Olá, sou José Altino, médico oncologista do Corp, Centro de Oncologia Rio Preto.
Hoje vamos falar de tumores testiculares.
Quais são os fatores de risco?
Idade: a grande maioria dos tumores de testículos ocorrem entre a idade de 20 a 40 anos.
Raça: os homens brancos têm de 5 a 10 vezes mais chances de desenvolverem o câncer testicular do que homens de outras raças.
História familiar ou pessoal de câncer testicular: a dieta rica em gordura, particularmente de origem animal com alto teor de cálcio, pode aumentar o risco de câncer nesses indivíduos que têm uma história familiar ou um antecedente de ter já desenvolvido um câncer testicular.
Testículo que não desce da bolsa escrotal, chamado de criptorquidia – o que é isso? São homens que, ao nascer o testículo, esse fica alojado dentro da cavidade abdominal, não ocorre a migração do testículo da cavidade abdominal para a bolsa escrotal. Isso chama-se criptorquidia e, às vezes, é necessário fazer uma correção cirúrgica para que o testículo desça para a bolsa escrotal e venha se desenvolver. Portanto a criptorquidia é um fator de risco.
Uma síndrome chamada de Klinefelter, um transtorno genético que a gente chama de cromossomo sexual, tem baixos níveis de hormônio masculino e, portanto, gera esterilidade, aumento das mamas e testículos pequenos. Então é uma disfunção hormonal masculina. Essa síndrome de Klinefelter é um fator de risco.
E por fim há o HIV, o vírus da imunodeficiência humana, que pode ser um fator de risco para o desenvolvimento dos tumores testiculares.
Para maiores informações, visite o nosso site Clínica Corp.
Eu sou a Dra. Valeska do Carmo, sou oncologista clínica do Centro de Oncologia de Rio Preto e hoje eu venho falar um pouquinho sobre câncer de esôfago.
Primeiro vou explicar o que que seria esôfago. Esôfago é um tubo que leva o alimento da boca até o estômago. Ele é dividido em três partes. As duas partes superiores costumam ser acometidas por um determinado tipo de câncer. Já a parte distal, que é a mais próxima do estômago, tem um outro tipo de acometimento de câncer e um outro nome.
Então vamos lá: nos primeiros dois terços, temos o carcinoma espinocelular. Ele está altamente associado ao tabagismo, à alta ingesta de bebida alcoólica e a ingesta de bebidas quentes. São mais ou menos os mesmos fatores de risco dos tumores de cabeça e pescoço, muito parecido. Já o terço distal é mais parecido com o estômago e está muito relacionado à obesidade, à má alimentação (alimentação gordurosa) e ao refluxo, a doença do refluxo gastroesofágico – aquela queimação que fica no estômago, que dá tosse, como um dos sintomas.
Então, o que fica aqui de alerta para a gente tentar evitar o câncer de esôfago?
O câncer de esôfago já não é tão comum, mas a gente pode diminuir ainda mais a incidência dele. Basta a gente cessar o tabagismo, a gente ter equilíbrio na ingestão de bebida alcoólica e, quanto às bebidas quentes como cafés, chás, chimarrão (na região do Sul), sempre tentar deixar a uma temperatura mais morna, nada muito quente. Eu conheço pessoas que pegam o café que acaba de sair da máquina e engolem. Tomam aquele café que imagino que deve sair queimando tudo: queima língua, queima o esôfago. As pessoas acabam se acostumando e não percebem, mas isso é altamente maléfico. E tentar manter o peso, alimentar-se de uma forma saudável, fazer atividade física. Não é tão difícil.
As pessoas que têm a doença do refluxo gastroesofágico, que independe da obesidade, do tipo de alimento que você está ingerindo, devem procurar o seu médico, o seu gastro, para poderem fazer o tratamento de prevenção e evitar essa agressão do ácido, ali no epitélio do esôfago e, assim, diminuir o risco da incidência do câncer de esôfago, nessa região.
Com relação ao tratamento, a gente sempre vem falando aqui que, quanto mais precoce, maiores as chances de cura e para o esôfago é a mesma coisa. E quanto mais precoce, menor é a agressividade do tratamento.
Então para fazer o diagnóstico é necessário a endoscopia. A endoscopia digestiva alta, aquele tubo que vai da boca até o estômago para poder fazer um diagnóstico. Ali, ele faz uma biópsia e a gente consegue identificar qual o terço do esôfago que está comprometido, qual o tipo do tumor, se é o adenocarcinoma do terço distal ou se é o carcinoma espinocelular dos dois terços superiores e, assim, a gente poder traçar o tratamento. Mas muitas vezes, você consegue fazer um tratamento que a chamamos de minimamente invasivo, nem precisa fazer cirurgia. Conseguimos fazer um procedimento através da própria endoscopia. Então: quanto mais cedo o diagnóstico, melhor.
Melhor do que fazer um diagnóstico precoce é não ter. A gente comentou aqui sobre os fatores de risco: vamos evitá-los! Com relação aos sintomas, que eu estava esquecendo de comentar, infelizmente, os sintomas quando você chega a sentir algo, você já vai ter uma lesão mais avançada, que é principalmente a dor ou a dificuldade para engolir, para deglutir, emagrecimento, fraqueza por anemia, fezes escuras – o sangramento no esôfago acaba provocando essas fezes escurecidas.
Mas, normalmente, quando isso acontece, o tumor já está mais avançado e o tratamento não vai conseguir ser tão simples como só uma ressecção pela endoscopia. Vai precisar ser feito, às vezes, uma cirurgia, uma quimio, uma rádio.
Então é isso! Eu queria alertar sobre o câncer de esôfago e vamos fazer nossa parte para reduzir a incidência dos cânceres no geral.
Olá, sou José Altino, médico oncologista do Corp, Centro de Oncologia de Rio Preto.
Estou aqui hoje para compartilhar nossa nova conquista: Nível 2 de Acreditação junto à ONA, Organização Nacional de Acreditação, órgão regulatório para estabelecimentos na área de saúde no Brasil.
Este selo de qualidade significa que todos os nossos procedimentos para tratamento oncológico são executados com rastreabilidade, qualidade e segurança para os nossos pacientes e colaboradores, propiciando um tratamento seguro, efetivo e alinhado aos melhores centros dedicados à Oncologia no Brasil.
Apesar dessa conquista, a nossa missão é ser um centro de referência para o tratamento global a pacientes oncológicos. Nosso corpo clínico não vai parar. Continuará buscando o nível de excelência.
Olá, sou Natália Kodama, nutricionista do Corp, Centro de Oncologia de Rio Preto.
Hoje vim falar sobre alguns pequenos hábitos na sua alimentação que podem fazer uma grande diferença.
O primeiro deles é: tenha sempre um copo ou uma garrafa de água por perto, na mesa do trabalho, na sua bolsa, se você fica a maior parte do tempo fora de casa. Ou mesmo em casa, na sua vista. Isso facilita a ingestão de líquidos e contribui para a hidratação do nosso organismo.
Quanto de líquidos você tem tomado no seu dia a dia? A maior parte do nosso corpo é feita de água e a necessidade é bem individual. Ela varia conforme peso e intensidade de atividade física e clima também. Em ambientes mais quentes, a necessidade de líquidos acaba aumentando.
Falando em ingestão de líquidos, um outro hábito que faz toda a diferença é o controle da quantidade de líquido junto com as grandes refeições: almoço e jantar. É interessante que não se consuma mais do que meio copo de líquido junto com as suas refeições. Essa quantidade pode auxiliar a digestão. Mais do que isso pode prejudicar o processo digestivo, o que me leva ao próximo hábito muito importante: a mastigação.
Quanto tempo dura sua refeição, mastigando? Com a correria do dia a dia, muitas pessoas acabam comendo com muita pressa e a mastigação é muito importante para auxiliar o seu processo digestivo. Ela melhora o funcionamento intestinal, diminui o risco de refluxo, gastrite, controla a formação de gases. E também o ato de mastigar contribui para a saciedade, fazendo com que você não exagere no volume dos alimentos. Também gosto muito de ressaltar que é interessante que se coma com calma, observe o que está comendo, sinta o gosto dos alimentos e fique em um ambiente tranquilo, livre de distrações.
Um outro hábito que, muitas vezes, acaba sendo uma grande dificuldade para a maioria das pessoas, é tirar o açúcar do café, do chá, ou do suco. O nosso paladar se adapta aos sabores. A primeira vez que você tomar um café sem açúcar, vai achá-lo extremamente amargo e ruim, mas, com o tempo, você vai se acostumando com o sabor e passa a gostar dele puro.
Mais um hábito que acredito fazer toda a diferença é ter snacks saudáveis, de fácil acesso, a mão. Deixar, na bolsa ou no trabalho, um kit de castanhas, sementes, frutas secas, pois, em uma hora que bater a fome, você acaba não caindo tentação e não vai comer os snacks ricos em açúcares e gorduras.
Por fim, não vá ao mercado com fome. Quando estamos com fome, temos uma tendência a comprar mais alimentos do que precisamos e também alimentos com teor calórico aumentado.
Espero ter contribuído para que você mude alguns hábitos e depois me conte se você fez alguma diferença.
Olá, sou José Altino, médico oncologista do Corp, Centro de Oncologia de Rio Preto.
Hoje vamos conversar a respeito do câncer de tireoide.
Após a detecção do nódulo da tireoide com o ultrassom e a coleta do material da glândula tireoide, através da punção com agulha fina (o PAFF), este material deverá ser encaminhado para o serviço de Patologia, que vai fazer a classificação do tumor de tireoide.
Temos quatro tipos de tumor tireoide:
O carcinoma papilífero de tireoide, que ocorre em 80% dos casos e, felizmente, apresenta uma boa evolução, ou seja, um bom prognóstico.
O segundo mais frequente é o carcinoma folicular, que ocorre de 10 a 30% dos casos de tireoide e apresenta uma boa evolução também. Porém, ele apresenta uma variável chamada células de Hürtle, este sim pode ter uma evolução um pouco mais complicada, um pouco mais difícil.
O terceiro tipo é o carcinoma medular de tireoide, que se dá ao redor de 3 a 5% dos casos.
E, por fim, o carcinoma anaplásico que, felizmente, ocorre em apenas 1% dos tumores de tireoide, pois ele tem uma evolução desfavorável, ou seja, uma evolução ruim.
O tratamento do câncer de tireoide é a tireoidectomia, ou seja, a extração total da glândula tireoide, bem como o esvaziamento – que pode ser total ou parcial – dos gânglios, das ínguas da região do pescoço. Após o procedimento da cirurgia, às vezes, é necessário a iodoterapia, que é uma aplicação de irradiação, através de um líquido, para ter um maior controle efetivo da cirurgia. E, por fim, a reposição hormonal da glândula tireoide, uma vez que foi feito a extração total que é a tireoidectomia.
O tumor de tireoide apresenta, na grande maioria das vezes, uma boa evolução, principalmente quando a idade é menor de 55 anos, nos carcinomas papilíferos de tireoide e, portanto, apresenta uma elevada taxa de cura, com uma perspectiva de cura ao redor de 95%.
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Olá, sou José Altino, médico oncologista do Corp, Centro de Oncologia de Rio Preto.
Hoje iremos conversar a respeito do câncer de tireoide.
Primeiramente, vamos definir o que é tireoide: é uma glândula que fica na região central do pescoço com a função de produção de um hormônio, chamado tiroxina, que atua no metabolismo do nosso corpo
Ocorrem aproximadamente 13.800 casos novos de câncer de tireoide no Brasil, com a idade preferencial entre 20 a 55 anos, com uma maior frequência no sexo feminino do que no masculino, sendo numa relação de 3 para 1, ou seja, para cada três mulheres um homem desenvolve câncer de tireoide.
Um dos fatores de risco, além da idade e do sexo, é a iradiação na região central do pescoço e, felizmente, o câncer de tireoide apresenta uma mortalidade baixa, ao redor de 0,6% ao ano.
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Olá, sou José Altino, médico oncologista do Corp, Centro de Oncologia de Rio Preto.
Hoje vamos conversar a respeito do câncer de tireoide.
Os sintomas, ou seja, o quadro clínico do câncer de tireoide, podem ser nódulos no pescoço, dor durante a deglutição, rouquidão, tosse constante e dificuldade para engolir. Mas a grande maioria do câncer de tireoide é totalmente assintomático e o seu diagnóstico ocorre de maneira acidental, ou seja, o paciente vai fazer algum outro exame da carótida, algum exame de check-up cardiológico, ou check-up de mamas e acaba descobrindo nódulo na tireoide.
Felizmente, apenas um em cada dez a vinte nódulos de tireoide é realmente câncer. A grande maioria dos nódulos de tireoide são nódulos benignos, ou seja, sem complicadores maiores. Apenas um em cada dez nódulos, ou seja, um em cada dez cânceres de tireoide é palpável. Portanto, extremamente difícil de diagnóstico, diagnóstico novamente acidental.
Para o diagnóstico do Câncer de tireoide, o principal exame é o ultrassom da glândula tireoide, que apresenta uma eficácia extremamente elevada, quando bem feito. Quando ocorre o surgimento, a detecção desse nódulo, confirmado pelo ultrassom, muitas das vezes, se faz necessária uma punção com agulha fina, que a gente chama de PAAF, para a coleta do material e definir se é ou não tumor de tireoide.
Em caso de confirmação, são realizados exames complementares como ressonância, exames de sangue como dosagem de hormônios e alguns marcadores tumorais como tireoglobulina calcitonina, que vão servir para a complementação do diagnóstico do câncer de tireoide.
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Nos vídeos a seguir, que fazem parte da “Trilogia de Verão”, a Dra. Valeska do Carmo (CRM 110459), oncologista clínica do Corp, fala sobre o câncer de pele, apresentando os tipos mais comuns, prevenção e tratamento. Confira:
Olá, pessoal! Tudo bem? Eu sou a doutora Valeska, oncologista clínica do Centro de Oncologia de Rio Preto e eu venho, hoje, gravar um vídeo sobre câncer de pele.
Estamos na estação que eu considero a mais linda do ano. É uma estação muito alegre: o verão. O verão proporciona que as pessoas façam atividades ao ar livre. Tem aquelas pessoas que gostam de se bronzear, usar a piscina – o que é muito bom –, mas existem seus riscos. Então, eu vou gravar alguns vídeos sobre câncer de pele.
Vou começar falando sobre os tipos de câncer de pele. Existem alguns tipos de câncer de pele, mas os principais, os mais conhecidos, são três: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. Falei em ordem de agressividade.
O carcinoma basocelular é o menos agressivo. Ele tende a crescer apenas localmente e não costuma dar metástase. Então, é bem tranquilo. Mas sempre que a gente visualizar uma lesão nova, no rosto ou no corpo, em qualquer parte, principalmente nas partes que têm exposição solar, sempre ficar atento.
O próximo é o carcinoma espinocelular. Esse já é um pouco mais agressivo. Ele gosta muito de dar metástase para os linfonodos. Os linfonodos o pessoal conhece muito com a denominação de íngua. Eu costumo até falar para os pacientes que quando a gente tem alguma dor de garganta, que fica aqueles carocinhos no pescoço. Então, são as famosas ínguas, são os linfonodos, que são nossos órgãos de defesa. Esses linfonodos são acometidos, primeiramente, pelo carcinoma espinocelular. Então, ele começa a crescer, ele se infiltra, ele ganha a corrente linfática e vai para esses linfonodos, para depois, ir para outros órgãos.
O melanoma é o mais agressivo de todos. É aquela pintinha preta. Algumas pessoas nascem com a pinta preta, que são as pintas de nascença, elas podem se transformar, principalmente com a exposição solar. Então, tenha bastante cuidado com isso! Mas qualquer pinta nova que aparecer é sinal de alerta. Ele é muito agressivo. Mesmo muito pequeno, ele consegue fazer um estrago grande. Ele vai para qualquer lugar do corpo, ele não tem nenhum tipo de predileção por algum órgão. Então, todo cuidado realmente é pouco. Quanto mais precocemente for diagnosticado melhor para o paciente.
Bem, existem outros tipos de câncer de pele, mas esses são os principais.
No verão, fazemos muita atividade ao ar livre, o que é muito bom, mas tem a exposição solar e temos o câncer de pele. Para fazer proteção e para evitar o câncer de pele, que é bem passível é de ser evitado, a gente tem que se proteger. Se a gente vai se expor ao sol, primeiro se atentar ao período de exposição solar, evitar o sol após às 10 da manhã até às 14 horas. Então, exposição solar após as 14horas e, de manhã, até às 10. Mesmo nesse período, às vezes, as pessoas acham que não precisam usar nenhum tipo de proteção, mas a gente precisa usar proteção sim, que seriam os filtros.
Não sou a pessoa mais indicada para estar falando sobre tipos de filtro solar. Então, eu recomendo estar passando com um bom dermatologista para ver a sua cor de pele, a cor dos olhos, a cor do cabelo. Quanto mais claros (os olhos claros, os cabelos claros) maior o risco de desenvolver câncer de pele com a exposição solar. Temos também as roupas com filtro, que são bem interessantes, principalmente, para as crianças que, às vezes, é difícil passar filtro solar. Hoje em dia, também já existe o filtro solar oral, que é algo que se soma ao filtro tópico. Ele não elimina o filtro tópico, mas ele potencializa, ele ajuda. Então procurar um bom dermatologista para estar fazendo essas orientações com relação ao tipo de filtro e até com relação ao fator de proteção. Algumas pessoas precisam só do fator de proteção 30, outras vão precisar de fator de proteção 50 ou 60. Então, realmente é preciso procurar um dermato.
A dica é: um bom dermatologista, as roupas com filtro e filtro solar, sempre! Além de se atentar ao horário.
O melhor tratamento para o câncer de pele é evitar o câncer de pele, mas se aparecer, a dica fica: atentar para uma feridinha que não cicatriza, uma nova pinta no corpo. Então, estar sempre se observando e sempre se olhando. Feridinha que fica sangrando, quando você passa uma toalha ou quando você coça, e não cicatriza direito, cria aquela casquinha, mas não desaparece, ou está aumentando de tamanho, são sinais de alerta de que alguma coisa possa estar acontecendo ali.
Que médico a gente deve procurar?
Um bom dermatologista. Eles têm lupa. Eles conseguem fazer uma avaliação muito precisa. Eles conseguem, muitas vezes, fazer um diagnóstico apenas com o olhar deles. É claro que vai precisar de uma biópsia muitas vezes, mas um bom dermatologista consegue lhe dar uma ideia se aquela lesão merece apenas acompanhamento ou se precisa de algum tipo de tratamento.
Se ela é muito inicial, existem alguns tratamentos tópicos, hoje em dia, que conseguem fazer uma regressão da lesão. Em outras situações, você vai precisar fazer um procedimento cirúrgico, que normalmente é suficiente, principalmente no basocelular, que é o tumor mais tranquilo no caso dos cânceres de pele. Em outras situações, nós vamos precisa utilizar imunoterapia ou radioterapia, que é o banho de luz, ou até mesmo a quimioterapia. Para não chegar a esses pontos, onde é necessário utilizar essas terapias mais invasivas, precisamos ficar sempre atentos ao nosso corpo e, a qualquer sinal de alteração na nossa pele, procurar um dermatologista para fazer diagnóstico precoce e, muitas vezes, fazer apenas uma pequena cirurgia, retirar e ficar curado. Quanto mais inicial maiores as chances de cura, cura praticamente 100%.
Qualquer dúvida que tenham, por favor, nos sigam nas redes sociais.
Olá! Sou José Altino, médico oncologista do Corp – Centro de Oncologia de Rio Preto.
Hoje, vamos conversar a respeito de vacina.
A primeira vacina descoberta no mundo foi em 1749, na Inglaterra: a vacina contra varíola. A partir de então, várias outras vacinas foram descobertas e são utilizadas até a presente data.
Na população adulta, atualmente, cinco são as doenças mais preocupantes. Entre elas: Sarampo, Febre Amarela, Hepatite B, Influenza (a vacina da gripe) e, mais recentemente, o Covid-19, Coronavírus.
Muito se fala de eficácia das vacinas. As vacinas da Hepatite B, Sarampo e Febre Amarela apresentam uma eficácia ao redor de 80 a 90%. Já a vacina da Influenza apresenta uma eficácia que pode variar de 40 a 90%. E a do Covid-19? Fica ao redor de 50 a 94, 95%.
A eficácia é a capacidade da vacina de evitar o desenvolvimento da doença, após a sua aplicação, ou então, quando a doença se manifeste, seja com quadro mais brando, com menor complicações. Então a eficácia significa: ausência total do desenvolvimento da doença ou a doença com complicações e manifestações mais suaves.
Foi aprovado para uso emergencial no Brasil, dia 17 de Janeiro de 2021, a vacina Coronavac. Ela foi investigada, no Brasil, com 12.607 voluntários, sendo que 6129 fizeram uso da vacina Coronavac e 6129, fizeram uso do placebo. Cabe ressaltar que nenhum paciente sabia se estava no grupo do placebo ou no grupo da vacina. Portanto, um estudo chamado de duplo-cego. Nem o paciente nem investigador, que no caso é o médico, tinha consciência do que estava sendo aplicado naquele voluntário.
Os voluntários foram os profissionais da área de saúde, pois existia uma urgência para análise dos dados. Os profissionais de saúde têm contato, mais frequentemente, com o vírus Covid-19 e, por isso, eram as pessoas ideais para participar do estudo. População adulta: de 18 a 60 anos (incluindo acima de 60 anos). Esse estudo começou em julho de 2020 e foi finalizado – a inclusão de pacientes – dia 18 de dezembro de 2020. Foi analisado e trabalhado em 16 centros (16 hospitais) dentro do Brasil.
De acordo com os dados desse estudo, foi permitida a liberação para a utilização emergencial da Coronavac no Brasil, pois apresentou uma eficácia global de 50,4% e, dentro desses 6129 pacientes que utilizaram a vacina, não ocorreu nenhum caso de covid-19 com necessidade de internação em UTI, ou seja, de ventilação mecânica. 78% dos casos de Covid-19 (Coronavírus) que se manifestaram no grupo dos pacientes que havia utilizado a vacina apresentaram quadros leves. Muitas das vezes, nem necessitando de internação, apenas de cuidados em casa. Portanto a vacina cumpriu a sua missão, ou seja, diminuiu o risco de complicações do covid-19 de maneira brilhante. Nenhum caso com manifestação grave e 78% com manifestações brandas.
A Coronavac não apresenta licença definitiva em nenhum país, mas já está sendo usada na China, na Turquia e na Indonésia, em uso emergencial.
Por que existe diferenças de eficácia entre as vacinas do Covid-19? Provavelmente por conta que uma trabalha com vírus atenuado (inativado), enquanto outras duas com RNA vírus e as duas outras – que é a de Oxford e a russa –, trabalham com vetor viral. Provavelmente a diferença de eficácia se deva a esse fator.
O que devemos levar em consideração ainda é a condição de armazenamento dessas vacinas, pois a vacina Coronavac – a chinesa – pode ser armazenada em temperaturas ao redor de 5 graus bem como a de Oxford. Isso facilita o transporte e o acondicionamento dessas vacinas nos postos de saúde, sem influenciar na qualidade e na viabilidade da vacina. Já a vacina da Moderna e a Sputnik necessitam de armazenamento com temperaturas a menos de 18 e 25 graus. A vacina da Pfizer necessita de uma temperatura a menos de 70 graus para o seu armazenamento. Isso é importante por que? Porque se a vacina não for armazenada na temperatura ideal, ela perde a sua eficácia. Então, a gente estaria recebendo uma medicação (uma vacina) já sem eficácia alguma, pela falta de condição adequada de armazenamento.
E os efeitos colaterais?
Os efeitos colaterais do Trabalho em voluntários do a Coronavac foram extremamente baixos. Complicações graves? Nenhuma: zero! Complicações de grau 1 ou grau 2, ou seja, complicações de baixa complexidade? Ao redor de 10%. A principal complicação da vacina? Dor no local da aplicação. É sabido que todas as vacinas apresentam como efeito colateral febre, dor no local da aplicação, indisposição e fadiga – são sintomas extremamente comuns em qualquer tipo de vacinação. E isso aconteceu ao redor de 50,8% dos pacientes dessa pesquisa. Portanto é uma vacina extremamente segura. E aí existem alguns grupos que advogam que a vacina tem risco de morte e isso é infrequente.
Contra indicação para o uso da vacina Coronavac:
Pacientes que já tenham apresentado reação anafilática com outras vacinas previamente, ou paciente que seja alérgico ao polietileno glicol (que é um componente químico presente em alguns laxantes) e o polissorbato (que é um componente químico emoliente utilizado em alguns produtos cosméticos). Portanto a contra indicação para aplicação da Coronavac é muito baixa! Apenas essas três situações, em que pacientes já apresentaram reação anafilática a outras vacinas ou que têm alergia a um desses componentes (o polietileno glicol e polissorbato). De uma maneira geral, os efeitos colaterais são ao redor de 5 a 10%, enquanto os sintomas de febre, dor no local da aplicação, indisposição e fadiga (cansaço) podem ocorrer ao redor de 50% dos pacientes, podendo perdurar até sete dias. Mas são efeitos totalmente pertinentes e comuns para qualquer tipo de vacinação.
Os pacientes oncológicos vão poder fazer o uso da vacina Coronavac? Sim.
Os pacientes oncológicos, mesmo em tratamento quimioterápico, podem utilizar a vacina Coronavac. Esse conhecimento se faz a partir do fato de que outras vacinas já são utilizadas, entre elas, a influenza, e sem risco algum para o paciente em quimioterapia. Porém, é sabido que existe uma diminuição da eficácia, uma diminuição da produção de anticorpos, nos pacientes em quimioterapia porque a imunidade costuma estar mais baixa. Sendo assim, os pacientes oncológicos, em quimio ou que não estejam em quimioterapia, estão liberados para fazer a aplicação da Coronavac.
Olá, sou José Altino, médico oncologista do CORP, Centro de Oncologia de Rio Preto.
Estamos no mês de novembro, Novembro Azul, mês de prevenção para o câncer de próstata.
Hoje vamos conversar a respeito do Rastreamento Populacional.
Rastreamento Populacional é feito através de um exame chamado PSA, que é um antígeno específico prostático. Isso que significa PSA. No entanto, esse tipo de exame não é específico para câncer. Pode estar aumentado em doenças benignas, mais conhecida como a hiperplasia prostática. Portanto é um exame que se correlaciona com a próstata, mas não é específico para o câncer de próstata.
Nos últimos dez anos, vários trabalhos científicos estão avaliando os benefícios do exame PSA como rotina, como Rastreamento Populacional. Um trabalho extremamente relevante, que a gente chama de meta-análise, que é a junção de vários trabalhos, foi analisado e montado pela Cochrane. Publicado em 2013, envolveu 341342 indivíduos (na faixa etária de 45 a 80 anos) e concluiu que a dosagem do PSA de rotina anualmente não diminuiu a mortalidade por câncer de próstata. Esse estudo, essa meta-análise foi um balde de água fria nos defensores da dosagem do PSA.
Após este e vários outros trabalhos, em vários países como Austrália e Reino Unido, a decisão de realizar a dosagem do PSA é compartilhada entre o médico e o paciente. Já no Canadá, por exemplo, não existe indicação médica para a dosagem do PSA como exame preventivo. Nos Estados Unidos, várias mudanças transcorreram nesses últimos anos. Desde 2010, 2012, 2013 até 2017, quando criou-se um consenso: em homens com menos de 49 anos não se faz dosagem do PSA; entre 50 a 69 anos, a indicação de dosagem de PSA é compartilhada entre o médio e o paciente, entre fazer e não fazer; em homens com mais de 70 anos, é de acordo com os sintomas durante a consulta.
E como fica o nosso Brasil?
A Sociedade Brasileira de Medicina e o Instituto Nacional do Câncer não indicam dosagem de PSA de maneira preventiva. Já a Sociedade de Urologia Brasileira definiu como regra: em indivíduos entre 40 e 50 anos, a decisão é compartilhada; indivíduos com mais de 45 anos que sejam negros e com história familiar positiva devem fazer a dosagem do PSA; homens com mais de 75 anos, se o indivíduo tem nenhuma comorbidade (ou seja tem uma expectativa de vida maior que de 10 anos), a dosagem de PSA deve ser indicada preventivamente.
Em resumo, no Brasil, a dosagem de PSA deve ser discutida com o urologista e é, preferencialmente, realizada entre 50 e 75 anos. Os extremos, ou seja abaixo de 45 anos, é apenas para negros e indivíduos com história familiar positiva e, quando acima de 75 anos, deve-se avaliar o histórico de doenças desse indivíduo, como hipertensão, infarto, diabetes e outras.
O exame preventivo para o exame de próstata continua sendo a dosagem do PSA e o toque retal, que são estratégias preventivas. Portanto devemos ficar atentos aos sintomas de prostatismo e discutir, com o nosso médico, a indicação ou não da dosagem do PSA.
José Altino – CRM 73227
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