Estamos no “Setembro Verde”, mês da prevenção e conscientização do Câncer Colorretal. Agora você vai saber um pouco mais sobre esta doença: o que é, como preveni-la, fatores de risco e os tratamentos. Veja:
O que é câncer colorretal?
É um câncer que começa no reto ou cólon (também conhecido como intestino grosso). Estes órgãos estão na parte inferior do sistema digestivo.
Esta doença atinge homens e mulheres principalmente após os 50 anos e é o terceiro tipo de câncer com mais incidência no Brasil. No entanto, 90% dos casos são tratados e curados quando diagnosticados precocemente.
Quais os principais sintomas?
- Dor ou desconforto abdominal, ou anal;
- Fezes com muco ou sangue;
- Fraqueza, anemia ou perda de peso sem causa aparente;
- Ritmo intestinal instável variando entre diarreia e constipação intestinal;
- Sensação de gases ou distensão abdominal;
- Mudança no ritmo do funcionamento intestinal.
Caso você tenha algum destes sintomas, independentemente da idade, procure seu médico. Porém, a partir dos 50 anos, é preciso fazer exames de rotina, como pesquisa de sangue oculto nas fezes, mesmo se não houver sintoma. O exame é pouco invasivo e todos podem realizar. Isso porque existe uma fase da doença em que ela é praticamente silenciosa (sem manifestações).
Caso o exame de sangue oculto nas fezes resulte em positivo, realizar a colonoscopia que é o melhor e mais indicado exame, pois através deste o médico consegue ter acesso a parede interna do intestino e se houver alguma alteração ou lesão, o médico já consegue colher material para a biópsia do intestino.
Quais as fases do câncer colorretal?
O estágio 1 do câncer colorretal é o inicial. As etapas progridem até o estágio 4, que é o estágio mais avançado. Veja:
Estágio 1
O câncer penetrou no revestimento, ou mucosa, do cólon ou reto, mas não se espalhou para as paredes dos órgãos.
Estágio 2
O câncer se espalhou para as paredes do cólon ou reto, mas não afetou os gânglios linfáticos ou os tecidos próximos.
Estágio 3
O câncer atingiu os nódulos linfáticos, mas não chegou nas outras partes do corpo. Geralmente, um a três linfonodos estão envolvidos nesse estágio.
Estágio 4
O câncer se espalhou para outros órgãos, como o fígado ou os pulmões.
Quais os tipos de câncer colorretal?
Embora o câncer colorretal pareça apenas uma doença, há várias formas dela. Essas diferenças são relacionadas aos tipos de células que se tornam cancerosas e onde elas se formam.
O tipo mais comum de câncer de cólon começa com adenocarcinomas. De acordo com a “American Cancer Society”, os adenocarcinomas representam 96% de todos os casos de câncer de cólon. Outros tipos como linfomas, tumores carcinoides, tumores neuroendócrinos também podem aparecer no intestino
Quais as causas do câncer colorretal?
Existe uma lista de fatores de risco que agem sozinhos ou combinados e que aumentam o risco do desenvolvimento do câncer colorretal. São eles:
- Idade: A chance de desenvolver esse câncer aumenta após os 50 anos de idade;
- História prévia de pólipos do cólon e de doenças intestinais;
- História familiar de câncer colorretal;
- Ter uma síndrome genética, como polipose adenomatosa familiar (PAF).
Outros fatores de risco são evitáveis. Isso significa que você pode mudar seus hábitos e diminuir o risco de desenvolver o câncer colorretal.
Então você deve evitar: estar acima do peso, fumar, consumir grandes quantidades de álcool, ter um estilo de vida sedentário, consumir uma dieta rica em alimentos processados ou carnes vermelhas.
Quais são as opções de tratamento para o câncer colorretal?
O tratamento do câncer colorretal consiste em cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Quanto mais no início, maiores são as chances de cura. O estado de saúde geral do paciente e o estágio do câncer colorretal ajudarão o médico a planejar o tratamento.
Nos estágios iniciais do câncer colorretal, normalmente, apenas a cirurgia é necessária. Nos casos em que o tumor está localizado dentro de um pólipo, a retirada desse pólipo através da colonoscopia já é curativa.
Se o câncer se espalhou para as paredes do intestino, pode ser necessário remover uma parte do cólon ou do reto, juntamente com os gânglios linfáticos. Em algumas situações é necessária a confecção de uma colostomia, que é uma abertura na parede abdominal por onde o trânsito intestinal será eliminado. A colostomia pode ser temporária ou permanente dependendo da localização do tumor e do tipo de cirurgia realizada.
A avaliação de aplicação da quimioterapia ou radioterapia vai depender do estágio da doença e da localização do tumor. Nos casos mais avançados em que o paciente já apresenta doença metastática, normalmente, o tratamento consiste em apenas quimioterapia.
Quimioterapia
A quimioterapia envolve o uso de drogas para matar as células cancerígenas. No caso do câncer colorretal, a quimioterapia é um tratamento comum após a cirurgia para destruir as células cancerígenas restantes. A quimioterapia também controla o crescimento de tumores.
A quimioterapia pode ser realizada através de comprimidos, mas o mais comum é a aplicação na veia, diluído em soro fisiológico
Radioterapia
A radiação usa um poderoso feixe de energia, semelhante ao usado nos raios X, para atingir e destruir as células cancerígenas antes e após a cirurgia. A radioterapia geralmente ocorre junto com a quimioterapia.
Medicação
Outras medicações que não são consideradas quimioterapia também podem ser utilizadas para o controle do câncer colorretal, porém, com indicações precisas e específicas onde apenas o médico oncologista poderá prescrever.
O que fazer para diminuir o risco de doenças intestinais?
Algumas mudanças simples no estilo de vida contribuem para a diminuição do risco de doenças intestinais. São elas:
- Dieta equilibrada com alto teor de fibras (legumes, verduras e frutas);
- Dieta com baixo teor de gorduras (frituras);
- Diminuição da ingestão de alimentos altamente processados (embutidos, condimentos e com conservantes) e aumentar a ingestão de alimentos in natura como frutas;
- Ingestão de líquidos como água e suco;
- Praticar atividade física regularmente.
Como você viu, o câncer colorretal tem tratamento, mas você pode ajudar a evitá-lo com exames preventivos e um estilo de vida saudável.
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