Olá, sou José Altino, médico oncologista do Corp, Centro de Oncologia de Rio Preto.
Hoje vamos conversar sobre o Agosto Branco, mês de prevenção e alerta contra o tabagismo.
O cigarro apresenta, aproximadamente, 4.800 substâncias químicas e, dentre essas, as mais importantes são: a nicotina e o monóxido de carbono. A nicotina atinge o parênquima cerebral, aproximadamente em 10 segundos após o ato de fumar, e correlaciona-se com a dependência química, bem como com os quadros de ansiedade pela abstinência do fumo.
A grande maioria dos tabagistas torna-se dependente ao redor dos 19 anos. Existem duas modalidades de tabagismo. O tabagista ativo, aquele que fuma com as suas próprias mãos, inala essas substâncias químicas, tornando-se dependente. O tabagista passivo, que por uma questão de contingência fica próximo do tabagista ativo, mas também desenvolve as mesmas doenças do tabagista ativo. A população mais frequentemente afetada pelo tabagismo passivo são as mulheres e as crianças.
No mundo, aproximadamente um terço da população são fumantes e a grande maioria desses fumantes está na China. Portanto, a incidência de doenças correlacionadas nos chineses é extremamente frequente. Já no Brasil, aproximadamente 11% da população é fumante e esse número caiu, desde 2006, quando era ao redor de 40% da população e foi progressivamente caindo para 15 e, atualmente, 11%. Essa redução do número de tabagistas no Brasil se deve às leis que proibiram o ato de fumar em ambientes fechados e à restrição de propagandas que estimulem o tabagismo.
Aproximadamente, 90% dos cânceres estão correlacionados com o tabagismo. Entre eles: os tumores de cabeça e pescoço, esôfago, pulmão, bexiga entre outros. Atualmente, 7 milhões de pessoas morrem pelo mundo por doenças correlacionadas com o tabagismo. Entre elas, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, dpoc – a doença pulmonar obstrutiva crônica, trombose entre outras.
Existem tratamentos para vencer a dependência química do cigarro, ou seja o “tratamento antitabaco”, que é pautado na psicoterapia, mudança de comportamento e o uso de medicamentos para vencer a dependência química. Esse tratamento antitabagismo está disponível no sistema público de saúde no SUS, bem como no sistema privado de saúde.
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