Dia 14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes e qual é a relação do diabetes com o câncer?
Meu nome é Natália Kodama, sou nutricionista do Centro de Oncologia Rio Preto, e hoje vou falar um pouquinho sobre esse assunto.
Nas últimas décadas, a prevalência de diabetes tipo 2 aumentou significativamente em países de todos os níveis de renda. Segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF), o Brasil é o 5º país com maior incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de adultos (20 a 79 anos). A estimativa da incidência da doença, em 2030, chegue a 21,5 milhões. Esse aumento está associado a fatores modificáveis como obesidade e sobrepeso, sedentarismo e altas calorias, dietas com baixo valor nutricional.
Junto com outras complicações graves, ter diabetes tipo 2 aumenta o risco de muitos tipos de câncer. Segundo o Instituto Americano para Pesquisa em Câncer, adultos com diabetes têm cerca de duas vezes mais chances de desenvolver câncer de fígado, pâncreas e endométrio. Há um aumento claro, porém menor, do risco de câncer de cólon e mama.
As duas doenças – diabetes e câncer – compartilham vários fatores de risco importantes, incluindo obesidade e falta de atividade física.
Por isso que sempre reforçamos a importância de ter um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada, baseada em alimentos naturais, prática de atividade física, sono de qualidade e saúde emocional.
Na parte de alimentação, sempre reforço a importância de basear a alimentação em frutas, verduras, legumes, cereais integrais, carnes magras e evitar os alimentos industrializados, que além de serem ricos em química, acabam contribuindo também para o aumento do açúcar e da gordura da sua dieta. Já olharam a lista de ingredientes dos alimentos que consomem? Há muito açúcar e gordura não saudável presentes nesses alimentos e, assim, contribuem para que a sua alimentação tenha excessos.
Muitas vezes o açúcar pode estar no produto com outros nomes como sacarose, glicose, xarope, açúcar invertido, dextrose, melaço e claro, açúcar mascavo, açúcar cristal, mel – esses últimos, apesar de serem menos processados, ainda são açúcares.
ALém de olhar os ingredientes dos alimentos que está consumindo, algumas pequenas atitudes podem contribuir para controlar o excesso de açúcar na sua rotina, como não adicionar açúcar no café ou chá, trocar a sobremesa de todo dia por uma fruta seca ou mesmo por uma fruta in natura, trocar o chocolate ao leite por chocolate 70% cacau. O nosso paladar está sempre se adaptando e, hoje, o que pode lhe parecer amargo, daqui um tempo, não será mais.
Para terminar, reduzir o açúcar da alimentação não quer dizer que o consumo de adoçante seja mais saudável. Por isso a importância de procurar um profissional capacitado para lhe orientar o melhor uso no seu caso.
Espero ter contribuído com um pouco mais de informação e até a próxima.