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29 de janeiro de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

Cuidados contra o câncer de pele

Nos vídeos a seguir, que fazem parte da “Trilogia de Verão”, a Dra. Valeska do Carmo (CRM 110459), oncologista clínica do Corp, fala sobre o câncer de pele, apresentando os tipos mais comuns, prevenção e tratamento. Confira:

Olá, pessoal! Tudo bem? Eu sou a doutora Valeska, oncologista clínica do Centro de Oncologia de Rio Preto e eu venho, hoje, gravar um vídeo sobre câncer de pele.

Estamos na estação que eu considero a mais linda do ano. É uma estação muito alegre: o verão. O verão proporciona que as pessoas façam atividades ao ar livre. Tem aquelas pessoas que gostam de se bronzear, usar a piscina – o que é muito bom –, mas existem seus riscos. Então, eu vou gravar alguns vídeos sobre câncer de pele.

Vou começar falando sobre os tipos de câncer de pele. Existem alguns tipos de câncer de pele, mas os principais, os mais conhecidos, são três: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. Falei em ordem de agressividade.

O carcinoma basocelular é o menos agressivo. Ele tende a crescer apenas localmente e não costuma dar metástase. Então, é bem tranquilo. Mas sempre que a gente visualizar uma lesão nova, no rosto ou no corpo, em qualquer parte, principalmente nas partes que têm exposição solar, sempre ficar atento.

O próximo é o carcinoma espinocelular. Esse já é um pouco mais agressivo. Ele gosta muito de dar metástase para os linfonodos. Os linfonodos o pessoal conhece muito com a denominação de íngua. Eu costumo até falar para os pacientes que quando a gente tem alguma dor de garganta, que fica aqueles carocinhos no pescoço. Então, são as famosas ínguas, são os linfonodos, que são nossos órgãos de defesa. Esses linfonodos são acometidos, primeiramente, pelo carcinoma espinocelular. Então, ele começa a crescer, ele se infiltra, ele ganha a corrente linfática e vai para esses linfonodos, para depois, ir para outros órgãos.

O melanoma é o mais agressivo de todos. É aquela pintinha preta. Algumas pessoas nascem com a pinta preta, que são as pintas de nascença, elas podem se transformar, principalmente com a exposição solar. Então, tenha bastante cuidado com isso! Mas qualquer pinta nova que aparecer é sinal de alerta. Ele é muito agressivo. Mesmo muito pequeno, ele consegue fazer um estrago grande.  Ele vai para qualquer lugar do corpo, ele não tem nenhum tipo de predileção por algum órgão. Então, todo cuidado realmente é pouco. Quanto mais precocemente for diagnosticado melhor para o paciente.

Bem, existem outros tipos de câncer de pele, mas esses são os principais.

No verão, fazemos muita atividade ao ar livre, o que é muito bom, mas tem a exposição solar e temos o câncer de pele. Para fazer proteção e para evitar o câncer de pele, que é bem passível é de ser evitado, a gente tem que se proteger. Se a gente vai se expor ao sol, primeiro se atentar ao período de exposição solar, evitar o sol após às 10 da manhã até às 14 horas. Então, exposição solar após as 14horas e, de manhã, até às 10. Mesmo nesse período, às vezes, as pessoas acham que não precisam usar nenhum tipo de proteção, mas a gente precisa usar proteção sim, que seriam os filtros.

Não sou a pessoa mais indicada para estar falando sobre tipos de filtro solar. Então, eu recomendo estar passando com um bom dermatologista para ver a sua cor de pele, a cor dos olhos, a cor do cabelo. Quanto mais claros (os olhos claros, os cabelos claros) maior o risco de desenvolver câncer de pele com a exposição solar. Temos também as roupas com filtro, que são bem interessantes, principalmente, para as crianças que, às vezes, é difícil passar filtro solar. Hoje em dia, também já existe o filtro solar oral, que é algo que se soma ao filtro tópico. Ele não elimina o filtro tópico, mas ele potencializa, ele ajuda. Então procurar um bom dermatologista para estar fazendo essas orientações com relação ao tipo de filtro e até com relação ao fator de proteção. Algumas pessoas precisam só do fator de proteção 30, outras vão precisar de fator de proteção 50 ou 60. Então, realmente é preciso procurar um dermato.

A dica é:  um bom dermatologista, as roupas com filtro e filtro solar, sempre! Além de se atentar ao horário.

O melhor tratamento para o câncer de pele é evitar o câncer de pele, mas se aparecer, a dica fica: atentar para uma feridinha que não cicatriza, uma nova pinta no corpo. Então, estar sempre se observando e sempre se olhando. Feridinha que fica sangrando, quando você passa uma toalha ou quando você coça, e não cicatriza direito, cria aquela casquinha, mas não desaparece, ou está aumentando de tamanho, são sinais de alerta de que alguma coisa possa estar acontecendo ali.

Que médico a gente deve procurar?

Um bom dermatologista. Eles têm lupa. Eles conseguem fazer uma avaliação muito precisa. Eles conseguem, muitas vezes, fazer um diagnóstico apenas com o olhar deles. É claro que vai precisar de uma biópsia muitas vezes, mas um bom dermatologista consegue lhe dar uma ideia se aquela lesão merece apenas acompanhamento ou se precisa de algum tipo de tratamento.

Se ela é muito inicial, existem alguns tratamentos tópicos, hoje em dia, que conseguem fazer uma regressão da lesão. Em outras situações, você vai precisar fazer um procedimento cirúrgico, que normalmente é suficiente, principalmente no basocelular, que é o tumor mais tranquilo no caso dos cânceres de pele. Em outras situações, nós vamos precisa utilizar imunoterapia ou radioterapia, que é o banho de luz, ou até mesmo a quimioterapia. Para não chegar a esses pontos, onde é necessário utilizar essas terapias mais invasivas, precisamos ficar sempre atentos ao nosso corpo e, a qualquer sinal de alteração na nossa pele, procurar um dermatologista para fazer diagnóstico precoce e, muitas vezes, fazer apenas uma pequena cirurgia, retirar e ficar curado. Quanto mais inicial maiores as chances de cura, cura praticamente 100%.

Qualquer dúvida que tenham, por favor, nos sigam nas redes sociais.

Um abraço.

Valeska C. do Carmo – CRM 110459

18 de janeiro de 2021 by Blog do Corp 0 Comments

Vacinação contra a Covid-19

Olá! Sou José Altino, médico oncologista do Corp – Centro de Oncologia de Rio Preto.

Hoje, vamos conversar a respeito de vacina.

A primeira vacina descoberta no mundo foi em 1749, na Inglaterra: a vacina contra varíola. A partir de então, várias outras vacinas foram descobertas e são utilizadas até a presente data.

Na população adulta, atualmente, cinco são as doenças mais preocupantes. Entre elas: Sarampo, Febre Amarela, Hepatite B, Influenza (a vacina da gripe) e, mais recentemente, o Covid-19, Coronavírus.

Muito se fala de eficácia das vacinas. As vacinas da Hepatite B, Sarampo e Febre Amarela apresentam uma eficácia ao redor de 80 a 90%. Já a vacina da Influenza apresenta uma eficácia que pode variar de 40 a 90%. E a do Covid-19? Fica ao redor de 50 a 94, 95%.

A eficácia é a capacidade da vacina de evitar o desenvolvimento da doença, após a sua aplicação, ou então, quando a doença se manifeste, seja com quadro mais brando, com menor complicações. Então a eficácia significa: ausência total do desenvolvimento da doença ou a doença com complicações e manifestações mais suaves.

Foi aprovado para uso emergencial no Brasil, dia 17 de Janeiro de 2021, a vacina Coronavac. Ela foi investigada, no Brasil, com 12.607 voluntários, sendo que 6129 fizeram uso da vacina Coronavac e 6129, fizeram uso do placebo. Cabe ressaltar que nenhum paciente sabia se estava no grupo do placebo ou no grupo da vacina. Portanto, um estudo chamado de duplo-cego. Nem o paciente nem investigador, que no caso é o médico, tinha consciência do que estava sendo aplicado naquele voluntário.

Os voluntários foram os profissionais da área de saúde, pois existia uma urgência para análise dos dados. Os profissionais de saúde têm contato, mais frequentemente, com o vírus Covid-19 e, por isso, eram as pessoas ideais para participar do estudo. População adulta: de 18 a 60 anos (incluindo acima de 60 anos). Esse estudo começou em julho de 2020 e foi finalizado – a inclusão de pacientes – dia 18 de dezembro de 2020. Foi analisado e trabalhado em 16 centros (16 hospitais) dentro do Brasil.

De acordo com os dados desse estudo, foi permitida a liberação para a utilização emergencial da Coronavac no Brasil, pois apresentou uma eficácia global de 50,4% e, dentro desses 6129 pacientes que utilizaram a vacina, não ocorreu nenhum caso de covid-19 com necessidade de internação em UTI, ou seja, de ventilação mecânica. 78% dos casos de Covid-19 (Coronavírus) que se manifestaram no grupo dos pacientes que havia utilizado a vacina apresentaram quadros leves. Muitas das vezes, nem necessitando de internação, apenas de cuidados em casa. Portanto a vacina cumpriu a sua missão, ou seja, diminuiu o risco de complicações do covid-19 de maneira brilhante. Nenhum caso com manifestação grave e 78% com manifestações brandas.

A Coronavac não apresenta licença definitiva em nenhum país, mas já está sendo usada na China, na Turquia e na Indonésia, em uso emergencial.

Por que existe diferenças de eficácia entre as vacinas do Covid-19? Provavelmente por conta que uma trabalha com vírus atenuado (inativado), enquanto outras duas com RNA vírus e as duas outras – que é a de Oxford e a russa –, trabalham com vetor viral. Provavelmente a diferença de eficácia se deva a esse fator.

O que devemos levar em consideração ainda é a condição de armazenamento dessas vacinas, pois a vacina Coronavac –  a chinesa –  pode ser armazenada em temperaturas ao redor de 5 graus bem como a de Oxford. Isso facilita o transporte e o acondicionamento dessas vacinas nos postos de saúde, sem influenciar na qualidade e na viabilidade da vacina. Já a vacina da Moderna e a Sputnik necessitam de armazenamento com temperaturas a menos de 18 e 25 graus. A vacina da Pfizer necessita de uma temperatura a menos de 70 graus para o seu armazenamento. Isso é importante por que? Porque se a vacina não for armazenada na temperatura ideal, ela perde a sua eficácia. Então, a gente estaria recebendo uma medicação (uma vacina) já sem eficácia alguma, pela falta de condição adequada de armazenamento.

E os efeitos colaterais?

Os efeitos colaterais do Trabalho em voluntários do a Coronavac foram extremamente baixos. Complicações graves? Nenhuma: zero! Complicações de grau 1 ou grau 2, ou seja, complicações de baixa complexidade? Ao redor de 10%. A principal complicação da vacina? Dor no local da aplicação. É sabido que todas as vacinas apresentam como efeito colateral febre, dor no local da aplicação, indisposição e fadiga – são sintomas extremamente comuns em qualquer tipo de vacinação. E isso aconteceu ao redor de 50,8% dos pacientes dessa pesquisa. Portanto é uma vacina extremamente segura. E aí existem alguns grupos que advogam que a vacina tem risco de morte e isso é infrequente.

Contra indicação para o uso da vacina Coronavac:

Pacientes que já tenham apresentado reação anafilática com outras vacinas previamente, ou paciente que seja alérgico ao polietileno glicol (que é um componente químico presente em alguns laxantes) e o polissorbato (que é um componente químico emoliente utilizado em alguns produtos cosméticos).  Portanto a contra indicação para aplicação da Coronavac é muito baixa! Apenas essas três situações, em que pacientes já apresentaram reação anafilática a outras vacinas ou que têm alergia a um desses componentes (o polietileno glicol e polissorbato). De uma maneira geral, os efeitos colaterais são ao redor de 5 a 10%, enquanto os sintomas de febre, dor no local da aplicação, indisposição e fadiga (cansaço) podem ocorrer ao redor de 50% dos pacientes, podendo perdurar até sete dias. Mas são efeitos totalmente pertinentes e comuns para qualquer tipo de vacinação.

Os pacientes oncológicos vão poder fazer o uso da vacina Coronavac? Sim.

Os pacientes oncológicos, mesmo em tratamento quimioterápico, podem utilizar a vacina Coronavac. Esse conhecimento se faz a partir do fato de que outras vacinas já são utilizadas, entre elas, a influenza, e sem risco algum para o paciente em quimioterapia. Porém, é sabido que existe uma diminuição da eficácia, uma diminuição da produção de anticorpos, nos pacientes em quimioterapia porque a imunidade costuma estar mais baixa. Sendo assim, os pacientes oncológicos, em quimio ou que não estejam em quimioterapia, estão liberados para fazer a aplicação da Coronavac.

Para maiores informações visite o nosso site.

23 de novembro de 2020 by Blog do Corp 0 Comments

Câncer de próstata e rastreamento populacional

Olá, sou José Altino, médico oncologista do CORP, Centro de Oncologia de Rio Preto.  

Estamos no mês de novembro, Novembro Azul, mês de prevenção para o câncer de próstata. 

Hoje vamos conversar a respeito do Rastreamento Populacional.  

Rastreamento Populacional é feito através de um exame chamado PSA, que é um antígeno específico prostático. Isso que significa PSA. No entanto, esse tipo de exame não é específico para câncer. Pode estar aumentado em doenças benignas, mais conhecida como a hiperplasia prostática. Portanto é um exame que se correlaciona com a próstata, mas não é específico para o câncer de próstata.   

Nos últimos dez anos, vários trabalhos científicos estão avaliando os benefícios do exame PSA como rotina, como Rastreamento Populacional. Um trabalho extremamente relevante, que a gente chama de meta-análise, que é a junção de vários trabalhos, foi analisado e montado pela Cochrane. Publicado em 2013, envolveu 341342 indivíduos (na faixa etária de 45 a 80 anos) e concluiu que a dosagem do PSA de rotina anualmente não diminuiu a mortalidade por câncer de próstata. Esse estudo, essa meta-análise foi um balde de água fria nos defensores da dosagem do PSA. 

Após este e vários outros trabalhos, em vários países como Austrália e Reino Unido, a decisão de realizar a dosagem do PSA é compartilhada entre o médico e o paciente. Já no Canadá, por exemplo, não existe indicação médica para a dosagem do PSA como exame preventivo. Nos Estados Unidos, várias mudanças transcorreram nesses últimos anos. Desde 2010, 2012, 2013 até 2017, quando criou-se um consenso: em homens com menos de 49 anos não se faz dosagem do PSA; entre 50 a 69 anos, a indicação de dosagem de PSA é compartilhada entre o médio e o paciente, entre fazer e não fazer; em homens com mais de 70 anos, é de acordo com os sintomas durante a consulta. 

E como fica o nosso Brasil? 

A Sociedade Brasileira de Medicina e o Instituto Nacional do Câncer não indicam dosagem de PSA de maneira preventiva. Já a Sociedade de Urologia Brasileira definiu como regra: em indivíduos entre 40 e 50 anos, a decisão é compartilhada; indivíduos com mais de 45 anos que sejam negros e com história familiar positiva devem fazer a dosagem do PSA; homens com mais de 75 anos, se o indivíduo tem nenhuma comorbidade (ou seja tem uma expectativa de vida maior que de 10 anos), a dosagem de PSA deve ser indicada preventivamente.  

Em resumo, no Brasil, a dosagem de PSA deve ser discutida com o urologista e é, preferencialmente, realizada entre 50 e 75 anos. Os extremos, ou seja abaixo de 45 anos, é apenas para negros e indivíduos com história familiar positiva e, quando acima de 75 anos, deve-se avaliar o histórico de doenças desse indivíduo, como hipertensão, infarto, diabetes e outras. 

O exame preventivo para o exame de próstata continua sendo a dosagem do PSA e o toque retal, que são estratégias preventivas. Portanto devemos ficar atentos aos sintomas de prostatismo e discutir, com o nosso médico, a indicação ou não da dosagem do PSA. 

José Altino – CRM 73227

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12 de novembro de 2020 by Blog do Corp 0 Comments

O Diabetes e o Câncer

Dia 14 de novembro é o dia mundial do diabetes e qual é a relação do diabetes com o câncer? 

Meu nome é Natália Kodama, sou nutricionista do Centro de Oncologia de Rio Preto e vim falar um pouquinho sobre o assunto. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, 13 milhões de pessoas no Brasil convivem com o diabetes. Isso é equivalente a, mais ou menos, 7% da população. Por isso, é um dado com o qual nós devemos nos preocupar. Porque uma pessoa com diabetes aumenta o risco do desenvolvimento de cânceres como: fígado, pâncreas, endométrio. E, segundo o Instituto Americano de Pesquisa sobre o Câncer, esse risco pode aumentar até duas vezes. Apesar de não ser consenso, alguns estudos também mostram um risco de desenvolvimento do câncer de colo e de mama. Além de todo o potencial ou risco da associação, também as duas doenças – tanto diabetes como câncer – compartilham fatores de riscos em comum como: a obesidade e a falta de atividade física. A obesidade, ou excesso de gordura corporal, aumenta a resistência à insulina como também desencadeia uma inflamação crônica, dois fatores de risco para o desenvolvimento dessas patologias. 

Uma alimentação com o teor de açúcar além do que deveria ser utilizado pode trazer um aporte energético maior do que a sua necessidade, fazendo com que haja um excesso de gordura corporal. Por isso que a gente sempre enfatiza a importância de fazer a alimentação baseada em frutas, verduras, legumes, cereais integrais e também trabalhar com algumas opções para a gente tentar diminuir o consumo de açúcar, no nosso dia a dia. 

Algumas dicas eu posso deixar para vocês, que fazem com que a gente já comece nessa redução de gordura e açúcar na nossa alimentação. Então, por exemplo, trocar um refrigerante por uma água com gás e frutas, fazer águas aromatizadas com frutas, facilitam também a gente ter uma adesão melhor ao líquido. Tirar o açúcar, por exemplo, do seu chá ou polvilhar um pouquinho de canela no café, pra fazer também com que você não utilize o açúcar no café e, por fim, trabalhar com lanches de castanhas, frutas secas, fazendo assim você deixar, de lado, aqueles lanches com teor de açúcar aumentado. 

Então espero ter contribuído com algumas dicas e informações.

Obrigada. 

Nutricionista Natália Yano Kodama – CRN3 26429

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22 de outubro de 2020 by Blog do Corp 0 Comments

Vacinação contra o HPV em meninas e meninos.

Já ouviu falar sobre a vacinação contra o HPV em meninas adolescentes e, agora, em meninos?

Caso você esteja se perguntando sobre a eficácia da vacinação, leia as informações a seguir.

Segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), no ano de 2020, espera-se, aproximadamente, 16.590 novos casos de câncer de colo de útero com 6.526 mortes.

Excetuando-se o câncer de pele não melanoma, é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal) e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

Considerando que 90% dos cânceres de colo de útero estão relacionados ao HPV, precisamos chamar a atenção para a vacinação oferecida pelo Ministério da Saúde para meninas de 9 a 14 anos e para meninos de 11 a 14 anos, além de pessoas entre 9 a 26 anos vivendo com HIV / Aids e outras condições imunossupressoras como pacientes transplantados e em tratamento de câncer.

No último dia 20 de Outubro, foi publicado um grande estudo sueco*, no New England Journal of Medicine, sobre a relação entre a vacinação contra o papilomavírus humano na prevenção de lesões cervicais de alto grau e o risco subsequente de câncer cervical invasivo.

Através deste estudo, foi comprovado que a vacina reduz substancialmente o risco da doença em nível populacional. Essa redução foi de até 88% no risco de desenvolver o câncer de colo de útero nas jovens vacinadas, quando comparado com meninas não vacinadas. 

O estudo ainda confirma que a vacina quadrivalente protege contra o câncer cervical, porém, ressaltou a importância desta vacina ser aplicada ainda em idade jovem para uma melhor proteção, com uma redução do risco em até 88% em mulheres vacinadas antes dos 17 anos.

Os resultados, a longo prazo, vislumbram a redução significativa de câncer de colo de útero nas próximas décadas.

Você também tem várias informações a respeito do tema na Live que fizemos: HPV – Cuidado e proteção dos adolescentes. Na Live, o Dr. José Altino (CRM 73227), oncologista clínico do Corp, debate o assunto abordando questões do universo dessas jovens adolescentes com a Dra. Valéria Dória (CRM 79010), ginecologista e obstetra, e com a Prof. Dra. Maria Jaqueline Coelho Pinto (CRP 06/39394-1), psicóloga.

* O trabalho foi financiado pela Swedish Foundation for Strategic Research.

Fontes:

1 – Onconews – www.onconews.com.br

2 – HPV Vaccination and the Risk of Invasive Cervical Cancer – Jiayao Lei, Ph.D., Par Sparén, Ph.D. et al – October 1, 2020 – N Engl J Med 2020; 383:1340-1348 – DOI: 10.1056/NEJMoa1917338

3 – Luostarinen et al., Int J Cancer, 2017

4 – Guo et al., An J Prev Med, 2018

5 – Lei et al., Br J Cancer, 2020

6 – Live do Corp sobre HPV: https://www.youtube.com/watch?v=3SSKHFvilm4&t=2s

7 – INCA: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero

19 de outubro de 2020 by Blog do Corp 0 Comments

Câncer de mama: tipos de tumores, diagnóstico, prevenção e tratamento

Olá, sou José Altino, médico oncologista do CORP, Centro de Oncologia de Rio Preto.

Hoje, vamos conversar sobre câncer de mama.

De acordo com dados do INCA, Instituto Nacional de Câncer do Brasil, para o ano de 2020, haverá aproximadamente 66.300 casos novos de câncer de mama.

Existem alguns tipos de câncer na mama como carcinoma ductal, carcinoma lobular – invasivo e não invasivo –, sarcomas e outros tipos de tumores, que terão percentual de curabilidade de acordo com a fase na qual é diagnosticado.

O diagnóstico se faz através do exame das mamas – autoexame –, mamografia, ultrassom, ressonância das mamas e, por fim, a biópsia quando necessário.

Uma pergunta muito frequente que é feita: Qual é a idade que a mulher deve começar a fazer os exames preventivos da mama?

A ocorrência de câncer de mama antes de 40 anos é baixa. Existem poucas mulheres que desenvolvem câncer de mama entre 20 e 40 anos.

Devemos ter uma atenção especial, obviamente, nas mulheres com história familiar positiva para câncer de mama ou câncer de ovário, nas quais a ocorrência de câncer mamário pode ser numa fase mais jovem.

O grande impacto no diagnóstico e redução da mortalidade pelo câncer de mama é a realização de mamografia, associada ou não a ultrassom de mamas, na faixa etária entre 50 e 65 anos, na qual existe um elevado risco do desenvolvimento do câncer de mama.

O tratamento do câncer de mama passa por cirurgia que pode ser desde uma mastectomia total, uma quadrantectomia – ou seja uma ressecção de um quadrante de uma parte da mama – ou até mesmo, atualmente, nodulectomia. Todos vão depender do tamanho do tumor, obviamente, para a melhor escolha do procedimento cirúrgico. Pode ser seguido de quimioterapia, radioterapia ou ainda de tratamento com comprimido anti hormonal, tendo em vista que 75% dos tumores apresentam seu crescimento estimulado pelo hormônio feminino.

Mas as medidas preventivas como não fumar, bebida alcoólica com moderação, dieta equilibrada (entre carne vermelha, peixe, frango, carboidratos, frutas e legumes) e atividade física são todas estratégias de extrema importância para evitar o desenvolvimento do câncer na mama. Enquanto os exames rotineiros permitem o diagnóstico precoce para aumentar a possibilidade de cura.

Agora, no ano de 2020, ano do isolamento social, no entanto ano da conexão virtual, com responsabilidade física, social, psíquica, familiar e econômica, faça essa conexão.

Para mais informações, visite o site do Corp.

Oncologista clínico Dr. José Altino – CRM 73227

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19 de outubro de 2020 by Blog do Corp 0 Comments

A importância do acompanhamento psicológico durante o tratamento da paciente com câncer de mama

Olá, meu nome é Vanessa Lourenção, sou psicóloga do Centro de Oncologia Rio Preto.

Hoje venho, até aqui, conversar um pouquinho com vocês sobre a importância do acompanhamento psicológico durante o tratamento de câncer de mama.

Sabemos que o mês de outubro é o mês de conscientização e prevenção ao câncer de mama.

Esse câncer constitui a principal neoplasia que compromete as mulheres e é uma doença que, muitas vezes, causa muitas limitações. Limitações físicas, emocionais e também geram a interfase em relação ao convívio social, dificultando os relacionamentos interpessoais, devido à queda na qualidade de vida provocada pelo diagnóstico e tratamento.

O câncer de mama atinge o órgão responsável pela simbologia da feminilidade e, com isso, é natural que essas mulheres tenham algumas repercussões negativas em relação a essa doença.

Há a possibilidade de perda desse órgão, mutilação ou a retirada total da mama. Há também a vulnerabilidade provocada pelo fato da doença poder levá-la à morte, caso não tenha um tratamento adequado, em tempo (rápido), após diagnóstico.

Todas essas situações podem gerar um desgaste físico e emocional nessa mulher, gerando sentimentos, depressão, ansiedade, um luto antecipatório por medo da perda da feminilidade e dos seus valores.

Muitas dessas mulheres acabam por não externalizar essas emoções, essas preocupações aos seus familiares. Desta forma, ela acaba sentindo muito o peso do tratamento, desde a investigação desse módulo, quando detectado pelo toque ou pelo exame de rotina.

Essas mulheres já começam a sofrer sintomas de ansiedade, medo, tristeza, preocupação excessiva com a possibilidade de vir o diagnóstico de uma doença maligna. Então, desta forma, o acompanhamento psicológico torna-se fundamental desde o início. Desde o momento em que essa mulher está em investigação e quando ela recebe o diagnóstico.

Antes mesmo de iniciar o tratamento, é o momento ideal para que ela procure ajuda psicológica. É importante para que ela entenda o que está acontecendo, quais são os caminhos que ela tem, as possibilidades de tratamento, o que significa cada etapa, qual será a necessidade dela, o tipo de tumor que a biópsia detectou. Porque a gente sabe que tanto o procedimento cirúrgico – que pode retirar totalmente essa mama – assim como o tratamento quimioterápico, radioterápico e até o hormônio terápico vão gerar sintomas e efeitos colaterais nessa mulher e ela precisa aprender a lidar com todas essas modificações decorrentes deste tratamento.

Então o acompanhamento psicológico irá ajudá-la a entender quem é ela no meio desse novo contexto. Ajudá-la a criar estruturas e enfrentamento positivo perante a doença, a aprender lidar com os sintomas e com todas as questões de preocupações, dúvidas e incertezas. Enfim, vai ajudá-la a trabalhar com esse aspecto emocional, desde o início.

Esse acompanhamento psicológico também se estende aos familiares, que muitas vezes ficam perdidos, não sabem como ajudar, ficam temerosos ou falam demais sobre o assunto de uma forma muito negativa.  Ou não tocam no assunto, podendo gerar um sentimento até de distanciamento da paciente com seus familiares. Na vida conjugal, isso pode gerar um prejuízo, um distanciamento entre o casal. Às vezes, o marido não sabe muito bem como lidar com a situação. Então esse suporte psicológico vai auxiliar essa família em como lidar com essa dor do momento, como criar estruturas cognitivas e estruturas emocionais para ajudar essa mulher a se fortalecer durante essa caminhada.

Se você está passando por esse problema ou conhece alguém que esteja passando por esse problema, oriente para que busque esse acompanhamento psicológico o mais rápido possível.

E para finalizar, venho reforçar – o que a gente sempre acaba orientando, em todo mês de outubro – sobre a importância do autoexame, do toque e dos exames anuais de rotina. Para que vocês, caso detectado o nódulo, corram e façam o tratamento precocemente, pois aumenta muito a chance de cura, quando tratado precocemente.

Obrigada.

Psicóloga Vanessa Cristina Lourenção – CRP 06/84913

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19 de outubro de 2020 by Blog do Corp 0 Comments

Cuidados com a alimentação durante o tratamento de câncer de mama

Estamos no Outubro Rosa, mês de conscientização ao câncer de mama.

Sou Natalia Kodama, nutricionista do Centro de Oncologia Rio Preto e hoje vim falar sobre os cuidados com a alimentação durante o tratamento.

O Câncer de Mama é um dos tipos de câncer que mais acomete as mulheres em nosso país e também o que mais mata. Por isso, sempre enfatizamos a importância da prevenção.

Mas, e quando a paciente está passando pelo tratamento? Quais os cuidados que se deve ter com a alimentação? As orientações alimentares são as mesmas para a população em geral: a adoção de um padrão alimentar saudável baseado no alto consumo de frutas, vegetais, cereais integrais e peixes e baixo consumo de carnes vermelhas, alimentos refinados, processados, doces e com alto teor de gordura saturada podem melhorar o prognóstico geral e a sobrevida de mulheres diagnosticadas com câncer de mama.

Mas, sabemos que tratamentos como quimioterapia e/ou radioterapia causam uma variedade de sintomas que podem comprometer a qualidade de vida do paciente.

Por exemplo: náuseas, baixo apetite, alteração de paladar. Mudanças do paladar em pessoas que estão passando pelo tratamento foram associadas a efeitos adversos na qualidade de vida, morbidade e mortalidade devido a uma associação com ingestão inadequada de energia e nutrientes, perda de peso, desnutrição, adesão reduzida aos regimes de tratamento, redução da imunidade, relações alimentares alteradas.

E é aí que a nutricionista tem um papel super importante. Nós, nutricionistas podemos te ajudar com orientações específicas, apresentar novas preparações e adequar necessidades individuais.
Estudos que investigam intervenções nutricionais durante o tratamento mostraram que o aconselhamento nutricional e a suplementação adequada podem ser úteis em garantir uma ingestão adequada de energia e nutrientes, amenizar efeitos colaterais, bem como no aumento da eficácia terapêutica. Procure um profissional capacitado para te auxiliar.

Além disso, já é sabido que o sobrepeso e a obesidade são fatores de risco para o desenvolvimento do câncer, e na quimioterapia, podem impactar negativamente o prognóstico da doença, assim como na sobrevida geral.

Então, reforço a importância de manter um peso corporal saudável, ser fisicamente ativo, limitar a ingestão de gorduras (em particular, gorduras saturadas ) e seguir uma alimentação saudável, rica em fibras, cereais integrais, frutas e vegetais. Um consumo adequado destes alimentos fornece boas concentrações de antioxidantes naturais, os quais podem promover a prevenção da recidiva e favorecer a saúde pós tratamento do câncer de mama.

Espero ter contribuído com um pouco mais de informação.

Até uma próxima! Obrigada.

Nutricionista Natalia Yano Kodama – CRN3 26429

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14 de outubro de 2020 by Blog do Corp 0 Comments

Tratamento de imunoterapia nos pacientes com câncer

Olá, sou José Altino, médico oncologista do Corp, Centro de Oncologia de Rio Preto.

Hoje, vamos conversar a respeito da imunoterapia.

Esta modalidade de tratamento para o controle do câncer vem sendo investigada há décadas, porém, o seu maior impulsionamento foi a partir do ano de 2010, com a utilização da imunoterapia para o melanoma maligno, um tumor de pele que pode ter uma evolução mais agressiva.

A imunoterapia revolucionou a evolução de vários casos de melanoma e faz parte do processo de autorização e validação da eficácia do tratamento oncológico. Com a utilização do medicamento, em casos inicialmente já com metástase, é possível avaliar a redução tumoral no próprio paciente. No passo seguinte, a utilização desses medicamentos, uma vez que comprovada a sua eficácia, passa a ser um cenário, ou seja, uma situação de pós-operatório, ou seja, uma maneira preventiva para que a doença não tenha uma recorrência.

Atualmente, com a imunoterapia, já estamos utilizando tais medicamentos antecedendo a cirurgia, ou seja, para uma redução tumoral e, assim, uma maior curabilidade mesmo antes do processo cirúrgico.

Em resumo, a imunoterapia começa a ser avaliada em pacientes com uma doença incurável. Na sequência, preventivamente, no cenário pós-cirúrgico, atualmente, se utiliza previamente ao procedimento cirúrgico e, quando este fluxo ocorre desta forma, significa que a eficácia do tratamento é confiável e duradoura.

A imunoterapia é utilizada para diversos tumores, entre eles: cabeça e pescoço, esôfago, estômago, intestino, rins, bexiga, ovário, melanoma, pulmão, mama e alguns outros.

Atualmente, temos disponível, aproximadamente, 10 moléculas, 10 tipos de medicamentos com a função de imunoterapia. Vale ressaltar que todo esse tratamento permite um controle tumoral, aumentando a curabilidade deste câncer, mas às custas de um custo financeiro elevadíssimo e, infelizmente, o sistema público de saúde não torna acessível e universal a imunoterapia para todos os pacientes.

Portanto, não devemos esquecer de medidas preventivas como não fumar, ter uma dieta equilibrada, evitar exposição ao sol de maneira excessiva, fazer exames preventivos de rotina e ter uma orientação familiar dos seus aspectos genéticos. Todas essas abordagens são extremamente importantes dentro de um sistema de saúde como o nosso. Como um exemplo: o custo de tratamento preventivo após uma cirurgia de melanoma pode atingir o valor de, aproximadamente, 300 mil. No entanto, qual seria o custo financeiro de consultas de rotina com dermatologistas, cirurgia de pintas suspeitas precocemente? Assim teríamos um custo financeiro menor sem falar do trauma emocional e menores efeitos colaterais ao longo da vida deste paciente.

Portanto, prevenção é fundamental!

José Altino – CRM 73227

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5 de agosto de 2020 by Blog do Corp 0 Comments

O tratamento de imunoterapia nos pacientes com câncer e as alterações imunológicas decorrentes da infecção do COVID-19

Olá, sou José Altino, médico oncologista do Centro de Oncologia de Rio Preto e hoje vou falar sobre o tratamento de imunoterapia nos pacientes com câncer e as alterações imunológicas decorrentes da infecção do COVID-19.

Atualmente, vários tipos de tumores são tratados com imunoterapia.

Entre eles: melanoma maligno, tumor de pulmão, tumor de rim, tumor de estômago, cabeça e pescoço, fígado, dentre outros. O tratamento de imunoterapia ativa o nosso sistema imunológico para que as nossas células de defesa possam reconhecer as células tumorais e estas células de defesas vão combater as células tumorais, portanto, fazer a ativação do sistema imunológico de uma maneira benéfica e a grande vantagem da imunoterapia é que a redução tumoral, geralmente, apresenta uma durabilidade maior, ou seja, um mecanismo de memória, portanto, é uma durabilidade maior e os efeitos colaterais, geralmente, menores do que uma quimioterapia convencional. Como, por exemplo, queda de cabelo, vômitos, alterações do paladar, não que a imunoterapia não tenha efeito colateral, mas comparado com quimioterapia convencional são extremamente menores as complicações.

Vou passar um vídeo mostrando o mecanismo de ação da imunoterapia:

Atualmente, a imunoterapia representa uma revolução do tratamento do câncer.

Ela é uma opção de tratamento que induz o combate das células cancerígenas pelo sistema imunológico do próprio organismo. Nosso organismo é capaz de reconhecer o tumor como um corpo estranho desde a sua origem só que, com passar do tempo, esse tumor passa a se disfarçar para o nosso sistema imunológico aproveitando para se desenvolver.

A imunoterapia busca reativar essa resposta imunológica contra o agente agressor. Por meio do bloqueio dos fatores que inibem o sistema imunológico, as medicações provocam o aumento da resposta imune estimulando a atuação dos linfáticos e procurando fazer com que eles passem a reconhecer o tumor como um corpo estranho, atacando-o.

Neste vídeo, as células de defesa, conhecidas como linfócitos, são ativadas para combater as células tumorais, como já foi dito. Em contrapartida, já na infecção pelo Coronavírus, há, também, uma estimulação do sistema imunológico para a produção de citocinas, que são glicoproteínas, ou seja, substâncias que podem apresentar uma ação pró-inflamatória ou uma ação inibitória da inflamação.

Então, essa citocina pode ter um efeito estimulador ou inibidor da inflamação. Assim, começamos a entender porque algumas pessoas apresentam uma evolução do COVID-19  praticamente assintomática, provavelmente, por um predomínio da liberação de citocinas anti-inflamatórias, ou seja, inibitórias e outras pessoas apresentam a liberação de citocinas com estímulo para a inflamação e portanto apresentar um quadro de inflamação grave, principalmente, no pulmão sendo necessária a internação na UTI para um suporte médico mais avançado. Porém, não sabemos como vai ser a nossa reação, ou seja, do nosso organismo perante a infecção do COVID-19. Pode haver um predomínio das citocinas inflamatórias estimulando o sistema inflamatório de uma maneira significante ou, então, o predomínio de citocinas inibitórias. Para isso, vou mostrar um vídeo para maior entendimento.

O que são citocinas? Resumindo de grosso modo, são pequenas proteínas que estão liberadas por diversas células do nosso organismo, sendo que essa liberação só ocorre por meio de uma resposta de algum estímulo celular externo, ou seja, é necessário ter acontecido alguma coisa para que a liberação seja feita. Elas são proteínas de comunicação celular que afetam o comportamento das células provocando alguma ação. Podem não ser a produção de moléculas biologicamente ativas ou outras citocinas. As citocinas estão diretamente relacionadas ao processo de inflamação podendo ser pró-inflamatórios ou regulando negativamente a inflamação. Elas têm o poder de fazer regulações imunológicas e mudar perfis de ações celulares promovendo imunomodulação dependendo da situação. Muitas das células do sistema imune participam da tempestade de citocinas, mas temos que dar destaque aos macrófagos, aos neutrófilos, às células dendríticas e, também, aos linfócitos NK, porque elas têm papéis importantíssimos na construção da tempestade de citocinas.

Está vendo esse Th’s? Esses são perfis de citocinas. São configurações que as células do nosso sistema imune seguem. Provocam ações específicas e facilitam o trabalho do sistema todo para que o organismo consiga retornar à homeostase de uma forma mais eficaz e voltar ao estágio original de como nosso organismo estava. Cada citocina se enquadra em um perfil ou vários ao mesmo tempo, dependendo da sua função.

No vídeo, podemos observar que, realmente, existem citocinas como Th2, Th9 que se relacionam com a defesa do nosso organismo contra, inclusive, os helmintos.

O que são helmintos? São os vermes.

Por isso, que existe um fundo de verdade, uma premissa científica que a Ivermectina possa trazer benefício no controle do COVID-19 porque pode realmente modular o sistema e a liberação de citocinas.

Em resumo, o sistema imunológico do nosso organismo é extremamente importante com uma capacidade de nos salvar. Porém, também, com uma capacidade de nos causar complicações graves com risco de morte. Não temos o controle absoluto do nosso sistema imunológico e, portanto, não tem como prever como vai ser a liberação dessas citocinas perante o COVID-19. Então, sendo assim, não existindo uma maneira de predizer qual é o predomínio das citocinas, o que devemos fazer é evitar aglomeração social, manter o máximo de higiene das mãos com água e sabão ou álcool em gel e a utilização de máscaras. Tudo isso é fundamental para prevenção do COVID-19.

Esse vídeo mostra muito bem que o nosso sistema imunológico pode agir controlando câncer, controlando diversas infecções, mas, também pode exacerbar complicações inflamatórias importantes.

José Altino – CRM 73227

Vídeos: Grupo Oncoclínicas e canal do Youtube Immunity Factory

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