A síndrome mielodisplásica ou mielodisplasia é uma condição na qual há falência da medula óssea em produzir células que formam o sangue em quantidade suficiente. Tal evento se deve ao surgimento na medula óssea de células anômalas ou clonais, que geralmente evoluem em fases para um quadro mais grave de leucemização. Assim, pode ser considerada um tipo de câncer ou doença pré-maligna.
A doença pode se manter estabilizada por períodos prolongados ou evoluir para leucemia aguda a depender de fatores de risco que o paciente apresenta (alterações complexas nos cromossomos das células anormais e quantidade de células imaturas/indiferenciadas na medula óssea).
Existem tratamentos medicamentosos para controle da doença (agentes hipometilantes como 5-azacitidina ou decitabina, por exemplo) a depender da necessidade do paciente. A cura da doença é possível através do transplante alogênico de medula óssea (doador familiar compatível ou encontrado em bancos de medula óssea ou de cordão umbilical).
Dr. Roberto Buessio: Hematologista e hemoterapeuta da Hematologia e Transplante de Medula Óssea do Centro Oncológico Antonio Ermírio de Moares da Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Fonte: Instituto Vencer o Câncer, 25/02/2016