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Category: Notícias

27 de agosto de 2019 by Blog do Corp 0 Comments

“Agosto Branco”: Câncer de Pulmão é tema de palestra

O Dr. José Altino foi convidado por três instituições de ensino para falar sobre o “Câncer de Pulmão”. O tema foi escolhido porque agosto é o mês de prevenção e conscientização desta doença.

Entre os dias 21 a 26 ele deu palestras na Uniterp e na Faculdade Anhanguera, em Rio Preto, e na FAIMI, Faculdade Integrada de Mirassol.

Durante o evento, estudantes e profissionais de saúde souberam mais sobre prevenção, diagnóstico e tratamento do Câncer de Pulmão.

O Dr. José Altino é médico oncologista e diretor clínico do CORP – Centro de Oncologia Rio Preto.

SAIBA MAIS SOBRE O CÂNCER DE PULMÃO AQUI!

Veja as fotos das palestras:

FAIMI:

UNITERP

 

ANHANGUERA 

 

29 de julho de 2019 by Blog do Corp 0 Comments

A maioria dos pacientes com câncer de pulmão descobre a doença em estágio avançado

Agosto é considerado o mês de luta pela conscientização e combate ao Câncer de Pulmão. Isso porque 1º de agosto é o Dia Mundial de Combate a esta doença.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) o câncer de pulmão apresenta um quadro agressivo com grandes desafios para o tratamento e alta taxa de mortalidade.

Apenas no Brasil, cerca de 31 mil pessoas foram diagnosticadas com esse tipo de câncer em 2018 e outras 26 mil morreram por causa do tumor em 2015. (dados do Instituto Nacional do Câncer – Inca).

Atendimento

Em nossa macrorregião, centro-oeste do Estado de São Paulo, pacientes com câncer de pulmão são atendidos em hospitais de alta complexidade que oferecem serviços públicos. São eles:

– Hospital de Base e Santa Casa de Misericórdia, em São José do Rio Preto;

– Hospital PIO XII, em Barretos;

– Hospital Padre Albino, em Catanduva

Ainda não há dados sobre os atendimentos feitos pelas instituições privadas desta macrorregião, mas podemos compará-los com informações de todo o Brasil.

Encaminhamento e exames

A primeira abordagem aos pacientes com câncer de pulmão é feita por cerca de 15 médicos pneumologistas e oito cirurgiões de tórax que atuam nos hospitais citados acima.

Após este primeiro atendimento, os pacientes são encaminhados para um serviço de oncologia clínica que conta com aproximadamente 15 especialistas.

Após a realização de exames como biópsia, tomografia, ultrassonografia e outros exames, os pacientes são encaminhados para tratamentos específicos para suas necessidades.

Estatísticas

Dados dos Hospitais públicos citados acima revelam que de 186 pacientes atendidos em 2018:

– 13 (7%) dos pacientes foram submetidos à cirurgia com intenção curativa e, posteriormente, encaminhados para tratamento quimioterápico adjuvante (preventivo);

– Vinte e oito pacientes (15%) com câncer pulmão localmente avançado sem metástase, foram submetidos a tratamento quimioterápico e/ou radioterápico pré-operatório;

– Já 145 pacientes (78%), apresentaram câncer de pulmão já com metástase e foram submetidos a um tratamento de prolongamento de vida, e não curativo. Isso mesmo com a utilização de todas as novas abordagens de tratamento que incluem novos agentes quimioterápicos, tratamento alvo molecular, imunoterapia e radioterapia com técnica conformacional (tridimensional).

Estudos

Um trabalho científico realizado pelo Dr. Araújo L.H., em 2018, publicado no “Jornal Brasil de Pneumologia” e feito com 4708 pacientes, revelou que desse total, 57% pacientes apresentaram a doença com metástase; em 22% dos pacientes a doença estava localmente avançada e, apenas em 16%, a doença estava em fase inicial.

Conclusão:

Temos um trabalho árduo não somente na região centro-oeste do Estado de São Paulo, e sim em todo o Brasil para diminuir a frequência do tabagismo e incentivar diagnóstico precoce dos casos de câncer de pulmão.

 

Informações:

Dr. José Altino Oncologista – CRM 73227

Sócio-diretor do CORP – Centro de Oncologia Rio Preto

14 de maio de 2019 by Blog do Corp 0 Comments

Pacientes em tratamento oncológico podem tomar a vacina contra gripe?

Antes de responder a esta pergunta, é preciso conhecer o mecanismo de ação da imunoterapia. As células do nosso sistema imunológico contêm moléculas que fazem o controle imunológico, que precisam estar ativadas para combater as células tumorais; essas moléculas são chamadas de inibidores de checkpoint imunes. Nesse caso, são administrados medicamentos modernos (imunoterapia) que restabelecem a atividade destas moléculas de controle imunológico para o combate das células cancerígenas.

Entre as muitas dúvidas que surgem durante o tratamento do paciente oncológico está a questão da vacina da gripe. Será que ele pode tomar? Vai prejudicar o tratamento? A vacina faz com que o paciente pegue a gripe?

A boa notícia vem dos pesquisadores do “Albert Einstein College of Medicine”, de Nova Iorque: sim, o paciente em tratamento contra o câncer pode tomar a vacina contra a gripe.

Voltando ao estudo, os pesquisadores relataram que 370 pacientes com câncer receberam a vacina contra a gripe junto ao tratamento com inibidores de checkpoint imunes. Foi observado que não houve aumento de efeitos adversos produzidos pela vacina , portanto é seguro o uso da vacina contra gripe apesar do tratamento de imunoterapia para câncer.

E para proteger ainda mais os pacientes, a vacina ministrada para eles é produzida a partir de vírus inativos, ou seja, mortos. “Isso também evita que o paciente fique gripado após a aplicação da vacina”, explica o médico oncologista do CORP, José Altino.

O médico diz ainda que, o que pode acontecer, é que a vacina não atinja 100% da eficácia devido à debilidade do organismo do paciente em tratamento oncológico. “Uma das soluções para contornar esta situação é aplicar a vacinação nos intervalos dos ciclos de quimioterapia”.

Mas de acordo com Altino, mesmo em tratamento, é importante que o paciente seja imunizado pois, devido à quimioterapia, ele tem maior risco de contrair a gripe ou infecções associadas a ela.

Mas e se mesmo imunizado o paciente contrair a gripe? Nesse caso a orientação é de que o paciente jamais tome remédios por contra própria e procure seu médico o mais rapidamente possível! Só ele pode indicar o melhor tratamento.

Veja algumas orientações para evitar que o paciente contraia a gripe:

  • O paciente deve evitar o contato com pessoas gripadas. Se ele morar na mesma casa da pessoa que está doente, separe pratos, talheres e roupas de cama e banho apenas para ele;
  • Lave sempre as mãos! Se elas estiverem contaminadas com o vírus da gripe, as chances de que o paciente fique doente são grandes;
  • Agasalhe bem o paciente nos dias frios. As baixas temperaturas podem prejudicar as funções imunológicas;
  • Evite deixar o paciente em ambientes muito fechados e com muitas pessoas, pois eles podem concentrar um grande número de vírus e bactérias. O ideal é ventilar a casa pela manhã e no final da tarde.

Agora que você já sabe mais sobre a vacina contra a gripe e os cuidados com o paciente em tratamento, converse sobre isso com o médico que está cuidando do seu familiar! A prevenção é a melhor forma de evitar que seu ente querido fique doente!

14 de março de 2019 by Blog do Corp 0 Comments

MARÇO AZUL: DR. JOSÉ ALTINO MINISTRA PALESTRA SOBRE CÂNCER COLORRETAL NA FAIMI

Por mais um ano, o Dr. José Altino, oncologista clínico do Corp, ministra uma palestra sobre o Câncer Colorretal na Faimi, em Mirassol, como parte da programação do Março Azul, Movimento Internacional de Prevenção do Câncer e outras doenças do intestino.

Veja as fotos:

Seguem as ações programadas para acontecerem no decorrer do mês:

  • Exposição Intestino Gigante: a réplica do Intestino estará em exposição pela 5ª vez em São José do Rio Preto para proporcionar aos visitantes a experiência de conhecer o funcionamento e explicar as causas e efeitos das doenças que atingem o órgão. Visitada por mais de 10.000 pessoas, a réplica estará em exposição no Plaza Avenida Shopping, de 26 a 29 de março de 2019;
  • Caminhada em espaço público na Represa Municipal, no dia 31 de março de 2019, às 9h.

28 de fevereiro de 2019 by Blog do Corp 0 Comments

Março Azul: Dr. José Altino ministra palestra sobre Câncer Colorretal na Faceres

Por mais um ano, o CORP – Centro de Oncologia Rio Preto apoia o Março Azul, que é o Movimento Internacional de Prevenção do Câncer e outras doenças do intestino.

Como parte da programação, o oncologista clínico do Corp, Dr. José Altino ministrou no dia 27/02 na Faculdade Faceres a palestra com o tema: Doenças do Intestino Grosso e suas medidas preventivas.

Veja as fotos da palestra:

Seguem as ações programadas para acontecerem no decorrer do mês:

  • Exposição Intestino Gigante: a réplica do Intestino estará em exposição pela 5ª vez em São José do Rio Preto para proporcionar aos visitantes a experiência de conhecer o funcionamento e explicar as causas e efeitos das doenças que atingem o órgão. Visitada por mais de 10.000 pessoas, a réplica estará em exposição no Plaza Avenida Shopping, de 26 a 29 de março de 2019;
  • Caminhada em espaço público na Represa Municipal, no dia 31 de março de 2019, às 9h.

16 de janeiro de 2019 by Blog do Corp 0 Comments

Pacientes oncológicos podem tomar vacinas?

Esta é uma dúvida comum no consultório, mas antes de responder a esta pergunta, vamos falar mais sobre as vacinas.

As vacinas são produzidas a partir de partículas virais, toxinas, ou vírus mortos ou enfraquecidos. Ao entrarem no corpo, o organismo aciona o sistema de defesa criando anticorpos contra esses micro-organismos.

Existe a imunidade desenvolvida a partir de vacinação ou mesmo a partir da infecção. Assim, nosso organismo terá que ter um sistema imunológico componente (capaz de produzir as defesas necessárias), mas em algumas situações específicas como quimioterapia, uso de imunossupressores após transplante o sistema imunológico estará incompetente (não capaz de produz as defesas necessárias).

Portanto o médico deverá avaliar algumas situações importante; o momento  ideal para vacinação para pacientes com baixa imunidade, o risco de surto da doença num determinado período do ano (inverno e risco de pneumonia), a localidade em que o paciente reside (se apresenta o surto de uma determinada doença como surto de meningite) ou ainda se o paciente está dentro do grupo de risco para uma determinada doença (neste último um bom exemplo são os  profissionais de saúde que apresentam risco maior para hepatites).

Os tratamentos cirúrgicos e a hormonioterapia não apresentam interferência do estado imunológico, mas os outros tratamentos como quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e transplante causam interferência no sistema imunológico.

Resumindo: algumas vacinas poderão ser realizadas quando necessário e cabe ao médico avaliar o estado de saúde do paciente e a necessidade da vacina.

Mas quais vacinas podem ou não serem aplicadas?

Podem ser aplicadas vacinas produzidas a partir de micro-organismos mortos, toxina do micro-organismos, ou proteína viral como:

  • Hepatite B
  • Hepatite C
  • DTP (coqueluche, difteria, tétano)
  • HPV
  • Influenza
  • Pneumocócica

Mas atenção: nesse caso eficácia poderá ser reduzida

Não podem ser aplicadas vacinas em pacientes quimioterápicos com vírus vivos atenuados como:

  • Herpes zoster
  • Tríplice viral (Sarampo, caxumba, rubéola)
  • Febre amarela

É muito importante que, antes de tomar qualquer vacina, que o paciente oncológico discuta com seu médico a necessidade da imunização.

Ele poderá avaliar a relação custo x benefício para o organismo e preparar um calendário de vacinação personalizado que não irá prejudicar o paciente.

Dr. José Altino  CRM 73.227-SP Oncologista Clínico Mestre pela  Famerp

24 de dezembro de 2018 by Blog do Corp 0 Comments

Natal Solidário no Lar de Betânia

Aconteceu na sexta-feira, dia 21 de dezembro, o Natal Solidário do Corp no Lar de Betânia com a realização de um almoço de Natal surpresa aos idosos moradores, funcionários do Lar, equipe Corp e equipe da Laís Accorsi, proprietária dos restaurantes Barbecue e Blue Jasmim.

Foi um dia lindo!

Agradecemos todas as pessoas que contribuíram adquirindo nosso cartão de Natal e também as pessoas que puderam doar um pouquinho do seu tempo com muita dedicação nesse trabalho voluntário, em especial a toda equipe Corp, Laís Accorsi e equipe.

O propósito é sempre nobre: levar um pouco de bate-papo e descontração nessa visita, mas o que recebemos em troca é muito maior do que podemos estimar: lição de vida em formato de amor e muito aprendizado em cada história compartilhada!

É sempre inspirador criar oportunidades de engajamento com a comunidade, principalmente uma pausa na correria do dia a dia para podermos renovar as energias no início de mais um lindo ano!

Veja as fotos:

   Apoio:

17 de dezembro de 2018 by Blog do Corp 0 Comments

Carnes vermelhas e processadas podem causar câncer?

Antes de falar sobre a relação entre carnes vermelhas e processadas e câncer, é preciso entender o que são elas.

Também conhecida como carne muscular, a carne vermelha é qualquer carne que tem a cor vermelha escura antes de ser cozida.  Isso inclui carne de boi, cordeiro, porco, vitela, carneiro e cabra.

Além da carne vermelha também existem as carnes processadas, que passam por esse processo para melhorar o sabor e a preservação. Entre elas estão salsicha, calabresa, carne enlatada ou presunto.

Qual é a evidência de câncer?

Carnes processadas foram atribuídas ao Grupo 1 da OMS (Organização Mundial da Saúde), ou seja, carcinogênicas para humanos.

Segundo os padrões da OMS, isso significa que existem evidências suficientes de que as carnes processadas podem causar câncer. Eles chegaram a esta conclusão após avaliar estudos que mostram o desenvolvimento de câncer em humanos.

Os pesquisadores acreditam que as carnes processadas podem aumentar o risco de câncer colorretal ou de intestino.

Um estudo do World Cancer Research Fund (Instituto Americano de Pesquisa sobre o Câncer) descobriu que pessoas que consumiam carnes processadas tinham um risco 17% maior de desenvolver câncer colorretal.

E mais: segundo artigo publicado na revista científica Plos One, 4% de todas as mortes no mundo seriam causadas pelo consumo de carne vermelha ou processada.

Mas como as carnes processadas e a carne vermelha causam câncer?

Quando uma carne é processada, formam-se nela substâncias químicas nocivas e cancerígenas. Não importa se você optar por uma salsicha ou um presunto caro. É o processo, e não a qualidade, que aumenta o risco de câncer.

Com carne vermelha, a preocupação não é como a carne é processada (uma vez que normalmente não é), mas sim com relação às substâncias químicas naturais já presentes nas carnes, além de produtos químicos cancerígenos que surgem quando a carne é cozida.

Alguns pesquisadores acreditam que o cozimento em altas temperaturas pode criar compostos que contribuem para o risco carcinogênico da carne vermelha, mas ainda não há provas suficientes.

Também é importante observar que as carnes vermelhas não estão na mesma categoria das carnes processadas. Elas estão no Grupo 2A, o que significa que são “provavelmente” carcinogênicas.

Mas eu devo parar de comer carnes vermelhas e processadas?

O ideal é usar o bom senso. Evite carnes processadas pois elas contêm compostos químicos nocivos que podem aumentar o risco de doenças crônicas.

A Organização Mundial da Saúde classifica as carnes processadas como inequivocamente cancerígenas, ou seja, elas realmente podem causar câncer.

No caso das carnes vermelhas, você pode consumi-las com moderação, dando preferência para peças de alta qualidade, vindas de animais alimentados com capim. Ainda de acordo com a OMS, a carne vermelha é classificada como provavelmente cancerígena.

Lembrando que a carne vermelha é uma excelente fonte natural de proteína e ferro, além de conter ácido linoleico que é um coadjuvante no combate ao câncer.

Atenção também para o tamanho das porções. A American Heart Association recomenda de 28 a 85 gramas de proteína magra cozida por porção.

O ideal é completar seu prato com muitos vegetais e outros alimentos ricos em nutrientes e varie as fontes de proteína, incluindo peixes e aves. Assim sua alimentação fica muito mais saudável.

 

 

11 de dezembro de 2018 by Blog do Corp 0 Comments

Não ao PL dos agrotóxicos

SBOC corrobora posicionamento do INCA contra o projeto de lei 6.299/2002

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica pactua do posicionamento do Instituto Nacional de Câncer (INCA) contrário ao PL 6.299/2002 no sentido de garantir que o atual marco legal dos agrotóxicos (Lei 7.802/1989) não seja alterado ou flexibilizado. O substitutivo que tramita na Câmara dos Deputados estabelece uma Política de Estado para Defensivos Fitossanitários e de Produtos de Controle Ambiental e reprova o uso do termo agrotóxicos por ser pejorativo. Além disso, propõe a criação da Comissão Técnica de Fitossanitários com dois membros do setor agrícola, dois da indústria de pesticidas, um do órgão federal de pesquisa agropecuária, um do Ministério da Agricultura, um do Ministério do Meio Ambiente e apenas um do Ministério da Saúde.

De acordo com o posicionamento do INCA, as modificações contidas no Projeto de Lei colocam em risco as populações – sejam elas de trabalhadores da agricultura, residentes em áreas rurais ou consumidores de água ou alimentos contaminados, pois acarretará na possível liberação de agrotóxicos responsáveis por causar doenças crônicas extremamente graves e que revelem características mutagênicas e carcinogênicas.

O Instituto Nacional do Câncer alerta que o PL estabelece um “limite permitido de exposição” aos agrotóxicos, que desconsidera questões como a periculosidade intrínseca dos agrotóxicos, o fato de não existir limites seguros de exposição a substâncias mutagênicas e carcinogênicas e o princípio da precaução.

Ainda segundo a avaliação do INCA, há estudos que evidenciaram os efeitos imunotóxicos, caracterizados por imunoestimulação ou imunossupressão, sendo este último fator favorável à diminuição na resistência a patógenos ou mesmo diminuição da imunovigilância com comprometimento do combate às células neoplásicas, levando a maior incidência de câncer e efeitos genotóxicos como fatores preditores para o câncer.

O INCA denuncia também que o PL determina a exclusão dos órgãos responsáveis por avaliar os impactos sobre a saúde e o meio ambiente (Anvisa e Ibama) da avaliação e do processo de registro dos agrotóxicos no Brasil, e sugere, no âmbito das doenças crônicas não transmissíveis e do câncer, que seja feita a ”análise de riscos” dos agrotóxicos ao invés  “identificação do perigo”

Chances de ser aprovado

O substitutivo foi aprovado pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados no fim de junho. Seu próximo passo seria votação em plenário. Contudo, por seu teor polêmico e pela proximidade do período eleitoral, as chances de que entre em pauta ainda neste ano são pequenas. Como o Projeto de Lei teve o texto original modificado e vários PLs  apensados  a ele, uma vez aprovado na Câmara,  teria que voltar ao Senado novamente.

Fonte: Revista Oncologia e Oncologistas – Ano 2 – Edição 7 – Jul/Set 2018

 

 

11 de dezembro de 2018 by Blog do Corp 0 Comments

Anabolizantes e câncer

Possível correlação reforça necessidade de políticas preventivas

Estudo conduzido pelos oncologistas Gustavo Fernandes e Rafael Correa e pela geneticista Cinthya Sternberg, membros da SBOC, analisou a correlação entre o uso indiscriminado e prolongado dos hormônios e anabolizantes e o desenvolvimento de hepatocarcinomas. Essa forma de câncer de fígado corresponde a 90% de todos os tumores originários no órgão e é responsável por cerca de 15% de todas as mortes por falência hepática no mundo.

O levantamento, feito a partir da análise de estudos clínicos, revisões de literatura e relatos de caso, traz indícios de que o desenvolvimento do subtipo da doença é mais comum em decorrência de abuso de anabolizantes por um tempo considerável (entre dois e sete anos), mas é amplificado pela questão da idade precoce. Dois terços das pessoas que acabam abusando dos esteroides anabolizantes começam a consumi-los a partir dos 16 anos.

“Sabíamos que o hepatocarcinoma pode ter como origem casos de hepatite B, alimentação inadequada e consumo de álcool. Ainda que não seja possível afirmar cientificamente que o abuso de anabolizantes possa resultar neste tipo de câncer, o levantamento mostra que é necessário desde já alertar a população, especialmente jovem, para este risco”, afirma o Dr. Gustavo Fernandes, diretor da SBOC para Relações Nacionais e Internacionais.

Além disso, uma pesquisa da SBOC sobre o comportamento dos brasileiros em relação ao câncer mostra que mais de 30% das pessoas de 18 a 29 anos não realizam qualquer exame preventivo contra a doença no Brasil. “O fato de os jovens começarem o uso de hormônios sintéticos tão cedo e o cuidado precário que eles dedicam à sua saúde criam uma situação de risco em que o diagnóstico do tumor supostamente advindo do abuso de esteroides pode ser tardio”, alerta a Dra. Cinthya.

A SBOC recomenda que o uso de anabolizantes e hormônios seja condicionado à prescrição e acompanhamento de especialistas, como um endocrinologista ou ginecologista. “Os efeitos dos esteroides  anabolizantes para a dependência psicológica , problemas cardiovasculares, elevação do colesterol, aumento da pressão arterial, perda óssea e impotência sexual já são bem conhecidos e documentados.Com nossa análise da literatura revelando uma possível ligação com o câncer de fígado, a implantação de políticas públicas que alertem  sobre os perigos  do uso incorreto e sem supervisão de esteroides anabolizantes se torna ainda mais importante”, afirma a Dra. Cinthya.

O trabalho foi publicado na Brazilian Journal of Oncology com o título “Exploring the link between  anabolic-androgenic steroids abuse for performance improvement  and  hepato-cellular carcinoma: a literatura review”. O acesso é livre pelo site da publicação: Brazilian Journal Of Oncology

Fonte: Revista Oncologia e Oncologistas – Ano 2 – Edição 7 – Jul/Set 2018