Olá, sou José Altino, médico oncologista do Corp, Centro de Oncologia de Rio Preto.
Hoje, vamos conversar a respeito da imunoterapia.
Esta modalidade de tratamento para o controle do câncer vem sendo investigada há décadas, porém, o seu maior impulsionamento foi a partir do ano de 2010, com a utilização da imunoterapia para o melanoma maligno, um tumor de pele que pode ter uma evolução mais agressiva.
A imunoterapia revolucionou a evolução de vários casos de melanoma e faz parte do processo de autorização e validação da eficácia do tratamento oncológico. Com a utilização do medicamento, em casos inicialmente já com metástase, é possível avaliar a redução tumoral no próprio paciente. No passo seguinte, a utilização desses medicamentos, uma vez que comprovada a sua eficácia, passa a ser um cenário, ou seja, uma situação de pós-operatório, ou seja, uma maneira preventiva para que a doença não tenha uma recorrência.
Atualmente, com a imunoterapia, já estamos utilizando tais medicamentos antecedendo a cirurgia, ou seja, para uma redução tumoral e, assim, uma maior curabilidade mesmo antes do processo cirúrgico.
Em resumo, a imunoterapia começa a ser avaliada em pacientes com uma doença incurável. Na sequência, preventivamente, no cenário pós-cirúrgico, atualmente, se utiliza previamente ao procedimento cirúrgico e, quando este fluxo ocorre desta forma, significa que a eficácia do tratamento é confiável e duradoura.
A imunoterapia é utilizada para diversos tumores, entre eles: cabeça e pescoço, esôfago, estômago, intestino, rins, bexiga, ovário, melanoma, pulmão, mama e alguns outros.
Atualmente, temos disponível, aproximadamente, 10 moléculas, 10 tipos de medicamentos com a função de imunoterapia. Vale ressaltar que todo esse tratamento permite um controle tumoral, aumentando a curabilidade deste câncer, mas às custas de um custo financeiro elevadíssimo e, infelizmente, o sistema público de saúde não torna acessível e universal a imunoterapia para todos os pacientes.
Portanto, não devemos esquecer de medidas preventivas como não fumar, ter uma dieta equilibrada, evitar exposição ao sol de maneira excessiva, fazer exames preventivos de rotina e ter uma orientação familiar dos seus aspectos genéticos. Todas essas abordagens são extremamente importantes dentro de um sistema de saúde como o nosso. Como um exemplo: o custo de tratamento preventivo após uma cirurgia de melanoma pode atingir o valor de, aproximadamente, 300 mil. No entanto, qual seria o custo financeiro de consultas de rotina com dermatologistas, cirurgia de pintas suspeitas precocemente? Assim teríamos um custo financeiro menor sem falar do trauma emocional e menores efeitos colaterais ao longo da vida deste paciente.
Portanto, prevenção é fundamental!
José Altino – CRM 73227
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