Importância do cuidado paliativo no tratamento oncológico
O objetivo do cuidado paliativo é ajudar pacientes e familiares que vivem com uma doença grave a viverem com o mínimo de sofrimento possível.
O objetivo do cuidado paliativo é ajudar pacientes e familiares que vivem com uma doença grave a viverem com o mínimo de sofrimento possível.
Oi, pessoal.
Eu sou a doutora Thaliane Buranello (CRM 185026) e sou médica geneticista aqui do Centro de Oncologia Rio Preto – o Corp.
Hoje, dia 15 de julho, que é o Dia do Médico Geneticista, eu venho falar um pouquinho sobre a minha especialidade para vocês.
Existe uma subespecialidade dentro da genética que trabalha em conjunto com a oncologia, que é a oncogenética e a maior dúvida dos pacientes com câncer é quando procurar um médico geneticista, quando ser avaliado por um médico geneticista.
A gente sabe hoje que aproximadamente 10% de todos os cânceres têm um componente hereditário. Existem algumas principais situações em que esse paciente deve ser avaliado pelo médico geneticista para avaliar se ele possui uma síndrome de predisposição hereditária ao câncer, um risco aumentado para desenvolvimento de câncer.
Essas principais situações são:
Então esse paciente vai ser avaliado pelo médico geneticista e o médico geneticista pode auxiliar no tratamento desse paciente, orientar qual a chance de um novo câncer acontecer e traçar planos de prevenção individual para esse paciente, e também orientar os familiares. Fazer o aconselhamento genético e orientar esse paciente e os seus familiares em conjunto.
Aproveito aqui também para deixar os parabéns para todos os meus colegas que também são médicos geneticistas.
Para ver o vídeo na íntegra, acesse o link.
Para mais dicas, fiquem atentos ao Blog do Corp. Nele, sempre postamos assuntos relevantes com dicas para melhorar a sua saúde e qualidade de vida.
Odontologia na oncologia.
Aqui no Blog do Corp, sempre mencionamos sobre a importância da equipe multidisciplinar no tratamento oncológico. Psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos, fisioterapeutas, equipe de enfermagem, hematologistas, geneticistas, dentistas, enfim, são muitas especialidades envolvidas na reabilitação de pacientes.
Hoje, vamos falar da atuação do dentista e o motivo deste ser um profissional imprescindível desde o início do tratamento oncológico.
O cirurgião dentista participa da equipe multidisciplinar sempre liderado pelo médico oncologista do paciente, com o objetivo de oferecer o melhor tratamento para sua reabilitação e as principais especialidades para o acompanhamento oncológico são: Cirurgião Dentista com Habilitação em Laserterapia com paciente oncológico.
Em várias doenças da boca, de caráter crônico ou agudo, esse profissional deverá atuar, sistêmica ou localmente, procurando sempre o bem-estar do paciente.
As lesões bucais, por exemplo, são de diagnóstico do dentista estomatologista.
Essa especialidade trata as lesões próprias da mucosa bucal, do complexo maxilomandibular, e órgãos anexos, bem como das repercussões bucais de doenças sistêmicas.
O estomatologista desenvolve o trabalho apresentando as doenças através de lesões fundamentais, tais como: alteração de cor, lesões erosivas e/ou ulceradas, lesões vesico-bolhosas, crescimentos teciduais, patologias ósseas, entre outras. E, em casos mais severos, a patologia que inicia afetando a mucosa oral, pode evoluir para a mucosa gastrointestinal até o ânus.
Porém, quando um paciente inicia o tratamento contra o câncer, pode ter que enfrentar uma cirurgia, quimioterapia, ou imunoterapia e deve estar preparado para os efeitos colaterais decorrentes desses medicamentos, inclusive de forma preventiva, ou seja, antes mesmo dessas lesões aparecerem.
Como é o caso da Mucosite Oral (MO), que é uma inflamação que pode afetar a mucosa oral e a garganta.
A MO é a complicação aguda mais frequente decorrente da aplicação da radioterapia, atingindo quase 100% dos pacientes e quimioterapia concomitante com a radioterapia nos tratamentos de câncer de cabeça e pescoço, atingindo também 100% dos pacientes ou da ação de drogas antineoplásicas utilizadas na quimioterapia (40% dos pacientes), as quais frequentemente são tóxicas para a mucosa oral.
Se não for prevenida ou controlada a tempo, a MO pode afetar a mastigação, deglutição e fala do paciente. Em casos moderados e/ou severos, há a necessidade de interrupção da droga antineoplásica, o que afeta substancialmente a sobrevida do paciente, piora a qualidade de vida, além de aumentar diretamente os custos do tratamento.
Inicialmente, observa-se uma região avermelhada seguida de edema (inchaço), culminando com o surgimento de feridas com ou sem sangramento, que podem afetar a mucosa oral e a garganta. O paciente pode queixar-se desde uma ardência até dores insuportáveis que afetam a qualidade de vida, interferem na alimentação e resultam, frequentemente, em perda ponderal, ou seja, perda de peso, quando ocorre maior gasto do que ganho de calorias.
Para a prevenção ou tratamento da mucosite, o ideal seria que, antes do início da terapia oncológica, o paciente recebesse orientações de um dentista especializado. Além disso, a aplicação de laser de baixa potência é importante para a prevenção das lesões e redução da severidade das lesões que eventualmente já estão estabelecidas. A fotobiomodulação pode atuar na diminuição de inflamação da mucosa oral, aumento da microcirculação e oxigenação dos tecidos e prevenindo ou tratando infecções que eventualmente possam se estabelecer, devido ao alto desbalanço da imunidade global do paciente.
Esses tratamentos proporcionam a redução da dor, modulação da inflamação e aceleração da reparação das feridas.
Em outros casos, quando o paciente está em tratamento com drogas antirreabsortivas (Bifosfonatos) que inibem a reabsorção óssea, o cirurgião dentista deverá ser consultado para indicar quais os cuidados bucais o paciente deverá ter para minimizar os efeitos colaterais dessas aplicações.
Há, ainda, os tratamentos considerados paliativos, que promovem a qualidade de vida de pacientes e de seus familiares diante das doenças que ameaçam a continuidade de sua vida, seja por meio de prevenção ou do alívio do sofrimento. Requer a identificação precoce e o envolvimento de vários profissionais especialistas, com a avaliação e o tratamento impecável da dor e dos outros problemas de natureza física e psicossocial.
A abordagem paliativa engloba doenças crônico-degenerativas, neoplásicas e não neoplásicas, variando o momento e a intensidade de cada intervenção para priorizar o “viver com qualidade.”
Conheça abaixo um pouco mais sobre os tratamentos utilizados pelos dentistas, nos tratamentos oncológicos:
Laserterapia de Baixa Potência (Fotobiomodulação)
Efeitos colaterais que o dentista Laserterapeuta pode atuar:
Os principais efeitos da Laserterapia são:
Fotobiomodulação sistêmica – ILIB (Intravascular Laser Irradiation of Blood)
Técnica da Laserterapia com várias indicações em pacientes com tratamentos paliativos. É a utilização do laser da baixa potência sobre a pulsação arterial.
Geralmente aplicada no punho, utilizando a artéria radial.
Já vimos aqui que a saúde bucal pode interferir muito na qualidade de vida dos pacientes, pois afeta a alimentação e, consequentemente, a imunidade dificultando a recuperação e o reestabelecimento da saúde dos pacientes que estão em tratamento contra o câncer.
Cada caso deverá ser submetido à análise do seu médico oncologista e do seu dentista de confiança, mas ressaltamos a importância de os cuidados começarem antes dos tratamentos oncológicos.
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