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Category: Câncer

19 de outubro de 2020 by Blog do Corp 0 Comments

Cuidados com a alimentação durante o tratamento de câncer de mama

Estamos no Outubro Rosa, mês de conscientização ao câncer de mama.

Sou Natalia Kodama, nutricionista do Centro de Oncologia Rio Preto e hoje vim falar sobre os cuidados com a alimentação durante o tratamento.

O Câncer de Mama é um dos tipos de câncer que mais acomete as mulheres em nosso país e também o que mais mata. Por isso, sempre enfatizamos a importância da prevenção.

Mas, e quando a paciente está passando pelo tratamento? Quais os cuidados que se deve ter com a alimentação? As orientações alimentares são as mesmas para a população em geral: a adoção de um padrão alimentar saudável baseado no alto consumo de frutas, vegetais, cereais integrais e peixes e baixo consumo de carnes vermelhas, alimentos refinados, processados, doces e com alto teor de gordura saturada podem melhorar o prognóstico geral e a sobrevida de mulheres diagnosticadas com câncer de mama.

Mas, sabemos que tratamentos como quimioterapia e/ou radioterapia causam uma variedade de sintomas que podem comprometer a qualidade de vida do paciente.

Por exemplo: náuseas, baixo apetite, alteração de paladar. Mudanças do paladar em pessoas que estão passando pelo tratamento foram associadas a efeitos adversos na qualidade de vida, morbidade e mortalidade devido a uma associação com ingestão inadequada de energia e nutrientes, perda de peso, desnutrição, adesão reduzida aos regimes de tratamento, redução da imunidade, relações alimentares alteradas.

E é aí que a nutricionista tem um papel super importante. Nós, nutricionistas podemos te ajudar com orientações específicas, apresentar novas preparações e adequar necessidades individuais.
Estudos que investigam intervenções nutricionais durante o tratamento mostraram que o aconselhamento nutricional e a suplementação adequada podem ser úteis em garantir uma ingestão adequada de energia e nutrientes, amenizar efeitos colaterais, bem como no aumento da eficácia terapêutica. Procure um profissional capacitado para te auxiliar.

Além disso, já é sabido que o sobrepeso e a obesidade são fatores de risco para o desenvolvimento do câncer, e na quimioterapia, podem impactar negativamente o prognóstico da doença, assim como na sobrevida geral.

Então, reforço a importância de manter um peso corporal saudável, ser fisicamente ativo, limitar a ingestão de gorduras (em particular, gorduras saturadas ) e seguir uma alimentação saudável, rica em fibras, cereais integrais, frutas e vegetais. Um consumo adequado destes alimentos fornece boas concentrações de antioxidantes naturais, os quais podem promover a prevenção da recidiva e favorecer a saúde pós tratamento do câncer de mama.

Espero ter contribuído com um pouco mais de informação.

Até uma próxima! Obrigada.

Nutricionista Natalia Yano Kodama – CRN3 26429

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14 de outubro de 2020 by Blog do Corp 0 Comments

Tratamento de imunoterapia nos pacientes com câncer

Olá, sou José Altino, médico oncologista do Corp, Centro de Oncologia de Rio Preto.

Hoje, vamos conversar a respeito da imunoterapia.

Esta modalidade de tratamento para o controle do câncer vem sendo investigada há décadas, porém, o seu maior impulsionamento foi a partir do ano de 2010, com a utilização da imunoterapia para o melanoma maligno, um tumor de pele que pode ter uma evolução mais agressiva.

A imunoterapia revolucionou a evolução de vários casos de melanoma e faz parte do processo de autorização e validação da eficácia do tratamento oncológico. Com a utilização do medicamento, em casos inicialmente já com metástase, é possível avaliar a redução tumoral no próprio paciente. No passo seguinte, a utilização desses medicamentos, uma vez que comprovada a sua eficácia, passa a ser um cenário, ou seja, uma situação de pós-operatório, ou seja, uma maneira preventiva para que a doença não tenha uma recorrência.

Atualmente, com a imunoterapia, já estamos utilizando tais medicamentos antecedendo a cirurgia, ou seja, para uma redução tumoral e, assim, uma maior curabilidade mesmo antes do processo cirúrgico.

Em resumo, a imunoterapia começa a ser avaliada em pacientes com uma doença incurável. Na sequência, preventivamente, no cenário pós-cirúrgico, atualmente, se utiliza previamente ao procedimento cirúrgico e, quando este fluxo ocorre desta forma, significa que a eficácia do tratamento é confiável e duradoura.

A imunoterapia é utilizada para diversos tumores, entre eles: cabeça e pescoço, esôfago, estômago, intestino, rins, bexiga, ovário, melanoma, pulmão, mama e alguns outros.

Atualmente, temos disponível, aproximadamente, 10 moléculas, 10 tipos de medicamentos com a função de imunoterapia. Vale ressaltar que todo esse tratamento permite um controle tumoral, aumentando a curabilidade deste câncer, mas às custas de um custo financeiro elevadíssimo e, infelizmente, o sistema público de saúde não torna acessível e universal a imunoterapia para todos os pacientes.

Portanto, não devemos esquecer de medidas preventivas como não fumar, ter uma dieta equilibrada, evitar exposição ao sol de maneira excessiva, fazer exames preventivos de rotina e ter uma orientação familiar dos seus aspectos genéticos. Todas essas abordagens são extremamente importantes dentro de um sistema de saúde como o nosso. Como um exemplo: o custo de tratamento preventivo após uma cirurgia de melanoma pode atingir o valor de, aproximadamente, 300 mil. No entanto, qual seria o custo financeiro de consultas de rotina com dermatologistas, cirurgia de pintas suspeitas precocemente? Assim teríamos um custo financeiro menor sem falar do trauma emocional e menores efeitos colaterais ao longo da vida deste paciente.

Portanto, prevenção é fundamental!

José Altino – CRM 73227

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5 de agosto de 2020 by Blog do Corp 0 Comments

O tratamento de imunoterapia nos pacientes com câncer e as alterações imunológicas decorrentes da infecção do COVID-19

Olá, sou José Altino, médico oncologista do Centro de Oncologia de Rio Preto e hoje vou falar sobre o tratamento de imunoterapia nos pacientes com câncer e as alterações imunológicas decorrentes da infecção do COVID-19.

Atualmente, vários tipos de tumores são tratados com imunoterapia.

Entre eles: melanoma maligno, tumor de pulmão, tumor de rim, tumor de estômago, cabeça e pescoço, fígado, dentre outros. O tratamento de imunoterapia ativa o nosso sistema imunológico para que as nossas células de defesa possam reconhecer as células tumorais e estas células de defesas vão combater as células tumorais, portanto, fazer a ativação do sistema imunológico de uma maneira benéfica e a grande vantagem da imunoterapia é que a redução tumoral, geralmente, apresenta uma durabilidade maior, ou seja, um mecanismo de memória, portanto, é uma durabilidade maior e os efeitos colaterais, geralmente, menores do que uma quimioterapia convencional. Como, por exemplo, queda de cabelo, vômitos, alterações do paladar, não que a imunoterapia não tenha efeito colateral, mas comparado com quimioterapia convencional são extremamente menores as complicações.

Vou passar um vídeo mostrando o mecanismo de ação da imunoterapia:

Atualmente, a imunoterapia representa uma revolução do tratamento do câncer.

Ela é uma opção de tratamento que induz o combate das células cancerígenas pelo sistema imunológico do próprio organismo. Nosso organismo é capaz de reconhecer o tumor como um corpo estranho desde a sua origem só que, com passar do tempo, esse tumor passa a se disfarçar para o nosso sistema imunológico aproveitando para se desenvolver.

A imunoterapia busca reativar essa resposta imunológica contra o agente agressor. Por meio do bloqueio dos fatores que inibem o sistema imunológico, as medicações provocam o aumento da resposta imune estimulando a atuação dos linfáticos e procurando fazer com que eles passem a reconhecer o tumor como um corpo estranho, atacando-o.

Neste vídeo, as células de defesa, conhecidas como linfócitos, são ativadas para combater as células tumorais, como já foi dito. Em contrapartida, já na infecção pelo Coronavírus, há, também, uma estimulação do sistema imunológico para a produção de citocinas, que são glicoproteínas, ou seja, substâncias que podem apresentar uma ação pró-inflamatória ou uma ação inibitória da inflamação.

Então, essa citocina pode ter um efeito estimulador ou inibidor da inflamação. Assim, começamos a entender porque algumas pessoas apresentam uma evolução do COVID-19  praticamente assintomática, provavelmente, por um predomínio da liberação de citocinas anti-inflamatórias, ou seja, inibitórias e outras pessoas apresentam a liberação de citocinas com estímulo para a inflamação e portanto apresentar um quadro de inflamação grave, principalmente, no pulmão sendo necessária a internação na UTI para um suporte médico mais avançado. Porém, não sabemos como vai ser a nossa reação, ou seja, do nosso organismo perante a infecção do COVID-19. Pode haver um predomínio das citocinas inflamatórias estimulando o sistema inflamatório de uma maneira significante ou, então, o predomínio de citocinas inibitórias. Para isso, vou mostrar um vídeo para maior entendimento.

O que são citocinas? Resumindo de grosso modo, são pequenas proteínas que estão liberadas por diversas células do nosso organismo, sendo que essa liberação só ocorre por meio de uma resposta de algum estímulo celular externo, ou seja, é necessário ter acontecido alguma coisa para que a liberação seja feita. Elas são proteínas de comunicação celular que afetam o comportamento das células provocando alguma ação. Podem não ser a produção de moléculas biologicamente ativas ou outras citocinas. As citocinas estão diretamente relacionadas ao processo de inflamação podendo ser pró-inflamatórios ou regulando negativamente a inflamação. Elas têm o poder de fazer regulações imunológicas e mudar perfis de ações celulares promovendo imunomodulação dependendo da situação. Muitas das células do sistema imune participam da tempestade de citocinas, mas temos que dar destaque aos macrófagos, aos neutrófilos, às células dendríticas e, também, aos linfócitos NK, porque elas têm papéis importantíssimos na construção da tempestade de citocinas.

Está vendo esse Th’s? Esses são perfis de citocinas. São configurações que as células do nosso sistema imune seguem. Provocam ações específicas e facilitam o trabalho do sistema todo para que o organismo consiga retornar à homeostase de uma forma mais eficaz e voltar ao estágio original de como nosso organismo estava. Cada citocina se enquadra em um perfil ou vários ao mesmo tempo, dependendo da sua função.

No vídeo, podemos observar que, realmente, existem citocinas como Th2, Th9 que se relacionam com a defesa do nosso organismo contra, inclusive, os helmintos.

O que são helmintos? São os vermes.

Por isso, que existe um fundo de verdade, uma premissa científica que a Ivermectina possa trazer benefício no controle do COVID-19 porque pode realmente modular o sistema e a liberação de citocinas.

Em resumo, o sistema imunológico do nosso organismo é extremamente importante com uma capacidade de nos salvar. Porém, também, com uma capacidade de nos causar complicações graves com risco de morte. Não temos o controle absoluto do nosso sistema imunológico e, portanto, não tem como prever como vai ser a liberação dessas citocinas perante o COVID-19. Então, sendo assim, não existindo uma maneira de predizer qual é o predomínio das citocinas, o que devemos fazer é evitar aglomeração social, manter o máximo de higiene das mãos com água e sabão ou álcool em gel e a utilização de máscaras. Tudo isso é fundamental para prevenção do COVID-19.

Esse vídeo mostra muito bem que o nosso sistema imunológico pode agir controlando câncer, controlando diversas infecções, mas, também pode exacerbar complicações inflamatórias importantes.

José Altino – CRM 73227

Vídeos: Grupo Oncoclínicas e canal do Youtube Immunity Factory

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30 de julho de 2020 by Blog do Corp 0 Comments

Drogas orais em oncologia clínica

Olá, pessoal! Tudo bem? Eu sou a Dra. Valeska do Carmo, sou oncologista clínica no Centro de Oncologia de Rio Preto e estou gravando esse vídeo hoje para a gente falar um pouquinho sobre drogas orais em oncologia clínica.

Algumas pessoas já devem estar se perguntando: Por que drogas orais e não quimioterapia oral? Primeiro, porque nem tudo que disponibilizamos na forma oral em oncologia clínica, ou seja, no tratamento do câncer, são quimioterápicos.

Nós temos, basicamente, 3 classes de drogas orais:

Nós temos aquelas que são chamadas de drogas alvos moleculares onde, através de uma avaliação mais minuciosa além do anatomopatológico, conseguimos detectar algumas moléculas onde já temos medicamentos que atuam bloqueando essas moléculas presentes em algumas células tumorais e alguns determinados tipos de câncer. Isso é muito comum no câncer de pulmão, por exemplo.

Temos também os quimioterápicos orais propriamente ditos que são quimioterápicos que funcionam na multiplicação celular, ou seja, quando a célula está se multiplicando, ele tem a sua ação assim como as drogas endovenosas.

Temos os bloqueios hormonais onde em determinadas patologias, principalmente no câncer de mama, visualizamos através da imuno-histoquímica que existe a presença de receptores hormonais, receptores de estrogênio ou progesterona onde a gente tem medicamentos que vão bloquear essa via de estímulo de crescimento na célula tumoral.

Então, infelizmente, apesar de estarmos vivendo esse momento de pandemia de COVID onde muitas pessoas gostariam de estar fazendo tratamento oral para evitar estar saindo de casa e se submetendo a um tratamento endovenoso e nós priorizamos isso, mas, infelizmente, nem todo mundo consegue ter esse benefício.

A melhor pessoa para estar conversando com você e estar orientando com relação a essa possibilidade e disponibilidade é o seu médico oncologista clínico. Portanto, em qualquer dúvida que tenha, você deve procurar o seu médico com quem faz o tratamento do câncer que ele, com certeza, vai conseguir orientar e te explicar todas as possibilidades de substituição de protocolo.

Bem, o vídeo hoje era curtinho. Temos alguns vídeos explicativos nas redes sociais.

Qualquer dúvida, estamos à disposição.

É só nos acessar. Siga-nos nas redes sociais.

Dra. Valeska C. do Carmo – CRM 110459

30 de julho de 2020 by Blog do Corp 0 Comments

Mitos e Verdades sobre a alimentação e imunidade na pandemia do Coronavírus

Olá, sou Natalia Kodama, Nutricionista do Centro de Oncologia de Rio Preto e hoje vim falar sobre mitos e verdades sobre a alimentação e a imunidade, nesse período em que estamos vivendo.

A preocupação com a imunidade está mais em alta do que nunca e com isso muitas receitas ou muitos alimentos milagrosos aparecem como solução. Ainda não temos evidências substanciais de quais alimentos ou nutrientes possam atuar prevenindo ou tratando o COVID-19, por se tratar de um vírus novo.
O que sabemos é que uma alimentação rica em micronutrientes e compostos bioativos possui forte atividade na prevenção de doenças e quando consumidos regularmente, podem condicionar um sistema imunológico mais eficiente.

Então alimentos como alho, que possui alicina; laranja, que possui naringenina; gengibre, que possui shogaol e gingerol; açafrão da terra que possui curcumina; brócolis e couve, que possuem suforafanos. São alimentos que possuem compostos bioativos que podem sim contribuir com a sua imunidade. Assim como a Vitamina C, presente nas laranjas, limões, acerola, goiaba; a Vitamina D, presente na gema do ovo, no leite, ativados pelo sol; o Selênio da castanha do Brasil; o zinco das sementes e castanhas. Fora o complexo B e as fibras presentes em uma série de vegetais e frutas.

A alimentação saudável depende de uma diversidade alimentar e não de super alimentos isolados e deve ser adequada individualmente.
Além disso, não só com a alimentação, mas uma boa imunidade é construída com hidratação adequada, qualidade de sono, atividade física e modulação de estresse.

Por fim, queria reforçar que é importante ter a consciência de que tais hábitos não nos tiram a responsabilidade de adotar medidas preventivas e recomendadas.

Espero ter contribuído com um pouquinho mais de informação e até uma próxima!

Nutricionista Natália Yano Kodama – CRN3 26429

14 de julho de 2020 by Blog do Corp 0 Comments

Quais hábitos podem ser incluídos na rotina que são considerados como auxílio na prevenção do câncer?

PRIMEIRO: NÃO FUMAR!

O fumo libera substâncias tóxicas e cancerígenas que são inaladas por fumantes e não fumantes. Poluem o ambiente e são fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão, cavidade oral, laringe, faringe e esôfago.

SEGUNDO: EVITAR CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS

O álcool é importante fator de risco no desenvolvimento de cânceres de estômago, esôfago e de cabeça e pescoço.

TERCEIRO: OPTAR POR UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

A alimentação deve ser variada, equilibrada, saborosa, respeitar a cultura e proporcionar prazer e saúde. Frutas, legumes, verduras, cereais integrais e feijões são os principais alimentos protetores que podem prevenir contra vários tipos de câncer como gastrointestinais, colorretal e ginecológicos.

QUARTO: MANTENHA O PESO CORPORAL

Estar acima do peso aumenta as chances de desenvolver câncer. Por isso, é importante controlar o peso por meio de uma boa alimentação e exercícios físicos.

QUINTO: PRATIQUE ATIVIDADES FÍSICAS DIARIAMENTE

Atividades físicas como caminhar, dançar, trocar o elevador pelas escadas, levar o cachorro para passear, cuidar da casa ou do jardim, natação, hidroginástica, entre outros exercícios são importantes. Devemos realizar pelo menos 40 minutos de atividade física no mínimo três vezes por semana.

SEXTO: AMAMENTE SEUS FILHOS

O aleitamento materno é alimentação saudável. A amamentação exclusiva até os seis meses de vida protege as mães contra o câncer de mama e as crianças contra a obesidade infantil. A partir de então, deve-se complementar a amamentação com outros alimentos saudáveis até os dois anos ou mais.

SÉTIMO: MULHERES DEVEM FAZER EXAME PAPANICOLAU

A mulher deve começar a fazer o preventivo a partir dos 21 anos. Ela não precisa ser sexualmente ativa antes do exame, pois o mesmo pode ser realizado em mulheres virgens por ginecologistas. O “preventivo” é o exame que detecta o câncer do colo do útero. Os dois primeiros exames devem ser anuais e, se tiverem normais, deve ser repetido após 3 anos. O exame precisa ser feito todo ano apenas nas mulheres portadoras do vírus HIV ou imunodeprimidas.

O exame preventivo pode ser feito gratuitamente nas Unidades de Saúde da Família (USF) e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

OITAVO: REALIZAR VACINAÇÃO CONTRA O HPV

O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, desde 2014, a vacina contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos. A vacinação e o exame preventivo (Papanicolau) se complementam como ações de prevenção do câncer do colo do útero. Mesmo as mulheres vacinadas, quando chegarem aos 25 anos, deverão fazer um exame preventivo pois a vacina não protege contra todos os subtipos do HPV.

Em 2017, as meninas de 14 anos também foram incluídas. Além disso, o esquema vacinal do SUS foi ampliado para meninos de 11 a 14 anos para prevenção de câncer de pênis.

NONO: EVITE EXPOSIÇÃO AO SOL ENTRE 10H E 16H

Use sempre proteção adequada, como protetor solar, chapéus e até roupas uvline. Tais medidas previnem o câncer de pele.

Andreia Cristina de Paula, Cuidados Paliativos – CRM 108378

28 de junho de 2020 by Blog do Corp 0 Comments

Você está em dia com seus exames preventivos para o rastreamento de câncer neste período de surto do COVID-19?

Olá. Sou José Altino, médico oncologista do CORPCentro de Oncologia de Rio Preto.

Hoje, vou falar sobre a importância dos exames de rastreamento, ou seja, exames preventivos de check-up durante este período da pandemia do COVID-19.

Devemos traçar uma linha do tempo: se essa pergunta me fosse feita na primeira quinzena do mês de março, minha resposta seria “Vamos aguardar o término da pandemia”.

Porém, já estamos no final do mês 6, mês de junho e ainda não temos uma previsão concreta do término da pandemia do COVID-19 e obviamente não podemos ficar aguardando para fazer os nossos exames preventivos sem essa previsão.

E também não podemos nos basear nos sintomas ou seja tosse, enjoo, vômitos, sangramento intestinal ou sangramento vaginal ou mesmo alteração no exame físico das mamas para, então realizar os exames, pois sabemos que vários tumores são totalmente silenciosos e quando se manifestam já se manifestam em fase avançada da doença e com menor índice de curabilidade.

Baseado nisso, fazemos duas reflexões, ou seja: como ficará o cenário no Brasil ou em qualquer outro país para a realização de exames de check-up como colonoscopia, endoscopia, ultrassom, mamografia ao término da pandemia do COVID-19?

Sabemos que teremos dificuldade no agendamento, sendo assim, boa prática é o agendamento desses exames com maneira distanciada para evitar aglomeração, utilização de máscaras de proteção, higienização das mãos rigorosamente são extremamente indicados e deve-se realizar prioritariamente os exames preventivos que indivíduos com história familiar positiva, indivíduos com hábito de vida que aumentam o risco de câncer entre eles: tabagismo, sedentarismo, obesidade e outros. Pessoas que já apresentam alguns sintomas como sangramento vaginal, sangramento intestinal, tosse persistente ou dor sem uma causa óbvia e pessoas com baixo risco de complicação do COVID-19. E quais são essas pessoas? São pessoas abaixo de 60 anos, pessoas sem diabetes, sem cardiopatia, ou seja, pessoas relativamente saudáveis.

Esta opinião não é uma opinião pessoal, pois já existe um estudo que comparou o número de casos novos de câncer no primeiro semestre do ano de 2019 comparado com o número de casos novos do primeiro semestre do ano de 2020 e foi identificado uma subnotificação de casos novos de câncer. Portanto, esses casos continuam existindo, porém, não estão sendo feitos os diagnósticos.

Dr. José Altino – CRM 73227

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25 de junho de 2020 by Blog do Corp 0 Comments

Diferenças entre câncer genético, familial e esporádico.

Olá!
Eu sou José Altino, médico oncologista do CORP – Centro de Oncologia Rio Preto.
Hoje, vamos conversar sobre a diferença entre câncer genético, familial e esporádico.

O câncer esporádico é aquele que ocorre em pessoas sem uma história familiar, podendo ter ou não relação com os fatores de risco. Um bom exemplo, é o câncer de pulmão que pode ocorrer em pessoas sem nenhuma história familiar e relacionado com o hábito do fumo.

O câncer genético é aquele que ocorre em pessoas, geralmente, com uma história familiar positiva e muito mais frequentemente os tumores relacionados são de mama, ovário e intestino, numa ordem de, aproximadamente, 20 a 25, 30% dos casos. O médico deverá colher uma história familiar do paciente discriminando quais foram os parentes, a relação deste paciente e seus familiares e quais os tipos de tumores que ocorreram na família bem como a idade na qual foi feito o diagnóstico. Isso é conhecido como história familiar, também tecnicamente conhecido como Eridograma.
Baseado no Eridograma, o geneticista vai solicitar um exame que é o teste genético para uma análise detalhada do DNA do paciente em busca de uma mutação genética. Nesse caso, se estabelece que o paciente tenha ou não um câncer genético. Um bom exemplo são aqueles casos em que se tem uma história familiar com vários casos de câncer de mama e de ovário entre mãe, irmã, tias e avós e se define qual a idade na qual começou o câncer do ente querido mais novo.
Por exemplo, se o parente teve câncer de mama aos 45 anos. Então, devemos fazer o rastreamento desta família 10 anos antes do caso mais jovem que ocorreu. Então, no caso de 45 anos, o familiar aos 35 anos começa a ter a necessidade de fazer um rastreamento familiar baseado nessa presença ou não do teste genético positivo.

E qual que é a diferença do câncer genético e o câncer familial?
É exatamente o fato de ter ou não a confirmação do teste genético positivo, pois pode acontecer casos de pessoas que tenham história familiar com vários membros acometidos, como mama, ovário, rim, fígado e outros casos, no entanto, o teste genético não vem positivo, ou seja, talvez o teste genético não tenha sido capaz de fazer a detecção da mutação genética desta família, portanto, uma limitação técnica do sequenciamento do DNA, ou seja, do código da herança familiar daquela pessoa. Ou quando ocorre mutações ainda desconhecidas do ponto de vista médico, pois apesar de existir grandes avanços nessa questão do sequenciamento genético, os geneticistas, cientistas e médicos ainda não têm um conhecimento de todas as patologias envolvidas.
Então, a diferença entre genético e familial é justamente a presença ou ausência de uma comprovação do teste genético, mas ambos os casos têm uma história familiar positiva de diversos tumores e de várias gerações envolvidas.

José Altino – CRM 73227

21 de junho de 2020 by Blog do Corp 0 Comments

Protocolo de tratamento em época de COVID-19

Olá! Sou José Altino ( CRM 73227 ), médico oncologista do Corp, Centro de Oncologia de Rio Preto.

Nossa conversa hoje será sobre pontos cruciais no tratamento dos pacientes oncológicos nesta época de surto do COVID-19.

Inicialmente, o que mudou no tratamento?

Devemos separar tratamento oncológico em cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia ou tratamento alvo-molecular.

As cirurgias, de uma maneira geral, deverão ser postergadas atualmente pois os serviços hospitalares já estão sobrecarregados com falta de medicamentos, falta de leito de UTI e até mesmo por conta do risco maior de infecção neste período de surto do COVID-19.

Já a quimioterapia citotóxica, ou seja, a quimioterapia convencional apresenta como efeito colateral principal a queda da imunidade. Ou seja, a diminuição da resistência para diversas infecções, entre elas, o COVID-19. Se a quimioterapia é fundamental para o controle tumoral ou mesmo com a intenção curativa, deverá ser mantida pois é uma maneira de postergar intervenções cirúrgicas e com isso é mais seguro manter a quimioterapia convencional do que seguir num procedimento cirúrgico.

O fato é que existe, no momento, algumas estratégias, como: o uso de fator de crescimento de colônias; medicamento este que estimula a produção da defesa orgânica do paciente minimizando o risco de infecção e ainda suplementos alimentares específicos que acabam por estimular a defesa orgânica do paciente e diminuindo o risco de infecção.

O médico oncologista, sempre que possível, deverá fazer a opção por medicamento via oral para evitar o deslocamento do paciente da sua residência para o hospital ou centro infusional, centro de quimioterapia.

Com o tratamento via oral ou o tratamento hormonal pode também permitir um bom controle tumoral para alguns tipos de tumores. O melhor exemplo entre eles é o tumor de mama e de útero que apresentam dados científicos de segurança e eficácia neste tipo de abordagem. Neste momento, na conversa cabem algumas ressalvas. Como citei, devemos ter estudos científicos que evidenciam segurança e eficácia para o tipo de tumor em tratamento e não esquecer a compreensão e adesão do paciente ao tratamento via oral, pois, infelizmente, ainda existem pacientes que menosprezam a importância do comprimido na sua vida.

Não podemos deixar de falar ainda do acesso ao medicamento via oral, pois existem medicamentos oncológicos com aprovação de bula, registro na ANVISA, que o Órgão Regulamentador do tratamento dentro do Brasil. No entanto, ainda este medicamento em via oral deverá estar dentro do hall da ANS, lista de medicamentos autorizados e liberados pelos convênios e caso o medicamento seja fornecido pelo SUS – Sistema Único de Saúde, temos a preocupação com a ingesta do medicamento no horário certo e a manutenção do fornecimento deste medicamento via oral. Portanto, o tratamento via oral não é para todos os tipos de tumores e nem para todos os pacientes.

Em resumo, sendo possível o tratamento via oral, melhor. E sempre prolongando o tratamento hormonal quimioterápico, imunoterápico e mesmo tratamento molecular para adiarmos os procedimentos cirúrgicos. Restringir, ainda, os possíveis exames radiológicos endoscópicos nos pacientes em tratamento oncológicos para minimizar a exposição ao COVID-19.

12 de junho de 2020 by Blog do Corp 0 Comments

Relação do cônjuge com o paciente em tratamento oncológico.

Olá!
Hoje, dia doze de junho, dia dos namorados, eu vim aqui conversar um pouquinho com vocês sobre a relação do cônjuge com o paciente no tratamento oncológico.
Meu nome é Vanessa Lourenção. Sou psicóloga do Centro de Oncologia Rio Preto.

Todos os membros da família ficam afetados emocionalmente quando um ente querido adoece.
E quando a gente pensa num relacionamento entre marido e mulher ou entre namorados, muitas coisas acabam sendo afetadas pelo tratamento: a questão da intimidade, por exemplo, pois ela fica comprometida. E daí, qual que é a importância desse casal entender as transformações decorrentes do adoecer?
É importante que nesse período de tratamento, tanto o paciente quanto o seu parceiro ou parceira, que eles tenham uma conversa sobre o que está acontecendo.
O quanto os papéis serão invertidos ou não devido ao tratamento oncológico, o quanto que eles podem se ajudar nesse processo do tratamento, alguns fatores acabam tendo peso nesse processo de adoecer. Para aqueles que são casados: o tempo de casamento é um fator relevante para o amadurecimento do casal, a presença de filhos, se os filhos ainda moram com eles ou se esses filhos já foram construir sua família…
Então, dependendo da etapa, da fase de vida, do ciclo do casamento eles acabam tendo alguns prejuízos da intimidade e a doença pode ser mais um fator que gera um distanciamento.

A gente ouve falar muito sobre casais que acabam se separando durante o tratamento e acaba
entrando em um julgamento sobre o cônjuge, por ter sido parceiro ou não mas a gente também não pode esquecer que existia um relacionamento antes da doença. E como eles conviviam com esse casamento, quais eram os acordos de fidelidade, de amizade e de companheirismo entre eles então tudo isso acaba ficando mais evidente no processo do tratamento.
Então é importante que a gente entenda como esse casal funciona, quais são os contratos entre eles em relação a manutenção desse relacionamento e que a gente acabe reforçando a importância do apoio mútuo em relação ao tratamento e até em relação às tarefas domésticas, em relação às finanças, em relação ao cuidado dos filhos ou netos e também nos cuidados práticos de tratamento.

Também é importante a gente evidenciar a questão da intimidade, da sexualidade do casal. A gente sabe que muitos casais acabam não tocando nesse assunto por medo e preocupação de gerar um distanciamento ainda maior, porque dependendo do tipo de câncer que está sendo tratado a questão da intimidade pode ficar diretamente prejudicada e aí é importante trabalhar esse resgate do desejo sexual, que vai muito além do ato sexual. Tem a questão do afeto, do toque, do carinho. Tudo isso tem que ser evidenciado durante o tratamento pois sentir que o seu cônjuge, o seu parceiro está ali junto, independente da intimidade, isso fortalece o paciente para que ele continue a caminhada e termine seu tratamento de uma forma bem sucedida e tranquila.

Para a mulher, a queda do cabelo, no caso do câncer de mama que tem uma mutilação por ter que retirar a mama, no homem a questão do câncer de próstata que mexe diretamente com a sexualidade são fatores que acabam deixando o casal muito inseguro então é importante que eles conversem bastante sobre isso, estabeleçam novos acordos e se apoiem!

E por último a questão da comunicação também é muito importante que esse casal tenha uma boa comunicação. É natural e acontece bastante o cerco de silêncio no período do tratamento. O cônjuge ou os filhos não querem conversar sobre o grau da doença, a evolução, o prognóstico. Sobre o quanto que isso tem afetado a vida deles, sobre o risco de vida ou não que esse paciente corre e até algumas decisões importantes para família que devem ser tomadas junto com o paciente então é importante que a comunicação entre o casal e na família seja bem trabalhada, bem presente para que os acordos sejam feitos e que eles se sintam seguros independente do que poderá acontecer porque isso envolve prognóstico, envolve tipo de tratamento. Mas a comunicação deve estar presente e bem estabelecida desde o início e até o término do tratamento ou fim de vida do paciente.

Vanessa Cristina Lourenção – Psicóloga – CRP 06/84913