Olá, pessoal? Tudo bem?
Eu sou a Dra. Valeska do Carmo, sou oncologista clínica do Centro de Oncologia de Rio Preto.
O vídeo de hoje é um resumo sobre algumas novidades em relação ao câncer de mama e câncer do trato gastrointestinal que foram apresentadas na ASCO neste ano.
Vamos começar! O que seria a ASCO? É um congresso americano que acontece anualmente, no final de maio ou início de junho, em Chicago. Lá, são apresentados os principais trabalhos que fortalecem algumas condutas ou propõem mudanças de conduta, quando aparece algum novo tratamento.
Estamos na Pandemia e esse ano, assim como ano passado, nós participamos desse congresso de forma virtual.
Durante o evento, eu gravei alguns vídeos falando sobre alguns trabalhos com um pouco mais de detalhes. Então o vídeo de hoje é só para dar uma ideia da principal informação.
Com relação ao câncer de mama, fica aquela frase “menos é mais”. Principalmente nas mulheres com câncer de mama com receptores hormonais positivos. Foram apresentados alguns trabalhos que nós já conhecíamos, mas que reforçam e mostram que o benefício existe e ele vem aumentando, onde nós deixamos a quimioterapia sempre para depois. A quimioterapia é utilizada em último caso. Temos um bloqueio hormonal hoje disponível de uma forma muito eficaz e muitas mulheres se beneficiam desse tipo de tratamento, onde a qualidade de vida não se compara a que se tem com a realização da quimioterapia, que tem diversos efeitos colaterais. Alguns deles são, muitas vezes, a queda de cabelo e a queda da imunidade. Com bloqueio hormonal, a gente não tem esse tipo de alteração. Alguns outros trabalhos em relação a outros perfis de tumores de mama também foram apresentados com relação a molécula Her2 ao Triplo-Negativo, mas eu acho que o que ficou de mais forte, pelo menos para mim, foi essa questão de que “o menos para essas mulheres com receptores hormonais positivos é mais”. Então sempre pensar nessa possibilidade antes de começar a fazer uma quimioterapia.
Com relação ao trato gastrointestinal, já tínhamos alguns trabalhos e a gente já estava começando a utilizar a imunoterapia, mas esse congresso trouxe realmente a imunoterapia, de uma forma mais forte, como indicação para os pacientes com tumores de intestino que tem instabilidade microssatélite. Assim como a utilização da imunoterapia naqueles tumores que são da transição gastroesofágico. É claro que tem que tem vários detalhes com relação ao perfil do tumor, ao perfil do paciente, mas são dados que nos encorajam e nos deixam muito felizes por poder estar oferecendo para os pacientes um tratamento eficaz e com baixa toxicidade.
Então foram boas notícias nessas duas patologias: mama e trato gastrointestinal. Na realidade, mais do que duas porque quando a gente fala em trato gastrointestinal, a gente está falando de esôfago, estômago, intestino, pâncreas, vesícula biliar e fígado. E é a ciência: a medicina vem evoluindo na área de Oncologia. Graças a Deus, estamos conseguindo tratar os pacientes e dar mais qualidade de vida.
Então, para o trato gastrintestinal: imunoterapia para muitos pacientes. Para o câncer de mama: bloqueio hormonal naquelas pacientes que tem indicação. Sendo assim, a gente pode oferecer uma qualidade de vida muito boa. Para mais detalhes, tem os outros vídeos que eu gravei à medida que eu ia assistindo o congresso. Então o apanhado é esse: a informação principal.
Se precisar de mais alguma informação, acesse os outros vídeos ou entre em contato pelas redes sociais, que tentaremos responder.
Abraço!