A desnutrição em pessoas com câncer é muito frequente. Os principais fatores que levam à desnutrição nesses indivíduos são a redução na ingestão total de alimentos, as alterações metabólicas provocadas pelo tumor e o aumento da necessidade energética pelo crescimento do tumor.
Ao longo do tratamento da doença oncológica, vários pacientes apresentam perda de peso, baixo apetite e outros sintomas que dificultam a ingestão alimentar (como náuseas, vômitos e diarreia), agravando assim a sua condição clínica e nutricional.
No Inquérito Brasileiro de Nutrição Oncológica, do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), de 2013, a desnutrição ou o risco nutricional esteve presente em 45,1% dos pacientes estudados. O déficit do estado nutricional está relacionado à menor resposta ao tratamento específico e à diminuição da qualidade de vida, com maiores riscos de complicações pós-operatórias, aumento na morbimortalidade, no tempo de internação e no custo hospitalar.
A assistência nutricional individualizada ao paciente oncológico tem como objetivo prevenir ou reverter o declínio do estado nutricional, bem como evitar a progressão para um quadro de caquexia (emagrecimento intenso), além de melhorar o balanço nitrogenado e aumentar a resposta imune.
A intervenção nutricional é importante desde o início do tratamento. Com a história clínica, alimentar e de instrumentos adequados, o nutricionista poderá elaborar o plano terapêutico ideal para o indivíduo.
Fonte:
Consenso nacional de nutrição oncológica. / Instituto Nacional de Câncer. – Rio de Janeiro: INCA, 2009.
Consenso nacional de nutrição oncológica. / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva; Nivaldo Barroso de Pinho (organizador) – 2. ed. rev. ampl. atual. – Rio de Janeiro: INCA, 2016.; v. 2.