são tumores benignos.

Para maiores informações, visite o nosso site Clínica Corp.

8 de abril de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

CÂNCER DE TESTÍCULO – FATORES DE RISCO

Olá, sou José Altino, médico oncologista do Corp, Centro de Oncologia Rio Preto.

Hoje vamos falar de tumores testiculares.

Quais são os fatores de risco?

Idade: a grande maioria dos tumores de testículos ocorrem entre a idade de 20 a 40 anos.

Raça: os homens brancos têm de 5 a 10 vezes mais chances de desenvolverem o câncer testicular do que homens de outras raças.

História familiar ou pessoal de câncer testicular: a dieta rica em gordura, particularmente de origem animal com alto teor de cálcio, pode aumentar o risco de câncer nesses indivíduos que têm uma história familiar ou um antecedente de ter já desenvolvido um câncer testicular.

Testículo que não desce da bolsa escrotal, chamado de criptorquidia – o que é isso? São homens que, ao nascer o testículo, esse fica alojado dentro da cavidade abdominal, não ocorre a migração do testículo da cavidade abdominal para a bolsa escrotal. Isso chama-se criptorquidia e, às vezes, é necessário fazer uma correção cirúrgica para que o testículo desça para a bolsa escrotal e venha se desenvolver. Portanto a criptorquidia é um fator de risco.

Uma síndrome chamada de Klinefelter, um transtorno genético que a gente chama de cromossomo sexual, tem baixos níveis de hormônio masculino e, portanto, gera esterilidade, aumento das mamas e testículos pequenos. Então é uma disfunção hormonal masculina. Essa síndrome de Klinefelter é um fator de risco.

E por fim há o HIV, o vírus da imunodeficiência humana, que pode ser um fator de risco para o desenvolvimento dos tumores testiculares.

Para maiores informações, visite o nosso site Clínica Corp.

6 de abril de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

SAÚDE MENTAL NO TRATAMENTO DO CÂNCER

Olá, meu nome é Vanessa Lourenção, sou psicóloga do Centro de Oncologia Rio Preto, e hoje vamos conversar um pouquinho sobre a Saúde Mental no Tratamento do Câncer.

O impacto do diagnóstico da doença crônica, muitas vezes, provoca uma sobrecarga emocional – gerando estressores para o indivíduo –, que afeta diretamente na qualidade de vida e decorrente das modificações do tratamento: um afastamento dos papéis sociais, os efeitos adversos da medicação, as incertezas e inseguranças do novo, do desconhecido, de como que vai ser todo esse processo.

Então, aquele paciente que busca apoio emocional, desde o início, ele vai estar trabalhando, ativamente, essa reconstrução de todo esse processo, dando um novo significado para a sua vida, buscando recursos que vai ajudá-lo a criar estratégias de enfrentamento positivo para passar por esse processo todo, decorrente de efeitos adversos da medicação, impacto na autoimagem, um isolamento que, muitas vezes, o indivíduo se coloca por vergonha ou por medo de que algo pior aconteça, levando-o a deixar de participar da vida em família ou de estar em contato com os amigos, que são coisas super importantes para que ele se mantenha ativo, fisicamente e emocionalmente, mesmo com tratamento em andamento.

Alguns estudos também têm mostrado a importância da busca pelo sentido da vida. O sentido da vida vai ajudar o indivíduo a reduzir os fatores estressores, a olhar mais para o ambiente, buscando recursos de apoio, de suporte como visualizar e entender a ajuda da família, aceitar a presença e o suporte social dos amigos, dos colegas de trabalho. Também nessa questão: ter um bom ajustamento com equipe multiprofissional e com os próprios médicos auxilia muito no engajamento de um bom enfrentamento desse paciente.

Então é importante que esse indivíduo esteja bem atento em como ele interpreta tudo isso. Os próprios recursos pessoais vão direcionar como vai ser o enfrentamento dele. Aquele indivíduo que tem um perfil mais positivo, que consegue ser otimista, que consegue encontrar o lado positivo em todo esse processo que está passando, automaticamente, terá um enfrentamento mais positivo e uma recuperação melhor, por conta desses recursos próprios positivos, emocionais.

Então fique atento. Se você está passando por um tratamento oncológico, fique atento em como você está interpretando tudo isso e como você tem se usado perante os seus próprios recursos de enfrentamento, para que você passe, da melhor forma possível, por todo o processo, seja ele medicamentoso ou cirúrgico. Aceite o suporte da família, dos amigos e aprenda a olhar mais para dentro de si e entender quais são seus recursos emocionais. Se você tem recursos positivos ou se não estão tão positivos assim, é o momento de buscar ajuda para aprender a fazer uma reinterpretação desses recursos e suas crenças, de como você se vê, de como você tem se adaptado à essa situação, identificar o que está sendo mais difícil e buscar a superação disso tudo.

Fique atento à questão emocional e busque ajuda o quanto antes

Se tiverem alguma dúvida, se quiserem perguntar alguma coisa, é só comentar no link abaixo.

Obrigada!

1 de abril de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

Câncer de Esôfago – Tipos, Prevenção, Diagnóstico e Tratamento

Olá, pessoal? Tudo bem?

Eu sou a Dra. Valeska do Carmo, sou oncologista clínica do Centro de Oncologia de Rio Preto e hoje eu venho falar um pouquinho sobre câncer de esôfago.

Primeiro vou explicar o que que seria esôfago. Esôfago é um tubo que leva o alimento da boca até o estômago. Ele é dividido em três partes. As duas partes superiores costumam ser acometidas por um determinado tipo de câncer. Já a parte distal, que é a mais próxima do estômago, tem um outro tipo de acometimento de câncer e um outro nome.

Então vamos lá: nos primeiros dois terços, temos o carcinoma espinocelular. Ele está altamente associado ao tabagismo, à alta ingesta de bebida alcoólica e a ingesta de bebidas quentes. São mais ou menos os mesmos fatores de risco dos tumores de cabeça e pescoço, muito parecido. Já o terço distal é mais parecido com o estômago e está muito relacionado à obesidade, à má alimentação (alimentação gordurosa) e ao refluxo, a doença do refluxo gastroesofágico – aquela queimação que fica no estômago, que dá tosse, como um dos sintomas.

Então, o que fica aqui de alerta para a gente tentar evitar o câncer de esôfago?

O câncer de esôfago já não é tão comum, mas a gente pode diminuir ainda mais a incidência dele. Basta a gente cessar o tabagismo, a gente ter equilíbrio na ingestão de bebida alcoólica e, quanto às bebidas quentes como cafés, chás, chimarrão (na região do Sul), sempre tentar deixar a uma temperatura mais morna, nada muito quente. Eu conheço pessoas que pegam o café que acaba de sair da máquina e engolem. Tomam aquele café que imagino que deve sair queimando tudo: queima língua, queima o esôfago. As pessoas acabam se acostumando e não percebem, mas isso é altamente maléfico. E tentar manter o peso, alimentar-se de uma forma saudável, fazer atividade física. Não é tão difícil.

As pessoas que têm a doença do refluxo gastroesofágico, que independe da obesidade, do tipo de alimento que você está ingerindo, devem procurar o seu médico, o seu gastro, para poderem fazer o tratamento de prevenção e evitar essa agressão do ácido, ali no epitélio do esôfago e, assim, diminuir o risco da incidência do câncer de esôfago, nessa região.

Com relação ao tratamento, a gente sempre vem falando aqui que, quanto mais precoce, maiores as chances de cura e para o esôfago é a mesma coisa. E quanto mais precoce, menor é a agressividade do tratamento.

Então para fazer o diagnóstico é necessário a endoscopia. A endoscopia digestiva alta, aquele tubo que vai da boca até o estômago para poder fazer um diagnóstico. Ali, ele faz uma biópsia e a gente consegue identificar qual o terço do esôfago que está comprometido, qual o tipo do tumor, se é o adenocarcinoma do terço distal ou se é o carcinoma espinocelular dos dois terços superiores e, assim, a gente poder traçar o tratamento. Mas muitas vezes, você consegue fazer um tratamento que a chamamos de minimamente invasivo, nem precisa fazer cirurgia. Conseguimos fazer um procedimento através da própria endoscopia. Então: quanto mais cedo o diagnóstico, melhor.

Melhor do que fazer um diagnóstico precoce é não ter. A gente comentou aqui sobre os fatores de risco: vamos evitá-los! Com relação aos sintomas, que eu estava esquecendo de comentar, infelizmente, os sintomas quando você chega a sentir algo, você já vai ter uma lesão mais avançada, que é principalmente a dor ou a dificuldade para engolir, para deglutir, emagrecimento, fraqueza por anemia, fezes escuras – o sangramento no esôfago acaba provocando essas fezes escurecidas.

Mas, normalmente, quando isso acontece, o tumor já está mais avançado e o tratamento não vai conseguir ser tão simples como só uma ressecção pela endoscopia. Vai precisar ser feito, às vezes, uma cirurgia, uma quimio, uma rádio.

Então é isso! Eu queria alertar sobre o câncer de esôfago e vamos fazer nossa parte para reduzir a incidência dos cânceres no geral.