Olá, pessoal! Tudo bem? Eu sou a Dra. Valeska do Carmo, sou oncologista clínica no Centro de Oncologia de Rio Preto e estou gravando esse vídeo hoje para a gente falar um pouquinho sobre drogas orais em oncologia clínica.
Algumas pessoas já devem estar se perguntando: Por que drogas orais e não quimioterapia oral? Primeiro, porque nem tudo que disponibilizamos na forma oral em oncologia clínica, ou seja, no tratamento do câncer, são quimioterápicos.
Nós temos, basicamente,
3 classes de drogas orais:
Nós temos aquelas que são chamadas de drogas alvos moleculares onde, através de uma avaliação mais minuciosa além do anatomopatológico, conseguimos detectar algumas moléculas onde já temos medicamentos que atuam bloqueando essas moléculas presentes em algumas células tumorais e alguns determinados tipos de câncer. Isso é muito comum no câncer de pulmão, por exemplo.
Temos também
os quimioterápicos orais propriamente ditos que são quimioterápicos que
funcionam na multiplicação celular, ou seja, quando a célula está se
multiplicando, ele tem a sua ação assim como as drogas endovenosas.
Temos os
bloqueios hormonais onde em determinadas patologias, principalmente no câncer
de mama, visualizamos através da imuno-histoquímica que existe a presença de
receptores hormonais, receptores de estrogênio ou progesterona onde a gente tem
medicamentos que vão bloquear essa via de estímulo de crescimento na célula
tumoral.
Então, infelizmente,
apesar de estarmos vivendo esse momento de pandemia de COVID onde muitas pessoas
gostariam de estar fazendo tratamento oral para evitar estar saindo de casa e se
submetendo a um tratamento endovenoso e nós priorizamos isso, mas, infelizmente,
nem todo mundo consegue ter esse benefício.
A melhor
pessoa para estar conversando com você e estar orientando com relação a essa possibilidade
e disponibilidade é o seu médico oncologista clínico. Portanto, em qualquer
dúvida que tenha, você deve procurar o seu médico com quem faz o tratamento do
câncer que ele, com certeza, vai conseguir orientar e te explicar todas as possibilidades
de substituição de protocolo.
Bem, o vídeo hoje era curtinho. Temos alguns vídeos explicativos nas redes sociais.
Olá, sou Natalia Kodama, Nutricionista do Centro de Oncologia de Rio Preto e hoje vim falar sobre mitos e verdades sobre a alimentação e a imunidade, nesse período em que estamos vivendo.
A preocupação com a imunidade está mais em alta do que nunca e com isso muitas receitas ou muitos alimentos milagrosos aparecem como solução. Ainda não temos evidências substanciais de quais alimentos ou nutrientes possam atuar prevenindo ou tratando o COVID-19, por se tratar de um vírus novo. O que sabemos é que uma alimentação rica em micronutrientes e compostos bioativos possui forte atividade na prevenção de doenças e quando consumidos regularmente, podem condicionar um sistema imunológico mais eficiente.
Então alimentos como alho, que possui alicina; laranja, que possui naringenina; gengibre, que possui shogaol e gingerol; açafrão da terra que possui curcumina; brócolis e couve, que possuem suforafanos. São alimentos que possuem compostos bioativos que podem sim contribuir com a sua imunidade. Assim como a Vitamina C, presente nas laranjas, limões, acerola, goiaba; a Vitamina D, presente na gema do ovo, no leite, ativados pelo sol; o Selênio da castanha do Brasil; o zinco das sementes e castanhas. Fora o complexo B e as fibras presentes em uma série de vegetais e frutas.
A alimentação saudável depende de uma diversidade alimentar e não de super alimentos isolados e deve ser adequada individualmente. Além disso, não só com a alimentação, mas uma boa imunidade é construída com hidratação adequada, qualidade de sono, atividade física e modulação de estresse.
Por fim, queria reforçar que é importante ter a consciência de que tais hábitos não nos tiram a responsabilidade de adotar medidas preventivas e recomendadas.
Espero ter contribuído com um pouquinho mais de informação e até uma próxima!
O fumo libera substâncias tóxicas e cancerígenas que são inaladas por fumantes e não fumantes. Poluem o ambiente e são fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão, cavidade oral, laringe, faringe e esôfago.
SEGUNDO: EVITAR CONSUMO DE BEBIDAS
ALCOÓLICAS
O álcool é importante fator de risco
no desenvolvimento de cânceres de estômago, esôfago e de cabeça e pescoço.
TERCEIRO: OPTAR POR UMA ALIMENTAÇÃO
SAUDÁVEL
A alimentação deve ser variada,
equilibrada, saborosa, respeitar a cultura e proporcionar prazer e saúde. Frutas,
legumes, verduras, cereais integrais e feijões são os principais alimentos
protetores que podem prevenir contra vários tipos de câncer como
gastrointestinais, colorretal e ginecológicos.
QUARTO: MANTENHA O PESO CORPORAL
Estar acima do peso aumenta as chances
de desenvolver câncer. Por isso, é importante controlar o peso por meio de uma
boa alimentação e exercícios físicos.
QUINTO: PRATIQUE ATIVIDADES FÍSICAS
DIARIAMENTE
Atividades físicas como caminhar,
dançar, trocar o elevador pelas escadas, levar o cachorro para passear, cuidar
da casa ou do jardim, natação, hidroginástica, entre outros exercícios são
importantes. Devemos realizar pelo menos 40 minutos de atividade física no
mínimo três vezes por semana.
SEXTO: AMAMENTE SEUS FILHOS
O aleitamento materno é alimentação
saudável. A amamentação exclusiva até os seis meses de vida protege as mães
contra o câncer de mama e as crianças contra a obesidade infantil. A partir de
então, deve-se complementar a amamentação com outros alimentos saudáveis até os
dois anos ou mais.
SÉTIMO: MULHERES DEVEM FAZER EXAME
PAPANICOLAU
A mulher deve começar a fazer o
preventivo a partir dos 21 anos. Ela não precisa ser sexualmente ativa antes do
exame, pois o mesmo pode ser realizado em mulheres virgens por ginecologistas.
O “preventivo” é o exame que detecta o câncer do colo do útero. Os dois
primeiros exames devem ser anuais e, se tiverem normais, deve ser repetido após
3 anos. O exame precisa ser feito todo ano apenas nas mulheres portadoras do
vírus HIV ou imunodeprimidas.
O exame preventivo pode ser feito
gratuitamente nas Unidades de Saúde da Família (USF) e nas Unidades Básicas de
Saúde (UBS).
OITAVO: REALIZAR VACINAÇÃO CONTRA O
HPV
O Ministério da Saúde implementou no
calendário vacinal, desde 2014, a vacina contra o HPV para meninas de 9 a 13
anos. A vacinação e o exame preventivo (Papanicolau) se complementam como ações
de prevenção do câncer do colo do útero. Mesmo as mulheres vacinadas, quando
chegarem aos 25 anos, deverão fazer um exame preventivo pois a vacina não protege
contra todos os subtipos do HPV.
Em 2017, as meninas de 14 anos também
foram incluídas. Além disso, o esquema vacinal do SUS foi ampliado para meninos
de 11 a 14 anos para prevenção de câncer de pênis.
NONO: EVITE EXPOSIÇÃO AO SOL ENTRE 10H
E 16H
Use sempre proteção adequada, como protetor solar, chapéus e até roupas uvline. Tais medidas previnem o câncer de pele.
Hoje, vou falar sobre a importância dos exames de
rastreamento, ou seja, exames preventivos de check-up durante este período da
pandemia do COVID-19.
Devemos traçar uma linha do tempo: se essa pergunta me fosse
feita na primeira quinzena do mês de março, minha resposta seria “Vamos
aguardar o término da pandemia”.
Porém, já estamos no final do mês 6, mês de junho e ainda
não temos uma previsão concreta do término da pandemia do COVID-19 e obviamente
não podemos ficar aguardando para fazer os nossos exames preventivos sem essa
previsão.
E também não podemos nos basear nos sintomas ou seja tosse,
enjoo, vômitos, sangramento intestinal ou sangramento vaginal ou mesmo alteração
no exame físico das mamas para, então realizar os exames, pois sabemos que vários
tumores são totalmente silenciosos e quando se manifestam já se manifestam em
fase avançada da doença e com menor índice de curabilidade.
Baseado nisso, fazemos duas reflexões, ou seja: como ficará
o cenário no Brasil ou em qualquer outro país para a realização de exames de
check-up como colonoscopia, endoscopia, ultrassom, mamografia ao término da
pandemia do COVID-19?
Sabemos que teremos dificuldade no agendamento, sendo assim,
boa prática é o agendamento desses exames com maneira distanciada para evitar
aglomeração, utilização de máscaras de proteção, higienização das mãos
rigorosamente são extremamente indicados e deve-se realizar prioritariamente os
exames preventivos que indivíduos com história familiar positiva, indivíduos com
hábito de vida que aumentam o risco de câncer entre eles: tabagismo, sedentarismo,
obesidade e outros. Pessoas que já apresentam alguns sintomas como sangramento
vaginal, sangramento intestinal, tosse persistente ou dor sem uma causa óbvia e
pessoas com baixo risco de complicação do COVID-19. E quais são essas pessoas? São
pessoas abaixo de 60 anos, pessoas sem diabetes, sem cardiopatia, ou seja,
pessoas relativamente saudáveis.
Esta opinião não é uma opinião pessoal, pois já existe um
estudo que comparou o número de casos novos de câncer no primeiro semestre do ano
de 2019 comparado com o número de casos novos do primeiro semestre do ano de
2020 e foi identificado uma subnotificação de casos novos de câncer. Portanto,
esses casos continuam existindo, porém, não estão sendo feitos os diagnósticos.
Dr. José Altino – CRM 73227
Acesse o blog do Corp e fique por dentro de outros temas.
Olá! Eu sou José Altino, médico oncologista do CORP – Centro de Oncologia Rio Preto. Hoje, vamos conversar sobre a diferença entre câncer genético, familial e esporádico.
O câncer esporádico é aquele que ocorre em pessoas sem uma história familiar, podendo ter ou não relação com os fatores de risco. Um bom exemplo, é o câncer de pulmão que pode ocorrer em pessoas sem nenhuma história familiar e relacionado com o hábito do fumo.
O câncer genético é aquele que ocorre em pessoas, geralmente, com uma história familiar positiva e muito mais frequentemente os tumores relacionados são de mama, ovário e intestino, numa ordem de, aproximadamente, 20 a 25, 30% dos casos. O médico deverá colher uma história familiar do paciente discriminando quais foram os parentes, a relação deste paciente e seus familiares e quais os tipos de tumores que ocorreram na família bem como a idade na qual foi feito o diagnóstico. Isso é conhecido como história familiar, também tecnicamente conhecido como Eridograma. Baseado no Eridograma, o geneticista vai solicitar um exame que é o teste genético para uma análise detalhada do DNA do paciente em busca de uma mutação genética. Nesse caso, se estabelece que o paciente tenha ou não um câncer genético. Um bom exemplo são aqueles casos em que se tem uma história familiar com vários casos de câncer de mama e de ovário entre mãe, irmã, tias e avós e se define qual a idade na qual começou o câncer do ente querido mais novo. Por exemplo, se o parente teve câncer de mama aos 45 anos. Então, devemos fazer o rastreamento desta família 10 anos antes do caso mais jovem que ocorreu. Então, no caso de 45 anos, o familiar aos 35 anos começa a ter a necessidade de fazer um rastreamento familiar baseado nessa presença ou não do teste genético positivo.
E qual que é a diferença do câncer genético e o câncer familial? É exatamente o fato de ter ou não a confirmação do teste genético positivo, pois pode acontecer casos de pessoas que tenham história familiar com vários membros acometidos, como mama, ovário, rim, fígado e outros casos, no entanto, o teste genético não vem positivo, ou seja, talvez o teste genético não tenha sido capaz de fazer a detecção da mutação genética desta família, portanto, uma limitação técnica do sequenciamento do DNA, ou seja, do código da herança familiar daquela pessoa. Ou quando ocorre mutações ainda desconhecidas do ponto de vista médico, pois apesar de existir grandes avanços nessa questão do sequenciamento genético, os geneticistas, cientistas e médicos ainda não têm um conhecimento de todas as patologias envolvidas. Então, a diferença entre genético e familial é justamente a presença ou ausência de uma comprovação do teste genético, mas ambos os casos têm uma história familiar positiva de diversos tumores e de várias gerações envolvidas.
Olá! Sou José Altino ( CRM 73227 ), médico oncologista do Corp, Centro de Oncologia de Rio Preto.
Nossa conversa hoje será sobre pontos cruciais no tratamento
dos pacientes oncológicos nesta época de surto do COVID-19.
Inicialmente, o que mudou no tratamento?
Devemos separar tratamento oncológico em cirurgia,
quimioterapia, radioterapia, imunoterapia ou tratamento alvo-molecular.
As cirurgias, de uma maneira geral, deverão ser postergadas
atualmente pois os serviços hospitalares já estão sobrecarregados com falta de medicamentos,
falta de leito de UTI e até mesmo por conta do risco maior de infecção neste
período de surto do COVID-19.
Já a quimioterapia citotóxica, ou seja, a quimioterapia convencional
apresenta como efeito colateral principal a queda da imunidade. Ou seja, a
diminuição da resistência para diversas infecções, entre elas, o COVID-19. Se a
quimioterapia é fundamental para o controle tumoral ou mesmo com a intenção
curativa, deverá ser mantida pois é uma maneira de postergar intervenções
cirúrgicas e com isso é mais seguro manter a quimioterapia convencional do que
seguir num procedimento cirúrgico.
O fato é que existe, no momento, algumas estratégias, como: o
uso de fator de crescimento de colônias; medicamento este que estimula a produção
da defesa orgânica do paciente minimizando o risco de infecção e ainda
suplementos alimentares específicos que acabam por estimular a defesa orgânica
do paciente e diminuindo o risco de infecção.
O médico oncologista, sempre que possível, deverá fazer a
opção por medicamento via oral para evitar o deslocamento do paciente da sua residência
para o hospital ou centro infusional, centro de quimioterapia.
Com o tratamento via oral ou o tratamento hormonal pode
também permitir um bom controle tumoral para alguns tipos de tumores. O melhor
exemplo entre eles é o tumor de mama e de útero que apresentam dados
científicos de segurança e eficácia neste tipo de abordagem. Neste momento, na
conversa cabem algumas ressalvas. Como citei, devemos ter estudos científicos
que evidenciam segurança e eficácia para o tipo de tumor em tratamento e não
esquecer a compreensão e adesão do paciente ao tratamento via oral, pois,
infelizmente, ainda existem pacientes que menosprezam a importância do
comprimido na sua vida.
Não podemos deixar de falar ainda do acesso ao medicamento
via oral, pois existem medicamentos oncológicos com aprovação de bula, registro
na ANVISA, que o Órgão Regulamentador do tratamento dentro do Brasil. No
entanto, ainda este medicamento em via oral deverá estar dentro do hall da ANS,
lista de medicamentos autorizados e liberados pelos convênios e caso o
medicamento seja fornecido pelo SUS – Sistema Único de Saúde, temos a
preocupação com a ingesta do medicamento no horário certo e a manutenção do
fornecimento deste medicamento via oral. Portanto, o tratamento via oral não é
para todos os tipos de tumores e nem para todos os pacientes.
Em resumo, sendo possível o tratamento via oral, melhor. E
sempre prolongando o tratamento hormonal quimioterápico, imunoterápico e mesmo
tratamento molecular para adiarmos os procedimentos cirúrgicos. Restringir, ainda,
os possíveis exames radiológicos endoscópicos nos pacientes em tratamento oncológicos
para minimizar a exposição ao COVID-19.
Olá! Hoje, dia doze de junho, dia dos namorados, eu vim aqui conversar um pouquinho com vocês sobre a relação do cônjuge com o paciente no tratamento oncológico. Meu nome é Vanessa Lourenção. Sou psicóloga do Centro de Oncologia Rio Preto.
Todos os membros da família ficam afetados emocionalmente quando um ente querido adoece. E quando a gente pensa num relacionamento entre marido e mulher ou entre namorados, muitas coisas acabam sendo afetadas pelo tratamento: a questão da intimidade, por exemplo, pois ela fica comprometida. E daí, qual que é a importância desse casal entender as transformações decorrentes do adoecer? É importante que nesse período de tratamento, tanto o paciente quanto o seu parceiro ou parceira, que eles tenham uma conversa sobre o que está acontecendo. O quanto os papéis serão invertidos ou não devido ao tratamento oncológico, o quanto que eles podem se ajudar nesse processo do tratamento, alguns fatores acabam tendo peso nesse processo de adoecer. Para aqueles que são casados: o tempo de casamento é um fator relevante para o amadurecimento do casal, a presença de filhos, se os filhos ainda moram com eles ou se esses filhos já foram construir sua família… Então, dependendo da etapa, da fase de vida, do ciclo do casamento eles acabam tendo alguns prejuízos da intimidade e a doença pode ser mais um fator que gera um distanciamento.
A gente ouve falar muito sobre casais que acabam se separando durante o tratamento e acaba entrando em um julgamento sobre o cônjuge, por ter sido parceiro ou não mas a gente também não pode esquecer que existia um relacionamento antes da doença. E como eles conviviam com esse casamento, quais eram os acordos de fidelidade, de amizade e de companheirismo entre eles então tudo isso acaba ficando mais evidente no processo do tratamento. Então é importante que a gente entenda como esse casal funciona, quais são os contratos entre eles em relação a manutenção desse relacionamento e que a gente acabe reforçando a importância do apoio mútuo em relação ao tratamento e até em relação às tarefas domésticas, em relação às finanças, em relação ao cuidado dos filhos ou netos e também nos cuidados práticos de tratamento.
Também é importante a gente evidenciar a questão da intimidade, da sexualidade do casal. A gente sabe que muitos casais acabam não tocando nesse assunto por medo e preocupação de gerar um distanciamento ainda maior, porque dependendo do tipo de câncer que está sendo tratado a questão da intimidade pode ficar diretamente prejudicada e aí é importante trabalhar esse resgate do desejo sexual, que vai muito além do ato sexual. Tem a questão do afeto, do toque, do carinho. Tudo isso tem que ser evidenciado durante o tratamento pois sentir que o seu cônjuge, o seu parceiro está ali junto, independente da intimidade, isso fortalece o paciente para que ele continue a caminhada e termine seu tratamento de uma forma bem sucedida e tranquila.
Para a mulher, a queda do cabelo, no caso do câncer de mama que tem uma mutilação por ter que retirar a mama, no homem a questão do câncer de próstata que mexe diretamente com a sexualidade são fatores que acabam deixando o casal muito inseguro então é importante que eles conversem bastante sobre isso, estabeleçam novos acordos e se apoiem!
E por último a questão da comunicação também é muito importante que esse casal tenha uma boa comunicação. É natural e acontece bastante o cerco de silêncio no período do tratamento. O cônjuge ou os filhos não querem conversar sobre o grau da doença, a evolução, o prognóstico. Sobre o quanto que isso tem afetado a vida deles, sobre o risco de vida ou não que esse paciente corre e até algumas decisões importantes para família que devem ser tomadas junto com o paciente então é importante que a comunicação entre o casal e na família seja bem trabalhada, bem presente para que os acordos sejam feitos e que eles se sintam seguros independente do que poderá acontecer porque isso envolve prognóstico, envolve tipo de tratamento. Mas a comunicação deve estar presente e bem estabelecida desde o início e até o término do tratamento ou fim de vida do paciente.
Foi liberado um novo estudo publicado pelo International
Journal of Infectious Diseases, com uma análise de 28 mulheres grávidas e 54
não gestantes, internadas com COVID-19 confirmada, entre 15 de janeiro e 15 de
março, no Hospital Central de Wuhan, na China.
O estudo foca no comportamento do novo coronavirus
em gestantes, já que é sabido que durante a gravidez há uma adaptação
imunológica especial.
Leia na íntegra:
Coronavirus disease 2019 in pregnancy
Qiancheng X, Jian S, Lingling P, Lei H, Xiaogan J, Weihua L, Gang Y, Shirong L, Zhen W, GuoPing X, Lei Z; sixth batch of Anhui medical team aiding Wuhan for COVID-19.
As mulheres grávidas desenvolvem uma adaptação
imunológica especial, necessária para manter a tolerância ao feto, modulado
pela supressão da atividade das células T, predispondo-as a infecções virais.
Durante a pandemia de influenza H1N1 de 2009 e na epidemia por síndrome
respiratória aguda grave (SARS), observou-se que as gestantes tinham maior
chance de desenvolver pneumonia grave, síndrome do desconforto respiratório
agudo (SDRA), necessidade de ventilação mecânica e óbito, em comparação com
mulheres não gestantes em idade reprodutiva.
No presente estudo, desenvolvido no Hospital
Central de Wuhan, China, foram revisados os registros médicos de mulheres
grávidas e mulheres não gestantes em idade reprodutiva (considerado entre 18 e
41 anos), internadas com COVID-19 confirmada, entre 15 de janeiro a 15 de março
de 2020. O objetivo era comparar a evolução nos dois grupos e transmissão do
SARS-CoV-2 para o feto.
Os desfechos de interesse incluíram gravidade da
COVID-19, período de hospitalização, tempo para a eliminação viral e potencial
de transmissão vertical.
Foram incluídas 28 mulheres grávidas e 54 mulheres
não gestantes em idade reprodutiva. Não havia diferença significante entre os
dois grupos, em relação à idade (p = 0,097) e presença de
comorbidades (p = 0,062). As mulheres grávidas tiveram um período
mediano mais curto desde o início da doença até a admissão, em comparação com
as mulheres não grávidas (p < 0,001), o que pode ser explicado
pelo tempo de espera para os testes serem menores para pacientes prioritários.
As principais queixas na admissão foram pouco
diferentes, com febre e tosse sendo mais frequentes no grupo não gestante,
enquanto dor abdominal foi relatada apenas entre as gestantes.
Duas (7,1%) pacientes do grupo gestante
apresentaram COVID-19 leve, mas maioria dos pacientes foi classificada como
pneumonia moderada (24, 85,7% vs. 53, 98,1%). Apenas duas (7,1%)
pacientes no grupo gestante e uma (1,9%) no grupo não gestante foram
classificadas como pneumonia grave. Nenhum óbito foi relatado nos dois grupos.
A regressão univariada demonstrou não haver
associações significativas entre gravidez e tempo de eliminação viral (HR 1,16,
IC 95% 0,65-2,01; p = 0,62), tempo de hospitalização (HR 1,10,
IC 95% 0,66-1,84; p = 0,71) e gravidade de doença (OR 0,73, IC
95% 0,08–5,15; p = 0,76).
A idade gestacional mediana na admissão foi de 38
semanas (IQR, 36,5-39), com três (10,7%) no primeiro trimestre, um (3,6%) no
segundo trimestre e 24 (85,7%) no terceiro trimestre. As gestantes no primeiro
e segundo trimestre decidiram por si próprias pela interrupção da gravidez.
Duas gestantes no início do terceiro trimestre continuaram a gravidez (30 e 33
semanas gestacionais, respectivamente) no momento da escrita do artigo,
enquanto as outras (22, 78,6%) tiveram 23 nascidos vivos (incluindo dois
gêmeos) por cesariana (17, 60,7%) ou parto vaginal (5, 17,9%). Uma paciente
teve parto prematuro com 35 semanas gestacionais, mas teve um recém-nascido
saudável pesando 2940 g. Apenas um dos gêmeos nascidos tinha peso de nascimento
inferior a 2500 g (2350 g). O peso mediano dos recém-nascidos foi de 3130 g
(IQR, 2915-3390). Não se verificou morte fetal, morte neonatal ou asfixia
neonatal. Todos os neonatos tiveram pelo menos dois testes negativos para
SARS-CoV-2 por reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR), com
intervalo de 24 a 48 horas, sem qualquer resultado positivo; portanto, nenhum
neonato foi infectado.
Pelos achados do presente estudo, as mulheres
grávidas tiveram evolução semelhante à mulheres não grávidas em idade
reprodutiva infectadas com SARS-CoV-2. Também não se evidenciou transmissão
vertical, mas os pesquisadores alertaram que as gestantes avaliadas foram infectadas
no final da gravidez, impossibilitando analisar o potencial de transmissão do
vírus nos primeiros trimestres.
Referências:
Qiancheng X, Jian S, Lingling P, et al. Coronavirus disease 2019 in pregnancy. Int J Infect Dis. 2020. doi: 10.1016/j.ijid.2020.04.065. [Epub ahead of print]
*As opiniões da publicação são de seus autores e não expressam necessariamente a opinião ou as recomendações do CORP.
A alimentação tem grande influência na sua saúde e quando adequada e saudável garante uma boa nutrição e o bom funcionamento de todo o corpo. Além disso, contribui para o fortalecimento do sistema imunológico, para a manutenção e para a recuperação da saúde.
Com isso, o momento atual demanda um cuidado
redobrado não só com a higiene, mas também com a alimentação. O planejamento das compras se torna necessário para
assegurar a oferta de alimentos, assim como, evitar o deslocamento em excesso
ou desnecessário. Além disso, a compra responsável evita desperdícios e evita comprometer
os estoques dos estabelecimentos, o que poderia causar escassez de alimentos
para outros que também irão precisar.
Primeiro, verifique quais
alimentos ainda estão disponíveis em sua casa e verifique a capacidade de
armazenamento de refrigeradores, freezers e armários. Baseado nisso, planeje a
alimentação para o período. Com os alimentos que tem em casa, quais preparações
podem ser feitas? Também pense no número de pessoas que se alimentam, número de
refeições que fazem em casa e o quanto consomem.
Nessa hora é importante
considerar incluir alimentos in natura, como frutas, verduras e legumes, carnes
e ovos, cereais e leguminosas, pensando sempre na durabilidade dos produtos.
Por exemplo, ao comprar verduras e hortaliças opte por aquelas que consigam
ficar um tempo maior na refrigeração como repolho, cenoura, beterraba, ou que
seja possível o congelamento, como brócolis, couve flor e outros. Priorizar
alimentos da estação também é uma dica para garantir melhores preços, maior frescor
e disponibilidade.
Após realizar o planejamento das
refeições, faça a lista de compras. Quais alimentos preciso comprar para as refeições
que ainda irei fazer nos próximos dias? Com a lista de compras em mãos, se
organize para ir às compras.
Nos estabelecimentos comerciais, tome
todos os cuidados para preservar sua saúde e dos outros: mantenha o
distanciamento das pessoas, use máscaras e evite tocar nos olhos, nariz e
boca com as mãos.
Após chegar em casa com as
compras, lembre-se de lavar bem as mãos e de trocar de roupas. Se possível,
tome um banho.
Lave com água e sabão os produtos que permitirem e passe álcool 70 nas embalagens antes de guardar.
Lembre-se que antes de consumir
frutas e verduras, elas devem ser bem higienizadas com hipoclorito.
Mas, se possível, aproveite que os
serviços de entrega estão em alta e compre frutas, verduras e legumes sem sair
de casa.
Para quem é do grupo de risco, o recomendado é que alguém próximo ou membro da família faça esse trabalho de ir às compras, mantendo todos os cuidados de higiene ao retornar ou entregar as compras. Se não for possível contar com essa ajuda extra, quem está no grupo de risco deve preferir os horários com menor aglomeração de pessoas.
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Olá, sou a Dra. Valeska, sou oncologista clínica no Centro de Oncologia de Rio Preto e eu venho hoje aqui falar para vocês sobre o março azul.
O março azulé o mês da conscientização, da prevenção docâncer colorretal. Sabemos que algumas doenças inflamatórias assim como, algumas síndromes genéticas elas vão aumentar a sua chance de ter o câncer de intestino.
Porém, sabemos que boa parte, em torno de 80% das pessoas acometidas pelo câncer de intestino ocorre devido a hábitos de vida inadequados e o que seriam esses hábitos de vida inadequados?
Sedentarismo;
Uma alimentação rica em gordura;
Baixa ingestão de fibras;
Cigarro;
O excesso de bebida alcoólica.
Então, não é tão difícil a
gente se conscientizar e a gente tentar fazer a nossa parte. Então:
Ter uma vida saudável;
Praticar exercícios físicos regularmente;
Ter uma dieta balanceada e equilibrada.
Nada é proibido, mas tudo aquilo que é excesso e que não é legal, vai fazer mal.
Procure sempre o seu médico a qualquer
sinal de alerta, alteração do ritmo intestinal, ou porque ele está muito preso,
ou porque ele está muito solto, ou porque teve sangramento, são sinais de alerta.
Acima de 50 anos também é um fator de risco para o aparecimento do câncer colorretal pelo avançar da idade e com isso a gente também precisa procurar um médico para fazer exames preventivos. Assim como, nós mulheres fazemos nos exames de mamografia a partir dos 40 anos, a partir de 50 anos todo mundo deve procurar seu médico para começar o rastreamento do câncer colorretal.